LINCES DE DESEJOS INAUDITOS# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
"A origem da alma concebe e dá a luz ao
in-cognoscível e in-audito..." (Manoel Ferreira Neto)
Epigrafe:
"Na essência, o espírito na sua
in-temporalidade transeleva e ressumbra-se rejubiloso na concretização de suas
expectativas e querências literalizadas na temporalidade do aqui e agora."
(Graça Fontis)
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Ambíguas re-presentações, simbólicas sorrelfas do
não-ser, a-nunciando ambas imagens outras, re-velando ambas re-flexos numinosos
de horizontes longínquos, vestígios do tempo engolfado nos transitivos verbos
da náusea e angústia, dimensões accessórias de ilusões e fantasias do eterno.
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Imagens dúbias de perspectivas e ângulos, linces de
desejos inauditos efemerizando na retina dos olhos perdidos nas frinchas e
frestas do vácuo, girando na roda-viva das contradições e nonsenses do
perpétuo, o silêncio e solidão do ser, quiçá intencionando re-fazer, pers a
pers das pectivas da perfeição, os átimos do tempo sarapalhados nos cantos e
recantos, sítios, lugares do uni-verso, para re-criarem as intuições eivadas de
inspirações do real, visto à luz da sublimidade da verdade, que, embora efêmera
nos instantes-limites do nada, é o broto da flor que abre as pétalas no
alvorecer, exalando o perfume da esperança da incólume liberdade de ser a
contingência eterna de encontros e des-encontros, pretéritos-húmus do há-de vir
mais-que-perfeito.
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Além dos confins ornamentando os idílios
re-flexivos das travessias nas pontes dos mistérios e enigmas, as melancolias e
nostalgias gnósticas das águas que não são as mesmas em passando de por baixo
da ponte das vontades e querências da não-dialética da nonada e perpétuo.
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Miríades do nada, re-flexão que re-flete o
re-flexivo, na silvestre trilha da memória que apreende no recôndito vazio de
seu "stício" o inter do verbo que trans-literaliza imagens no mover
do tempo, percuciência do efêmero que alimenta a origem da alma com as
migalhas, côdeas do pão metafísico e ontológico do ente que nasce póstero e
póstumo na tangência das volúpias pela glória do verbo que se torna a carne, em
cujas veias corre o sangue vivo e ardente do ser tao da espiritualidade, do ser
Krishna do deserto de aspirações do livre-arbítrio, libertas quae sera tamen.
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Pão de queijo mineiro degustado com cafezinho da
hora. Quê delícia!
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Ninguém pode dizer ou pensar, imaginar tampouco que
o verbo da eternidade trans-cende, trans-eleva o verbo do nada que move o
manque-d´être das forclusions dos pretéritos, vistos à mercê das perfeições
im-perfeitas do divino ou como dizem os portugueses "divos" saudosos
das melancolias intemporais.
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Além dos umbrais dos mitos e rituais não dizendo
nos ipsis das contingências os litteris do paraíso celestial a luz com as suas
cintilâncias e brilhos egrégios de todas as magn-itudes, mas sob o re-flexo do
dizer as in-verdades da verdade que trans-cendem a razão e todas as dimensões
sensíveis, mas a origem da alma concebe e dá a luz ao incognoscível e inaudito,
glória às palavras, júbilos às metáforas, são sons dos poemas, são essências da
poesia, são anjos de linguísticas e semânticas do EC-SISTIR...
#riodejaneiro#, 18 de julho de 2019#
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