**SEMANA //Blog **BO-TEKO DE POESIAS** - 18-24 DE NOVEMBRO DE 2016** - Manoel Ferreira
**INSUSTENTÁVEL
LEVEZA DO SER**
Narrar
o passeio intelectual, descrevendo-o,
Relatar
o passeio subjetivo, sensível
Minuciosamente,
A
cada átimo de segundo,
A
cada vento de leste,
A
cada silvo do vento,
O
sentir poético, num movimento transcendental,
Num
mover vivencial, vivenciário
De
idas e vindas a lugares, sítios,
Choupanas,
tabernas, bodegas de beira de estradas
Onde
habitam os mais profundos sentimentos,
Emoções,
sensações
Dar
movimento aos sonhos
Transporta-me
a muitos dos universos interiores,
Íntimos,
Ora
emocionando-me,
Ora
entristecendo-me,
Ora
alegrando-me...
Trans-eleva-me
a muitos de meus horizontes
Inter-ditos,
in-auditos
Ora
sentindo a "humanidade do ser",
Ora
questionando o "ser da verdade",
Ora
con-templando o "sonho da eternidade".
"Há
certa intensidade de clímax
Que
o homem mal pode ultrapassar,
E
não sem umedecer os olhos,
Não
sem sensibilizar a alma de desejos
Do
instante-limite do além, re-vestido de verbos,.."
Fisicamente
extático(estático),
Mas,
a alma viaja nas paisagens mais românticas,
Nas
imagens expressionistas, simbólicas
Que
ornamentam a moldura do ser-no-mundo,
Do
âmago de meus sentires,
Do
Amor sublimado,
Que
parece
A
mais grandiosa busca.
Emocionando-me
sempre e narrando
Continuamente
esse estado de êxtase
Em
que só consigo mergulhar
Porque
o silêncio ampara,
O
silêncio consola,
O
silêncio ameniza as mais pujantes contundências
Da
condição humana,
Esse
silêncio que me pertence e
Que
somente sei entendê-lo e interpretá-lo
Sei
analisá-lo e compreendê-lo
À
luz da memória que trans-literaliza os acontecimentos.
Não
se trata de um silêncio de ausência de ruídos;
Trata-se
do silêncio interior que me acompanha,
Abraça-me,
Permitindo-me
vaguear alhures,
Vadiar
algures, vagabundear nos confins e aléns...
Meu
silêncio é o berço que acalenta,
Sempre
que urge pensar
No
meu sentir e sentir o meu pensar...
“Mergulha
profundo no horizonte de outros idílios
Iluminando
os êxtases,
Volúpias
brilhando de glórias,
Fantasias
tecendo de alegrias o vir-a-ser do Verbo Amar."
O
corpo se mexe e remexe, digitando os sentidos, dança tudo, dançam braços,
dançam pernas, dança o corpo inteiro ao ritmo dos sentimentos que em mim
residem, à melodia das emoções que me habitam, alvorecer blues nas letras,
poiética. Amor, sensibilidade, sensível a inspiração, sensível a percepção, o
corpo bailando à esquerda e à direita, cerne do dito, núcleo do inter-dito de
não serem de palavras estas linhas, mas notas de um alvorecer blues, poiética.
Quanto
mais o silêncio e a vida
Entrelaçam
as mãos
Na
jornada verbo-do-ser-adentro
Mais
evangelizam
As
sendas silvestres da esperança do "Ser",
Essa
dimensão trans-cendental
Que
inscreve a ec-sistência no TABERNÁCULO DO ETERNO.
Realidades
simples
A-nunciando
a verdade que frutifica a árvore,
As
raízes da castanheira,
Cujas
perspectivas e expectativas são
Alimentar
e saciar os desejos.
Vou
iluminando a alma
Com
os mais belos sentimentos,
Compondo
e trazendo à tona de meu ser
Uma
gama de sentimentos nobres,
A
esculpir a imagem do Amor
Do
Sonho "amar o verbo"...
Danço
ao ouvir a lira!
Canto
aos céus, num estado de certezas e gratidões...
Sinto
o azul em meu Ser!
Transcendo...
Ao
escutar os sons dos céus, divinizo-me... :
”
O meu "ser" cont-empla o arco-íris que colore o céu
-
cor da vida,
cor
do amor,
cor
do desejo,
cor
do sonho,
cor
da esperança,
cor
da fé,
cor
do eterno, absoluto.
...
E
assim me expresso:
É
essa a leveza do Ser...
Manoel
Ferreira Neto
(*RIO
DE JANEIRO*, 22 de novembro de 2016)
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