@LÁGRIMAS DE CHUVA MOLHANDO A FACE DO HORIZONTE DISTANTE@ GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
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O tempo o mesmo tempo de si verte lágrimas...
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Quem pensa a sós, de sábio eu trato; cantar a sós –
já é para os parvos, atoleimados! Estou cantando. Minha alma, insaciável com
sua língua, já lambeu em todos contra-sensos e revezes. É minha verdade! – de
olhos esquivos, de arrepios aveludados me atinge seu olhar. Luzes, gôndolas,
música –
ébrio em direção ao crepúsculo.. Quê imagem:
"ébrio em direção ao crepúsculo!", muito a pensar, o tempo o mesmo
tempo de si verte lágrimas.
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Em Óticas de incontáveis consolos, despovoando de
arrefecidos a alvorada, abóbada celeste enérgica, incomensurável de cintilas e
lua, às periferias do espantoso infindo de mundos, ressonâncias de
"nós" ciciando no sossego da alma, pazes vagueando na distante
cerração...
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Àguias sobrevoam a serra dos lúdicos prelúdios,
voluptuosos prenúncios, à mercê de sonoros cânticos em ondas, oníricas baladas
em fluxos de miríades de luzes, riscando as inter-ditas neblinas de éter,
sobrevoam a fonte de águas sedentas de per-cursos, itinerários, à luz de ventos
de leste, espalhando pingos por todos os sítios do espaço sideral, respigando
as folhas das florestas de ternas carícias das etern-itudes e seren-itudes
concebidas de imanências, místicas ilusões entre-laçadas à verdade que é sempre
uma busca ao longo de todos os tempos, até a consumação de versos e estrofes
poéticos, até a efemerização de sentidos e metáforas da estética do coração em
perfeita harmonia, sin-cronia, sintonia com o sentimento de verbo pleno.
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Origens - Graças à existência! - cadenciando de
vocábulos baladas em palavras, olimpo inibido de sentidas gerações dantes,
sensibilidades trespassando o tempo, agitações conspirando apiedadas de
melancolias em expectativas de nostalgias o não-inda-vivido, gotas de
pluviosidade ensopando a fisionomia do futuro longínquo, não menos longínquo
dos balizados contérminos, espíritos superiores adejam por cima da colina dos
divertimentos preâmbulos, à graça de melodiosos hinos em sinuosidades,
nostálgicos ditirambos entre a vigília e o insone das angústias, suprimindo as
inibidas cerrações do paraíso, adejavam acima da fonte de lágrimas sequiosas de
trajetórias, roteiros, à luminosidade de ventosidades de nascente, disseminando
gotas por todos os locais da extensão celeste, salpicando as folhas das matas
de maviosas blandícias das perpetuidades e tranquilidades emprenhadas de
inerências sobrenaturais logros emaranhados à exatidão que é perpetuamente uma
pesquisa ao extenso de todas as épocas até a conclusão de poemas e estâncias
váticas...
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Pers em pectivas de miríades de oásis, de-ser-tando
de frios a madrugada, céu intenso, imenso de estrelas e lua, às margens do
in-audito in-finito de uni-versos
ecos de "nós" murmurando no silêncio da
alma, silêncios deambulando na longínqua neblina, essências, solidão da memória
perambulando distante, verdades efêmeras, in-verdades passageiras... - Gracias
a la vida - ritmando de palavras melodias em sílabas, éter inter-dito de
vividas genesis, outroras, sentimentos perpassando o tempo, minha pena é sem
medida, triste serei em dias ledos, e dias tristes me farão contente, emoções
con-fabulando eidos de nostalgias em esperanças de saudades o não-inda-sentido,
lágrimas de chuva molhando a face do horizonte distante, não menos distante dos
finitos cafundós.
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Vazia efusão de quimeras,
Re-colho-me introspectivo, acolho-me extrovertido,
Ouvir a balada da alma, sentir além há instantes
Em que um grito surge inesperado,
Por um minuto,
Além de mim próprio
E indeciso permito a mim
Resvalar-me pela difícil percepção das
contradições,
A lucidez é tão branca, tão branda,
Aberta
- vento secando os lábios,
alargando a pele molhada,
longo clímax de timidez,
que é preguiça...
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Alguma coisas começa a latejar em expectativa
e a minha carne ferve numa intenção de
volúpia eufórica, voluptuosidade profusa...
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Até a fugacidade de vividos e representações da
harmoniosa, do coração em irrepreensível euritmia, simultaneidade, afinidade
com a sensibilidade de elocução absoluta, forças sobrenaturais de faíscas o
devaneio do bem-querer à luminosidade do resplendor que cintila no dilúculo os
locais - todos as quimeras são autênticas e o autêntico são todos os devaneios
-, ocultos da mata de passadas épocas da concessão, aclarando das pigmentações
do arco-celeste as fés provindas distantes, "across the universe",
violáceas, límpidas, diáfanas, vítreas, âmagos das lágrimas cursando de
sossegos as periferias dos flúmenes da humanidade... Apagar ardores e tormentos
à vista do que o mundo tremer deve. Acender de outro fogo do desejo, por
alcançar a luz que vence os instantes-limites, vence as entrelinhas inflamáveis
dos pensamentos, idéias.
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Numinando de raios o sonho do amor à luz do sol que
resplandece no amanhecer os sítios - todos os sonhos são reais e o real são
todos os sonhos -,
Recônditos da floresta de idos tempos da criação,
iluminando das cores do arco-íris as esperanças ad-vindas longínquas,
"across the universe", lívidas, trans-parentes, trans-lúcidas,
cristalinas essências das águas per-correndo de silêncios as margens dos rios
da humanidade...
Fogo em cristais aprisionado,
Cristal em chamas derretido,
Horrível serpente com um corpo
De inumeráveis dobras,
Eram de ontem e de siempre ver os tempos
reverberarem
Inteligências e perspicácias
À sombra de incertezas,
Por dentro fatais maganos,
Sendo nas caras uns Janos
Que fazem do vício algazarra, alarde,
Que fazem do nonsense balbúrdia,
Côdeas de sentimentos...
#riodejaneiro#, 29 de outubro de 2019#
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