ESCRITOR E CRÍTICO LITERÁRIO MANOEL FERREIRA Manoel Ferreira Neto ENTREVISTA Ana Júlia Machado ESCRITORA POETISA E CRÍTICA LITERÁRIA - PROJETO #RE-TROSPECTIVA CRÍTICA LITERÁRIA
Inestimável e caríssima amiga, escritora, poetisa e
crítica Literária, Ana Júlia Machado, é sempre com uma alegria e felicidade
enormes estar degustando mais um momento de nossas carreiras, nossas vidas. Um
prazer enorme estar com você nesta entrevista de nosso projeto #RE-TROSPECTIVA
CRÍTICA LITERÁRIA#
Manoel Ferreira Neto -
Manoel Ferreira Neto - Hoje, caríssima amiga, após
estes anos de Crítica Literária, como você analisa este trabalho.
Ana Júlia Machado - Não considero-me uma
crítica…Penso que ainda faltava-me muito para o ser… No entanto, com o meu
modesto saber e o querer saber, indaguei sobre muitas temáticas para poder
“analisar” os textos do escritor Manoel Ferreira Neto. A Literatura é encarada
como um bem cultural cujo ingresso coopera para o progresso da instrução
estética, da sensação, da reflexão, do cariz intelectivo e filológicos, da
exercitação da idealidade, além, de engrandecer o acesso aos distintos
conhecimentos sobre a cultura de povos e locais ignotos, seja do mundo ilusório
ou verídico. O estudo literário cede em cada um de nós uma cultura de práticas
que nos define como leitores e que se incidem em nosso desenvolvimento humano e
profissional.
Manoel Ferreira Neto - Em que, no seu ponto de
vista, a Crítica Literária tem a contribuir com a Literatura e o Autor
Ana Júlia Machado - No meu ponto de vista a crítica
literária, a apreciação literária é hoje executada por duas espécies de
sujeitos: a dos analíticos e a dos arroladores. A partir daqui, encaro crítico
literário, todo sujeito que igualmente sabe ou soube ser utopista, conhece ou
autentica o que é ser teórico. Assim, o analítico é aquele que mais perto
encontra-se de um filósofo, que é o caso…agora se contribuo em algum modo para
o autor não sei… O que analisa não adopta nenhum entendimento sem se questionar
com a doutrina que confere importância aos conhecimentos, conceitos ou
pensamentos "a priori", os que não dependem da prova ou da
experiência. Sobre a autenticidade dessa reflexão. Por isso, o crítico é por
determinação aquele que, diante uma obra de arte, demanda provar a precisão que
tal obra lhe transmitiu. Este ponto permite-nos não só diferenciar a natureza
da laboração do crítico e do arrolador como igualmente do crítico e do teórico
genuíno. O crítico atesta, ou seja, eduz algo cujo objectivo é atestar as
premissas declaradas na obra de arte como reais; o arrolador aponta somente as
premissas e não se impressiona em demonstrar nenhuma; o teórico é aquele que os
antecipa a todos: faz as ilações que facultarão quer a exibição da realidade
quer o seu simples reconhecimento. O arrolador é o legatário do critico
tradicional…Mas, penso que cabe mais ao autor saber se a análise à sua obra
contribui efetivamente em algo útil para o autor.
Manoel Ferreira Neto - Quais são as características
à priori de um Crítica efetivamente realizada?
Ana Júlia Machado - Penso que na pergunta anterior,
já respondi a esta questão…tudo aparenta estar interligado… conhecimento a
priori, é entendido como realidades aliadas à razão, aos instintos
intelectuais, às reflexões lógicas autónomas de práticas, as quais têm sido
matéria de polémicas há, pelo menos, há dois séculos. Ressalta a concepção
kantiana de erudição a priori, exposta na Crítica da razão pura…
Manoel Ferreira Neto - Criticando a obra do
escritor, em que você vê crescimento e amadurecimento da obra?
Ana Júlia Machado - Com a obra de Manoel Ferreira
Neto, somente hei a dizer que o meu amadurecimento foi marcante…levou a que eu
tivesse menos receios em iniciar a escrever…fez com que debruçasse-me sobre
muitas temáticas que já haviam sido sanadas do meu intelecto, fez-me retornar “
aos bancos da escol” e o que agradeço. Pois estava em uma fase difícil da minha
vida..e se este grande senhor não tivesse cruzado em meu caminho, afirmo sem
qualquer problema, que não enfrentaria muitas coisas na vida com mais energia
como tenho enfrentado. É lógico que é um autor que constantemente leva-me a
questionar cada vez mais o ser e a vida…que cresci e muito não duvido e só lhe
posso agradecer partilhar comigo o seu saber.
Manoel Ferreira Neto - Criticando ele a sua obra,
você pensa que Manoel Ferreira aborda com justeza os eidos de seus sonhos
literários?
Ana Júlia Machado - Com certeza e sem qualquer tipo
de dúvida que o escritor Manoel Ferreira Neto, aporta com toda a precisão os
eidos dos meus sonhos literários…se o que considero meu Mestre não o
conseguisse quem o conseguia…? A verdade é que foi o único que foi capaz de o
fazer…
Platão deslinda que para acercar-se das coisas é
necessário identifica-las como tais e que essa agnição concretiza-se perante
uma comparsaria de seus perímetros, de suas linhas-limites, de seus aspectos,
de seu parecer, o que na língua grega de Platão se verbaliza com as palavras
eîdos e ideia. Adoptar as ideias dos factos traduz perfilhar os términos de seu
redor.... Esse limite não aparece do enxergar da nossa conspecção, mas do
dar-se a enxergar das coisas e, mais, do já ter percebido na medida em que já
vigoramos em tudo que se faculta a contemplar, acanhando-se, precavendo-se. É
esse o fortificar da realidade. Por isso podemos possuir percepções e não
permanecer amarrado ao que já se compreendeu e enxergou. É o poder enxergar no
já entendido o não-visto, isto é, no transcorrido o actual do porvir. É isso o
protótipo. Tal nos ocorre por fortalecermos no Ser. Somos entre -ser, ou seja,
o sendo no marco e não-limite do Ser…
Ao escritor Manoel Ferreira Neto, somente tenho a
agradecer tudo que tem-me transmitido e dar a possibilidade de possuir cada vez
mais conhecimentos. Bem-haja! Muito obrigada por tudo.
Nota: Não sei se correspondi às suas expectativas
com as minhas respostas…a altura confesso que não é a melhor para tal…mas o
tempo é cada vez mais escasso e queria deixar estas perguntas bem ou mal
executadas realizadas.
Beijinhos a ambos e um especial da netinha.
Ana Júlia Machado
Querida amiga, a sincera e verdadeira gratidão por
seu reconhecimento e amizade per siempre. Agradeço-lhe a presença neste projeto
assídua, e também a sua presença nesta entrevista deste projecto cuja intenção
é única: divulgar valores e virtudes literárias não apenas no âmbito das letras
literárias e poéticas, também a crítica.
Abraços nossos, querida! E obrigado por tudo.
Beijos a você e à nossa netinha Aninha Ricardo.
#riodejaneiro#, 15 de julho de 2019#
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