FULGÊNCIA DA VENETA NO IDEAL DE SONHAR# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
Dedicado ao Prefeito de Curvelo, Centro Norte de
Minas Gerais, Maurilio Guimaraes, por seus sonhos se aderirem com seus ideais éticos
e estéticos, por anunciar a Consciência das Contingências no Sertão Mineiro,
Consciência do Espírito da Vida, por Graça Fontis, Antonio Nilzo Duarte, Manoel
Ferreira Neto.
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Esperanças, sonhos, utopias. Eterno o nascer.
Imortal o re-nascer, germinar, conceber, gerar, dar a luz. Lutas por uma
identidade plena. Quanta força ec-siste no ideal de sonhar! Quanta determinação
reside na utopia de corujar o canto da humanidade do ser, sonar a balada da
compaixão do efêmero e do eterno. Num ritmo de fascínio, pulsam corações no
ossuário da terra, apaixonados com o brilho das estrelas, lua, lua crua, sempre
lua nua, lua de seios leitosos, sagrada hóstia de querubins e serafins emanados
pelo in-efável trans-cender da con-tingência e forma.
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Generosidade sua não me confundir por sermos
animais de cérebro da mesmíssima falange. Amorzinho, este poema não é para
qualquer uno de mim, mas o verso-uno de nós ambos nesta "prosopopéia do
espelho e da imagem em consonância", mineirices dos causos, carioquicéias
das linguagens místicas e míticas do mar, corcovados. Vertências de prismas de
arco-íris a eludirem os olhares as ondas marítimas que banham a soleira da
montanha, olhares sedutivos, convidativos, nas docas as sereias na madrugada
con-templam os flocos de neve cobrindo a natureza do bosque de sastres idílios
e fantasias.
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O coração do verso oferece o peito à vida. A alma
do verbo empresta a carne ao belo. O espírito do sonho doa o desejo à esperança
do Ser. Ser sendo ao sabor do silêncio sereniza as sombras re-fletidas aos
raios do sol. Os instintos dos imperativos alugam as impingências para as sinas
e sagas dos fracassos e impotências.
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Sou uma pessoa de sentimento vulgar, sensação
medíocre.
- Não me olhe assim. Não me perscrute desse modo.
Não fizemos o pacto da sinceridade? Amor, não confie em mim. Não se entregue
por inteira a mim. A qualquer momento posso levá-la para o inferno. Contudo,
amo você. Começar a sentir o mundo das coisas, as coisas do mundo é queimar ad
infinitum nas chamas hadisíacas os volos das inspirações e querências.
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Obscuridades intro-vertidas concluem de
in-fin-idades a lividez da tarde em propósitos fantásticos ao limiar do sol que
se esvaece detrás da serrania à extensão, à frontaria da extensão remota, cruze
de todos os sistemas do Orbe o anúncio frescor e pacífico da escuridão, o
prenúncio sereno e místico do alvorecer, sombras de mausoléus, sob as
propedêuticas testemunhas dos destinos, tremeluzindo de insonolências
benevolentes as utopias da ninharia, sonsices do despojado, preambulices do
desencarnado à graça de primícias exteriorizações da fulgência da veneta a
recair em número indeterminado de veras meio-perpétuas que aldrabam a decessa
atrás do simulacro do reflexo além de enaltecendo os báratros do
sem-finalização ao cume do sem significado do não – ente, do nentes. É ao
sonhar com essa intimidade que se sonha com o repouso do ser, com um repouso
enraizado, um repouso que tem intensidade e que não é apenas essa imobilidade
inteiramente externa reinante entre as coisas inertes. A chama da lareira, fora
de mim, ganha e traduz coisas que ainda não conheço, o desejo de fazê-lo existe
latente..., manifesto o oposto do mundo da loucura que não são a verdade e a
certeza, mas a universalidade de uma crença e o engajamento com ela, não seria
isto o não aleatório nos julgamentos?
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Idade Média,
Vós sois, re-presentais, versificais
A ensombrecida subjacência
E ao clarão das fogueiras diante dos currais,
Ao lado da varanda da choupana
Os marcados dançam em círculos
Cavalgando galhos e folhagens
Símbolo fálico da fertilidade...
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Saber-lhe a diferença entre ser e ec-sistir.
Saber-lhe a sin-cronia, sin-tonia, harmonia entre o verbo e o espírito, entre
os sibilos do vento ao subir o espaço do abismo sem céus e nuvens. Se re-conheço
conhecê-las, revisto-as de espaço interno, espaço que tem seu ser em mim, que
tem seu sentido em mim, que me habita o mais íntimo, que me é... - não
assemelha um pouco com uma criança chorando no berço... "me... é.... ié,
mié...", ao "mié" a gratidão da vida, da continuidade do tempo e
do ser, engraçado o cacófato, e profundo, mié é mesmo uma coisa engraçada;
cerco-as com sentimentos de agressividade e violência... revisito-as de tempo,
seja uma dimensão do espacial, considerando a duração e a intensidade dos
eventos e em que o pensamento se reconcilie com a imaginação, as elucubrações e
perquirições se adiram com as utopias.
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Não têm limites, não se tornam realmente
conhecimento senão quando se ordenam no coração de minha re-núncia, no âmago de
minha indiferença, no seio de meu desprezo, nos olhares críticos, cínicos,
sarcásticos, irônicos, ácidos satíricos e sarcásticos, enviesados na presença
do absoluto de todas as coisas, na verdade de todos os sonhos e utopias.
através de mim, alçam vôos as palavras de mim, os termos sonantes que soam a
liberdade com a alma da criatividade nos vazios do tempos e ventos, palavras
que re-colhem e a-colhem a presença da chama, a chama que em mim cresce, as
águas que me impulsionam a re-fletir a plen-itude, a peren-itude da vida na
experiência do verbo do amor, na vivência do amor pelo verbo por vir carne.
Perfeita a criação. Luz, amor, desejos. Efêmero o viver.
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Explico-me: - um idiota resultado da própria insignificância.
Por você estou de corpo e alma abertos, espírito e ossos, teleguiado para os
céus. Prazer conhecê-la, benzinho! Entre! Repouse um pouco a sua cabecinha no
meu peito, ouvirá as batidas do coração. Adiramos nós dois às utopias da
consciência no Sertão Mineiro e nas Orlas Marítimas Cariocas.
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Aqui, as portas do inferno estão abertas,
escancaradas.
Não pergunte a hora. No inferno, o tempo perde o
significado. O espírito seleto é o que se debate continuamente contra o
compromisso dos pesquisadores da verdade. Certa aversão e ânsia em mente
refinada, o ritmo lento para os processos espirituais, aquela imitação do passo
de bicho-preguiça.... devagar é que se chega a algum lugar - alguém dissera em
tempos que remontam remotas ilusões que desejava fazer algumas coisas, e por
anos aos poucos, poucochitos constrói o seu sonho de ética e moral, transforma
cem anos de solidão em milhões de anos-luz de silêncio e poesia.
(#RIODEJANEIRO#, 28 DE JULHO DE 2019)
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