COMENTÁRIO DA AMIGA MARIA ISABEL CUNHA ESCRITORA POETISA E CRÍTICA LITERÁRIA AO TEXTO //**ZÉFIRO DE ALJOFAR INCANDESCENTE**// - PROJETO INTERCÂMBIO CULTURAL E INTELECTUAL
Renascimento de um Homem Novo, não na linguagem, mas nas ideias, busca
incessante de respostas para as questões que se lhe vão deparando, as várias
"imagens, perspectivas e ângulos"! Tudo isto com base no seu
conhecimento e talento adquiridos e que vai enriquecendo com novas concepções
sobre a vida e do seu "ser quem sou". Um abraço, amigo.
Maria Fernandes
(22 DE MAIO DE 2016)
**ZÉFIRO DE ALJÔFAR INCANDESCENTE**
Re-versas emoções de re-nascer à luz de outro estilo, re-vestido de
linguagem diferente, não mais novo, res-plandecendo a juventude, ideais
idílicos de glórias, não re-fazendo a maturidade, en-velando o tempo, mas
mostrando o ser do verbo via ser puro outro da alma, sonhos novos dentro de
esperanças novas, estas dentro daqueles, projetando ao infinito sentimentos e
idéias que esplendem querenças de viver sob a liberdade de outras experiências
que indiquem metamorfoses, abertura à presença da plen-itude, emoções e desejos
que re-velam travessias dos pensamentos pensando o pensar ao trans-cendente da
sabedoria e conhecimento transcendendo o espírito do subterrâneo, alcançando a
superfície dos caminhos a serem per-corridos, andados à mercê sempre do
há-de-vir.
Imagens
pensamentos pensando o pensar
o trans-cendente da sabedoria e conhecimento
Perspectivas
transcendendo o espírito do subterrâneo,
alcançando a superfície dos caminhos a serem per-corridos
Ângulos
pretérito crepúsculo que projeta indícios de trevas
E sombras aos confins do horizonte
Panoramas
particípio de regências verbais do in-audito con-figurando os
in-fin-itivos gerundiais com as utopias do silvestre neoclássico do simples
Paisagens.
Pectivas de pers longínquas, pers de pectivas distantes, re-fletindo
nonsenses do nada obtuso de sentidos efêmeros, do vazio oblíquo de significados
voláteis à mercê do pretérito crepúsculo que projeta indícios de trevas e
sombras aos confins do horizonte. À soleira da consumação das esperanças e
sonhos da carne ser o verbo do incognoscível, ser a gnose do verbo-carne. os
ossos serem o in-audito do in-cognoscente verbo do nunca.
Amarras do pretérito, alimento de impotências, incapacidades de seivar o
tempo com outros talentos e dons do ser para o outro, do outro para o ser da
compl-etude. Algemas do passado, o que me fora satisfaz o que intencionei
realizar. Pectivas de pers que se apresentam e id-ent-ificam concebidas nos
inter-stícios do outro, trans-seivam a água que corre nas fronteiras das
peregrinas, sendeiras, solitárias veredas do ser-vero do mar, sticiando as
docas, abrindo o itinerário para descansar as ondas nas areias da praia, e o
verbo dos efêmeros, absolutos, eternos do tempo que se conjuga com os linces do
in-finitivo no olhar, os panoramas do inter-dito da ec-sistência às re-versas
estrofes da poesia da absoluta essência do nada trans-vestido de idílicas
querências.
Nas minhas trevas de veredas sumidas, rumorejo uma cantilena, ou
discorro na perpetuidade de ânimos derradeiros e restantes que residem o seio
clemente, e repiso pianinho, quase em calada, uma designação.
A sós comigo através o meu Redentor e as boninas apanhadas no
lusco-fusco, que adornei o servente-cosmos de meu cubículo, submerjo nas
lágrimas bentas trans-formadas em sortes e jucundidades, na aragem escuridão
diluviando sobre mim a compadecida umidade da pacificação e de todas as
angélias excelsas e sagradas.
Tantos devaneios de riqueza, tanta expectativa, que do talento o
sucesso, desejando a zéfiro de aljôfar incandescente, incita à rogativa
imponente, entoando dos períodos as notas e mercês da imperecível realidade.
Alongo-me eu, perplexo e repleto de hesitações, aperto sem términos,
entre a eternidade e o érebo com as energias activas e impetuosas, nada mais
consigo avistar [quem sabe não cobice confeccioná-lo, não tenha querer de
distender os olhos até o infindo] senão um portento que consome incessantemente
todas os interesses, completando-as após ressurgir, para de novo desbaratá-las.
Não foi em cata de deleite ocioso e condenável que principiei de me
assistir dos eventos da existência, não somente me assistindo de uma Dádiva que
me foi entregue, de uma tenção desassisada com que sustentei o âmago, não foi à
busca de arrebatamento fugaz que principiei de me cuidar das concepções do
harmonioso, das sensibilidades sedentas de pulcritude que residem, não
simplesmente me favorecendo dos devaneios que em mim acarreto interiormente.
foi para considerar o distinto de mim que fundeei cavado no incógnito, em
pesquisa de quem sou que me cedi ao eterno de poemas e opostos, de prosas e
dialéticas.
Manoel Ferreira Neto.
(22 de julho de 2016)
(**RIO DE JANEIRO**, 23 DE MAIO DE 2018)
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