CANCIONEIRO 63 DO PICADEIRO E FILOSOFIA* GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
Epígrafe:
"Ao alcance do espírito a dimensionalidade do
tempo se refaz universificada no pleno" (Graça Fontis)
Julho 18...
In-verno às chamas da lareira aquecendo sonhos,
esperanças, utopias da continuidade dos sentimentos e emoções, à soleira do
in-fin-itivo verbo do ad-vir de conquistas da vida que se re-vela outra, tempo
de re-flexões, meditações simples da vida que outra coisa não é senão o
re-nascer de ilusões, fantasias, quimeras, sorrelfas do pleno, sofrimentos,
dores, angústias, da plen-itude, do eterno, da etern-itude, da etern-idade,
sobretudo curtir a liberdade concreta, a verdade do amor sensibilizado,
evangelizado, existido verdadeiro, o destino em continuidade de feitura e
re-fazendas, gadanhas que por instantes ceifam as impurezas da alma,
despertando-lhe para "aquereres" outros.
Tranquilidade à mercê da leveza do ser, calma aos
interstícios dos verbos da felicidade, serenidade aos tempos do vir-a-ser, dos
futurais volos do amor
Sentir os sentires dos sentimentos que sentem as
glórias da Vida,
Sensibilizar as dimensões do espírito, da alma que
alçam voo nas asas do vento
Nascimento, re-nascimento
Seis ponto três as luzes que iluminam e alumiam o
tempo.
Adeus ao olhar que comia os anos futuros com a
inocência.
Adeus às ansiedades por glórias, por conquistas.
Adeus às angústias das inseguranças, medos.
Adeus às des-esperanças dos verbos da felicidade.
Adeus às infelicidades das con-tingências.
Adeus às dificuldades do estar-no-mundo frente às
facticidades.
Adeus às nostalgias e melancolias nos vales, no
sertão,
Adeus às tristezas e desolações das ruas de poeira,
Dos campos ressequidos, natureza morta,
Adeus às saudades de momentos, instantes...
Sejam bem-vindos o mar, as ondas, docas, montanhas,
Na praia, as gaivotas passeando livres e
tranquilas,
Sejam bem-vindos os sonhos, as utopias da
realidade.
Sejam bem-vindos os futurais volos da vida plena.
Sejam bem-vindas as etern-idades que a-nunciam o
Ser.
Sejam bem-vindos os silvestres do tempo que
a-nunciam o Absoluto.
Sejam bem-vindos os ipsis litteris do poema do
Amor.
Sejam bem-vindos os novos tempos da Vida Real.
Nascer, re-nascer.
Re-fazer, re-criar.
In-versar, re-versar o infinito do ser.
Re-construir, re-artificiar a alma sedenta do amor
e do ser.
Re-olhar o encontro da lua e das estrelas brilhando
no uni-verso.
Re-viver todas as coisas, todas as buscas, todas as
querências
Sob a luz da ribalta que a-nuncia o infinito do
Ser,
Sob a semi-luz no picadeiro que pro-jecta as
Verdades da Plen-itude...
Sob as palhaçadas do Não-Ser que fazem rir,
A alma verte profundas lágrimas,
Dos Sonhos-[do]-Ser que fazem gargalhar,
A alma saltita de prazer e felicidade,
Alfim, o picadeiro é a casa-do-meu-ser.
#riodejaneiro#, 15 de julho de 2019#
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