**O TEMPO E O VENTO - V PARTE** - Manoel Ferreira
Se, ao tempo, olhos faiscantes de metáforas ad-vindas das pré-fundas do
abismo, seu genesis, fonte, acompanhado dos sibilos, e na superfície da terra
começando a sua trajetória por todos os sítios, mares, flores, picos,
montanhas, seu momento mais divino e magnífico as tempestades marítimas, os
homens acreditando piamente que ele, o vento, leva os éritos todos da condição
humana para as arribas da consumação da vida, re-nascendo "icativos"
para a jornada dos efêmeros que originam o nada, prosseguindo, então, as
lufadas para a esperança do perpétuo, dissesse ao tempo ser ele, o vento, as
sorrelfas do leste e oeste que luminam, numinam as pectivas das pers e retros
das travessias do nada ao efêmero, em cujas miríades do lúdico uni-versal do
verbo do espírito que se sonha carne vivenciária e vivencial da plen-itude da
alma foram imperfeições perfeitas e perfeições imperfeitas do Ser-Vida,
Ser-para o ôntico das sublim-itudes da cáritas do Verso-Uno, poiésis poiética
da po-emática poesia do Verbo-poema da leveza aos sofrimentos e dores que são
néctares contingenciais para as buscas e encontros, sonhos e decepções dos
desejos e vontades.
Arribas da consumação da vida
Luminam o ôntico das sublim-itudes da cáritas
Do verso-uno, lufadas para a esperança do perpétuo.
Metáforas ad-vindas das pre-fundas do abismo
Lúdico universal do verbo do espírito
Originam sorrelfas do leste e oete
Foram imperfeições perfeitas e perfeições imperfeitas.
Imagino, com toda esta eloquência do vento, dirigindo ao tempo que
posta-res a-pres-**ent**-aria, **apres**-"ent"-aria como verdade,
inda que eivada das in-versas presentes nas contradições sempre plenas do ente
e não-ente da existência, como #ponte partida# para o inter-médio entre as
ipseidades das ilusões e quimeras humanas e os "éritos" das
melancolias e nostalgias do paraíso perdido, divina comédia das esperanças,
que, em síntese ambas, mergulham profundamente nas iríadas da esperança última
que nunca morre, sempre aberta à divin-itude do Nada.
Quiça o tempo nada ponde-res ao vento, alfim ele, o tempo, não é lufado,
sibilado das dimensões eidéticas do sibilo que vagaluma o efêmero de lumes do
vir-a-ser, da lufada que origina, lufa o há-de vir do Uno-Verso do In-fin-itivo
Verbo da Esperança.
Sibilado das dimensões eidéticas
Do sibilo que vagaluma o efêmero de lumes
Do vir-a-ser.
"Éritos" das melancolias e nostalgias do paraíso perdido
Com toda eloquência do vento
Dirigindo ao tempo as ipseidades das ilusões e quimeras humanas.
Sou tempo no vento das ipseidades do nada e sou nada no tempo das
efem-idades do eterno, que, cínico, irônico, sarcástico, tece com linhas de
élans a trajetória do genesis ao in-fin-itivo.
Manoel Ferreira Neto
(Rio de Janeiro, 09 de outubro de 2016)
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