MANOEL FERREIRA NETO ESCRITOR E CRÍTICO LITERÁRIO RESPONDE À CRÍTICA DE Graça Fontis PINTORA ESCRITORA POETISA E CRÍTICA LITERÁRIA AO ROMANCE #LÚCIFER PERNÓSTICO#
Bem... Em primeira instância, há de ressaltar e
sublinhar a excelência, egregitude desta análise e interpretação deste primeiro
tomo do romance LÚCIFER PERNÓSTICO. Você, amada esposa e companheira das Artes,
Graça Fontis, a cada passo dado como crítica literária assina com primor os
seus dons e talentos, surpreendente a sua escalada.
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Desde a concepção deste O1 TOMO, 2005, e os outros
seis que fazem parte da heptologia, 2007, nunca cheguei a reler o romance na
íntegra. Hoje, 2018, decido publicá-lo, portanto necessitando de reler,
revisá-lo no que carece de revisão. A surpresa é imensa: como fui capaz de
criar um romance neste nível, até antes disso, criar um personagem-asno com
toda a sua instintividade e criatividade. Não o faria hoje, mesmo com tantas
experiências já adquiridas nestes treze anos pós criação do romance.
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Lúcifer Pernóstico nascera numa ida a uma região
distante do centro da cidade de Diamantina, bairro Bela Vista, bifurcação de
várias rodovias para outras cidades do Vale do Jequitinhonha, tendo visto dois
jegues num pasto cercado. Quis saber se eram burros, asnos ou jegues através de
um motociclista, o que me informara. Escrevi artigos soltos a respeito de um
jegue, cinco ou seis. Decidi reuni-los num romance, intitulado LÚCIFER PERNÓSTICO.
Dois meses levaram-me para a sua feitura. E não mais me deixou em paz, sete
tomos das peripécias de Lúcifer Pernóstico.
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A intenção primordial fora em verdade um ROMANCE
SATÍRICO, onde a crítica ao ser humano, suas hipocrisias, farsas, falsidades,
fugas, ideais escrófulas, sonhos superficiais, a sociedade e seus preceitos,
dogmas. Só um asno do naipe de Lúcifer Pernóstico seria capaz desta jornada
crítica à humanidade, aos homens, desde toda a eternidade, pois que numa
análise mais profunda toda a História do Pensamento e das Ideias está nele
representado, toda a História do Homem desde os primórdios de sua criação está
nele simbolizada. Os livros que mais influenciaram nesta jornada foram ELOGIO
DA LOUCURA, Erasmos, O ASNO DE OURO, de Apuleio, com algumas passagens em
Voltaire. Desejava a crítica clássica, erudita, tomando em consideração,
obviamente, os pensamentos de Nietzsche acerca do INSTINTO, por isto várias
frases de Nietzsche serviram de epígrafe para os romances.
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Você, Graça Fontis, fora muito feliz nesta passagem
de sua crítica "... numa seara suas palavras e idéias inabaláveis ocorrem
num clímax irônico e sarcástico já intuindo e aspirando a imortalidade, seu
espírito criativo; ele um marginal às ambições humanas acalentando sonhos
incompatíveis com sua natureza, mas que na sua realidade são indestrutíveis e
imorredouras." Essa seara de palavras e idéias inabaláveis em clímax
irônico e sarcástico fora o mais complicado e complexo pois haveriam de ser
contraditórias, dialéticas, nonsenses, puramente instintivas, e fora daí que
comecei a in-vestigar os meus próprios instintos para ter como criar Lúcifer
Pernóstico, obviamente re-criados a nível de um asno, o animal considerado mais
instintivo de todos os outros. O seu desejo era a imortalidade ásnica,
mostrando aos homens o que eles são e representam no mundo.
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Cumprimento-a sensível e cordialmente por esta
crítica fenomenal, merecedora de todas as glórias. Não é fácil, é complexo
mergulhar na minha obra, mas isto para você tornou-se um desafio, ser crítica
de minha obra, está dando conta do recado com excelência. Continue lendo a obra
e fazendo os seus comentários.
Beijos no coração, Amor!
Manoel Ferreira Neto
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GRAÇA FONTIS PINTORA ESCRITORA POETISA E CRÍTICA
LITERÁRIA TECE ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO SOBRE O ROMANCE #LÚCIFER
PERNÓSTICO", 01 TOMO DA HEPTOLOGIA #UTOPIA DO ASNO NO SERTÃO MINEIRO#
Ao começar a leitura deste 01 TOMO, "LÚCIFER
PERNÓSTICO", DA HEPTOLOGIA #UTOPIA DO ASNO NO SERTÃO MINEIRO#, percebo que
ele o asno, LÚCIFER PERNÓSTICO, ainda não atingiu verdadeiramente a compreensão
de sua existência e a insatisfação é o clima onde seu espírito respira o ar da
contestação, e uma ânsia absoluta e absurda, talvez um dos motivos seja o que
está sempre a um passo a frente de seu alcance imposto pelo seu dono como um
pêndulo marcando a hora de suas fraquezas, mas que também lhe move os instintos
criativos, não importa que sofra, lute, trave uma batalha para que alcance seu
objetivo, a cenoura, levando-o ao desespero, ao descrédito de sua lucidez até
mesmo ao ridículo.
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Não importa, o que conta é o resultado, este que o
elevará ao nível de um astro, um asno pensante, confiante na sua superioridade
acima de qualquer satisfação vaidosa narcisística, apenas contente consigo
mesmo. Aí, então, como numa seara suas palavras e idéias inabaláveis ocorrem
num clímax irônico e sarcástico já intuindo e aspirando a imortalidade, seu
espírito criativo; ele um marginal às ambições humanas acalentando sonhos
incompatíveis com sua natureza, mas que na sua realidade são indestrutíveis e
imorredouras. Sendo assim, há de cumprir a sua missão no movimento de seus
beiços, fabricando palavras e pensamentos críticos como setas em pontos
nevrálgicos de cada dos moradores de Atenas Atéia e, sua linguagem inusitada, é
o objeto para alcançar o cerne desta comunidade como uma semente viva extraída
de suas idas e vindas, ladeira acima, ladeira abaixo, na secreta desarmonia da
quotidianidade onde o que parece não é, meio às tortuosidades e desequilíbrios
silenciosos, fazendo do povo sua obra-prima.
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Assim ele discorre metamorfoseando momentos de
nascimento e morte de funesta beleza num voo de severas palavras seus
pensamentos pulsam a vida vista por ele, como para ressaciar-se de sua condição
indigna.
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E ele só quer entender este feixe complexo que é o
ser humano, vestido de interesses e ostentações vãs com intenções de sucessos e
glórias sem visar daí consequências decorrentes, mas, ele, já nas tintas luta
contra tais falsidades e insinceridades intrínsecas neste meio, surgindo a cada
dia com o poder de renovação, pois vive o ser humano de improvisações
irresponsáveis, sinceros na forma de expressão, mas sem nenhum conteúdo, apenas
mentiras convencionais brotam dos clássicos senhores embusteiros sociais.
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Como veem deste primeiro tomo só me concebo uma
síntese, já que este romance é composto de sete tomos a serem publicados, o que
já estou ansiosa para saber o que Lúcifer Pernóstico irá aprontar nas suas
próximas andanças, deixando suas mensagens sinceras para a valorização da
concepção liberta de preconceitos, é o que verão ao ler este primeiro tomo. E
que venha o próximo! Parabéns ao escritor Manoel Ferreira Neto! Até...
Graça Fontis
(#RIODEJANEIRO#, 08 DE SETEMBRO DE 2018)
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