FONTE LUMINOSA DO TEMPLO DE FESMONE - IV PARTE# GRAÇA PINTURA: PINTURA Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
IV
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Sete silêncios de solidão perscrutam as
ad-jacências e bordas do In-finito, desejando a plen-itude das certezas e
dúvidas, equívocos. as dialéticas da plen-itude são mais abissais, abismáticos,
os que receberão a dádiva serão aqueles quem sentir a profundidade da dor do
que olvida todos os limites, são livres plenamente, mas compreenderão que as
dialéticas do pleno são mais deliciosas, a liberdade é sempre um passo à
frente.
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Sete relinchos de cavalos de rua, destruindo as
cercas e obstáculos são anúncios da corrida desenfreada pelas colinas de lírios
agrestes, pelos da crina à mercê da neblina, do orvalho.
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Sete rabos de jegues de cabelos eriçados do vazio
são leques para o tempo sem vento, bailam ao ritmo da brisa do mar que se
esplende espaços a fora - ah, só as águas do mar para refrescar neste calor sem
limites.
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Sete genesis, filtrando raios de uma lembrança
dispersa, acendem candeeiros nos subterrâneos por onde as tristezas e angústias
passam em busca da planície cujos caminhos trilharão passos à busca dos verbos
de tempo que compõem a felicidade.
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Sete princípios adormecidos escutam a cantata
onírica de meus desenganos, velam por mim e murmuram a cantiga do orvalho sobre
as pétalas de girassóis fenecidos.
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Sete raios de sol iluminam a manhã, o infinito
aberto para todas as emoções, quem sabe o amor sentido possa tocar-lhe com os
dedos ternamente, o verbo pres-ent-ificado na pele desnuda sob o ventinho do ar
condicionado não seja convite para os devaneios do prazer?
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Sete léxicos percucientes e proeminentes de
declinações do verbo de in-auditos sentimentos a degustarem o silêncio do
crepúsculo à luz de sons longínquos delineiam as carências indeléveis do
inconsciente.
#riodejaneiro#, 19 de outubro de 2019#
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