Sonia Gonçalves ESCRITORA POETISA E CRÍTICA LITERÁRIA COMENTA A PROSA /#MEMÓRIAS PRETÉRITAS DO GENESIS#/
Ergo sum Manu... Eu também logo existo. Obrigada,
meu querido; que texto magnífico, quase me leva ás lágrimas, viu? Não sei,
fiquei tão tocada, me emocionei com seu divagar entre os verbos e as flexões,
suas reflexões me fizeram sentir nostálgica, sei lá... Talvez isso por
constatar dito de uma forma tão bonita, tão poética dentro de sua filosofia que
as alamedas se compõem de serestas, mas que nem todas são boas, acho que fiquei
tocada com a beleza de ser poetizar numa realidade paralela que conheço tão bem,
Manu...Hoje não vou lhe dar só parabéns, vou dizer Obrigada também, me
transportou para um mundo utópico de verdade. Mas fez-me sentir como sendo
real, cheio de pessoas boas de coração e alma límpida como a tua... Grata, meu
amigo querido... Bjos Noite de Luz! Diz pra sua linda que a obra dela magnífica
como sempre, Bjos
Síntese: verbo e ser da vida que se contingencia à
luz dos sonhos, esperanças, fé, pedras angulares do passo a passo nas alamedas
de serestas do bem e mal.
Sonia Gonçalves
(24 DE JULHO DE 2017)
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Você se refere a ser um texto que toca. É um texto
antigo - aliás, a crítica fora escrita na época da escritura - que revisei para
republicação ontem. Tocou-me também no que concerne a sentir profundo e
presente o que é isto de "Sorriso espontâneo e a lingua especiosa
artificiando outras línguas..." sendo o símbolo/metáfora da criação,
metáfora e metafísica das dialécticas do ser-verbo. Sentimentos e emoções
profusivos. Um devaneio. E, neste estado almático, contingente, li para me conscientizar
de que fora eu quem escreveu, desacreditei por algum tempo. Muitos textos são
assim, provocam-me esta dúvida. A diferença deste na visão clara destes
sentimentos e emoções, sentia-os presentes e fortes, conhecia-os, aquela
felicidade, alegria de um sonho tornado real, a metáfora e a metafísica das
dialécticas do ser-verbo, sorri e ri algumas vezes durante os devaneios.
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O toque de outras línguas do Ser nada. A mitologia
grega conta como Cassandra e o seu irmão gêmeo, Heleno, ainda crianças, foram
ao Templo de Apolo brincar. Os gêmeos brincaram até ficar demasiado tarde para
voltarem para casa, e assim, foi-lhes arranjada uma cama no interior do templo.
Na manhã seguinte, a ama encontrou as crianças ainda a dormir, enquanto duas
serpentes passavam a língua pelas suas orelhas. As dialécticas são as
serpentes, a filosofia e a poesia, que tocaram-me as orelhas, aguçando-me os
sons do silêncio, assim falando um pouco destas dialéticas. A inspiração fora a
mitologia grega, Cassandra, o nome da Sereia dado por mim, como re-presentação.
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É um texto de primeiras luzes das dialécticas do
ser-verbo para a estética da prosa-filosófica-poética.
Beijos nossos
Manoel Ferreira Neto
(27 DE JULHO DE 2018)
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OUTRAS LÍNGUAS DO SER-NADA#
GRAÇA FONTIS: PINTURA
Manoel Ferreira Neto: PROSA
Memórias pretéritas do genesis.
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Nada de dogmas.
Desfibrar com percuciência doces alimentos: eis a
questão!
Nada de preceitos.
Aplicar com eloquência a convulsa deleitação de
carne triste: eis a sagrada labuta!
Nada de livre-arbítrio.
A boca liberta das funções
poético-simbolista-enigmáticas: eis a senda longínqua a ser trilhada!
Nada de princípios.
Sorriso espontâneo e a língua especiosa
artificiando outras línguas: eis a sísifa tarefa eterna!
Nada de tradições.
Consolar nos interstícios da alma os secretos e
enigmáticos sofrimentos das dúvidas e inseguranças: eis a sóbria castidade!
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Águas de fontes trans-cendentes evangelizando rios
que per-correm e de-correm ao longo de suas veredas ritos e mitos da verdade
que reside na travessia das nonadas ad-versas ao vazio. Uni-versos e horizontes
da roda-viva que gira, move a vida no trans-curso dos sonhos e esperanças ao
real, à realidade da vida, fé na sistência das dialéticas do ser-verbo,
ser-nada, se o verbo do nada se faz continuamente, conjuga-se nos
instantes-limites do desejo, o verbo do ser se dialetiza no ab-surdo das
dúvidas e in-certezas, e na síntese de ambos abrem-se as persianas da janela do
infinito para a luz que incide nos seus raios as pers bíblicas do divino.
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Theos. Inner.
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Ideais do pleno comungando a sorrelfa eternidade e
a quimérica efemeridade, concebendo outro eidos que habita a contingência do
há-de ser o verbo in-finitivo do tempo, tempo de pretéritos e vires-a-ser,
tempo de gerúndios e particípios, tempo de dores e vocações à felicidade, tempo
de dialéticas e sin-cronias.
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Síntese: verbo e ser da vida que se contingencia à
luz dos sonhos, esperanças, fé, pedras angulares do passo a passo nas alamedas
de serestas do bem e mal.
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Nos instantes-oníricos dos volos do eterno e
perpétuo querubins ensaiam as performances da dança mística da carne e verbo do
sono que precede o alvorecer, quando pétalas de flores se abrem, pássaros
trinam saudando a essência da natureza, os homens idealizam outras utopias no
sertão, utopias hereges, utopias proscritas - as cristãs esvaíram-se no
mata-burros da verdade perene, ou não desejaram atravessá-lo?
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Cogito ergo sum.
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Continuidade do verbo tecendo o ser, continuidade
do ser crocheteando o tempo do verbo, continuidade do tempo na arte do
ponto-de-cruz da fé na linha trans-versal da filosofia, que não é sem a
teologia, da poesia, que são somente versos e estrofes sem o telos paráclito da
verdade para o ser-do-verbo, verbo-do-amor.
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Nous.
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A vida são sínteses de todas as dimensões da gnose
à busca do Saber a etern-itude. As flores da primavera inda estão por
des-abrochar e os jardins exibirem a melhor aparência.
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O sublime divino à mercê do ser-no-mundo
intros-pectivando os volos do que trans-cende as circunstâncias vivenciárias.
Poesia do verso que precede o verbo de amar. Poesia
da estrofe que antecede o sonho do amor que alumia as sendas silvestres dos
caminhos-da-roça que são as dúvidas do além-morte, os medos do inaudito que
trans-eleva as angústias e náuseas do estar-no-mundo. Soneto oriental das rimas
tergiversas do som do belo, música da beleza, ritmo e acorde do perpétuo, poema
dos ritmos e melodias, poema dos inauditos cânticos da espiritualidade. Telos
enredo da lírica uni-versal.
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A esperança da fé, do sonho, das travessias
precedem a vida. Será possível que o dom da fé me haja sido negado, ao capricho
de algum palhaço divino? Ou há alguma carência em mim, ausência de alguma
faculdade, como o paladar, olfato ou percepção das cores?
(#RIODEJANEIRO#, 25 DE JULHO DE 2018)
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