COMENTÁRIO DE Graça Fontis POETISA ESCRITORA CRÍTICA LITERÁRIA E ARTISTA-PLÁSTICA(PINTORA), AO POEMA /**ESPÍRITO**/
Obrigada, querido, por esse texto belíssimo!
Porquanto meu espirito encontra-se arrebatado diante desse amor tão bem
verbalizado e integrado a todas as contingências aqui vivificadas para que
houvesse uma concretização real e plena dos nossos sonhos, desejos e esperanças
de uma vida a dois... tais sentimentos a princípio... aparentemente efêmero
pela distância mas sua determinação, coragem e até mesmo intrepidez ao
enfrentar todos os obstáculos a advirem culminaram brilhantemente todas nossas
expectativas...estamos juntos felizes, dançando blues, e da janela vendo
estrelas e luar em plenitude . Bjssssssssssssssssssssssss
Graça Fontis
----
#ESPÍRITO
À minha Esposa e Companheira das Artes, Graça
Fontis, com todo o meu amor, carinho, ternura...
Não há o in-fin-itivo do verbo, se esperanças e
sonhos não regenciarem as iríasis do desejo de sentir e vivenciar a beleza do
belo, o espírito do in-audito.
----
Não há o vazio e nada, se o efêmero não estiver
sempre pres-ent-ificando o ad-vir, o há-de vir, comungados à poiésis son-ética
da entrega plena ao espírito da vida.
----
Não há a travessia, se os éritos do pretérito se
cristalizaram nas verdades adquiridas e consumadas, eliminando os desejos e
vontades de seguir a estrada além das pontes, percorrendo seus aclives,
declives, curvas, o espírito da jornada para o in-finito.
----
Não há a náusea do estar-sendo, se os dogmas,
preceitos estiverem satisfazendo in totum as carências e faltas da alma,
forclusions e manque-d`êtres do espírito do eterno que vivifica as verdades por
se pres-ent-ificarem.
----
Não há a pena que registra as litteras das utopias
de outros horizontes e uni-versos, vida outra além do meramente vivido e
vivenciado, espírito outro que se alimenta das érisis do há-de ser.
----
Não há a poiésis poiética da poesia, se a
sensibilidade não intuir, perceber as linguísticas e semânticas das plen-itudes
da liberdade, espírito da uni-versalidade.
----
Não há sendas e veredas dos caminhos do campo, se
não houver a fé de que na sua trajetória o silvestre pres-ent-ificará os
idílios e sorrelfas do por vir, o espírito da sabedoria.
----
Não há o verbo da sabedoria, se os conhecimentos
forem conservados e preservados unicamente com a determinação de re-futar a
ec-sistência de outras verdades, re-cusar o espírito das divin-itudes da vida
plena.
----
Não há o Verso-Uno, se não houver sin-cronia,
harmonia, sin-tonia do "eu" e do "tu", o volo do
"nós", o espírito do Ser além de todas as contingências.
----
Não há a Verdade, se as verdades adquiridas não
forem húmus, sementes para outros questionamentos e indagações, outras entregas
ao desconhecido, invisível, espírito das efemer-idades.
----
Não há a trans-cendência, se as contingências forem
a negação da morte, forem o medo de a vida ser na continuidade do eterno,
espírito do in-fin-itivo in-fin-ito.
----
Não há o amor, se o sentimento de amar não
in-trans-itivar o verbo do outro, o tempo das dimensões sensíveis e
trans-cendentais, o espírito dos ventos que levam dores e sofrimentos para
curtirem as paisagens, transformando-os em sêmens para o Ser do Verbo.
----
Não há as lâminas de águas, se a terceira margem do
rio não id-ent-ificar a trans-cendência de seus desejos e vontades do encontro
com as docas do mar, espírito da Koinonia marítima e celestial.
----
Não há o ritmo, melodia da música, se a lírica não
pres-ent-ificar os sons do silêncio, os acordes da solidão, espírito do blues
que revela os interstícios da alma sempre carente do absoluto.
----
Não há a chama na lareira que aquece o frio do
inverno, se as janelas da choupana do Ser não estiverem abertas de frente às
estrelas e lua, espírito do romance das forclusions e sêmens da felicidade.
----
Não há a coruja a cantar na madrugada na galha de
uma árvore, se a verdade das gnoses não estiver além do meramente dado,
espírito da ec-sistência.
----
Não há...
Não há...
Não há...
Manoel Ferreira Neto.
(23 de julho de 2016)
Comentários
Postar um comentário