*FONTE LUMINOSA DO TEMPLO DE FESM-[**I**] - ONE* - UM *CROQUI* ANALÍTICO - Manoel Ferreira
No sonho sonhara esta noite, tendo ido dormir às três e meia da manhã,
estava saindo de uma floresta, havendo um templo, cujo estilo lembrava muito o
gótico, decidindo adentrar-me, chamava-me a atenção um vale a perder de vista,
esplendoroso, a grama viçosa, serena, mas não antes de adentrar-me no templo.
Encontrei-me com um homem em trajes maltrapilhos, barba semi-grisalha, e
dizia, dizia... dizia-me. Prestei atenção às suas palavras, a entonação de sua
voz, os seus gestos, olhares.
Claro que, sonhando, não iria memorizar as suas palavras ipsis
Eis o que me dizia, que tive de recriar o que consegui memorizar do
sonho:
O poeta discorre a narrativa poética segundo o significado do número
sete, considerado por Pitágoras, um número sagrado: A soma do número três,
significando o espírito divino(Céu), somado ao número quatro, representando o
mundo (Terra).
“O número SETE é sagrado, perfeito e poderoso”, afirmou Pitágoras,
numerólogo grego. E em todas as religiões o "Sete" está presente com
o seu signo, símbolo, metáfora espiritual. O número sete é a primeira
manifestação do homem espiritual. Deus se manifesta no homem! Concernente ao
prisma de visão aqui re-tratado e re-presentado. Mas, no que tange ao poeta, é
revelação da síntese, sin-cronia, sin-tonia, harmonia entre o desejo da
"estética" e da consciência-estética-ética, da dialéctica entre a
con-tingência e a esperança da beleza do belo. A revelação da iluminação da
síntese contingencial e espiritual.
A partir do simbolismo representado pelo número SETE na sua
totalidade,significa a perfeição, a consciência, a intuição, intenção que são a
síntese da linguística e semântica comungadas às dimensões sensíveis, a
espiritualidade e vontade, remetendo o Ser a um novo ciclo do entendimento da
sua própria existência. Uma re-novação, ansiando às descobertas de novos
sentidos existenciais.
Universalmente, o número sete é o número da dinâmica e do movimento, e
por isso é também a chave do Apocalipse (sete igrejas, sete estrelas, sete
trombetas, sete espíritos de deus, sete trovões, sete cabeças, etc).
Ao longo do texto descrito a partir da premissa de que o número SETE
rege o universo divino e terreno, o poeta se designa um novo mito, a quem da o
nome codificado ”FESM -[**I**]-ONE” , sete letras, expressando a sua transição
e renovação espirituais, revelando a si mesmo o profundo entendimento do seu EU
espiritualizado.
“FESM-[**I**]-ONE” decodificado é: Manoel Ferreira da Silva Neto, o
poeta que ora se apresenta ao leitor como um ser mitológico que adentrou à
poeira do universo e desvelou a verdade da existência do divino, a partir de
sua missão à transparência das razões existenciais: a que veio? Vim trazer luz
à humanidade!
"Em considerando que a obra transcende o artista, como se pode
dizer que FESM-[**I**]-ONE seja Manoel Ferreira Neto? Considera-se que sua
imaginação fértil criou, inventou este mito, mas a criação suprassumiu-se,
FESM-[**I**]-ONE, embora as dimensões sensíveis, transcendentais, emocionais,
espirituais, contingentes tenham retratado o autor, é um mito.
O interessante aqui a ressaltar e sublinhar é que a companheira do poeta
Manoel Ferreira, ela, artista-plástica e pintora, ele, escritor e poeta, Graça
Fontis, sendo ela também a sua esposa, há mais de trinta anos esboçou o croqui
do templo e de um homem no seu interior, ao lado de uma fonte no interior do
templo. Seguindo as publicações do escritor, este poema fora escrito em outubro
de 2016, em três partes, que ele agora ampliou, são sete partes, e nessa época
nem conhecia o escritor.
Artisticamente, é de admirar-se da sincronia, sintonia, harmonia do
escritor e da pintora. Numa linguagem popular: "Reuniram-se a fome e a
vontade de comer".
A transcendência tem sido um constante - sabendo que se a
"transcendência se faz continuamente, a continuidade é também a
transcendência" - exercício poético de FESM-[**I**]-ONE.
Trilhou, durante anos, a descobrir-se na transcendência, a partir do
exercício da metafísica, catártico, linguístico, semântico, filosófico,
estético, existencial... Sua trajetória consumou-se, por ora, nessa descoberta
que se insere no texto poético.
Depois de tudo o que me dissera, introspectivo e circunspecto,
observando o interior do tempo, perguntei-lhe se aquele Templo era consagrado a
FESM-[**I**]-ONE, o que respondera "sim", saí do Templo ainda mais
circunspecto. Parei-me e observei os caminhos que poderia seguir, acordando-me.
Dirigi-me à cozinha e, sentado à mesa de jantar, tomei um leite com bolo
de chocolate, pensando como iria escrever um comentário com a fala do homem que
encontrei maltrapilho, barba semi-grisalha.
Só agora me apercebo com quem me encontrei: encontrei-me com o próprio
FESM-[**I**]-ONE.
Manoel Ferreira Neto
(*RIO DE JANEIRO*, 19 de outubro de 2016)
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