*SEMANA //Blog **BO-TEKO DE POESIAS** - 18-24 DE NOVEMBRO DE 2016** - Manoel Ferreira
PREFÁCIO DO LIVRO "OUTONO", DE Maria Fernandes.
No ano de 2014, Maria Fernandes intimou-me a prefaciar o seu Primeiro
Livro, OCASO DE MEU ACASO, que fora lançado aos 06 de dezembro de 2014.
Novamente este ano de 2016, Maria Fernandes intimou-me a fazer o
Prefácio de seu Segundo Livro, OUTONO, que será lançado aos 25 de novembro de
2016, em Barcelos, Portugal.
Muitos sucessos para você, minha querida Amiga.
**OUTONO, RUMO AO INFINITO DE AMAR O AMOR**
Se a Obra se faz continuamente, a continuidade é também a Obra.
Concernente a esta introdução, o primeiro livro da escritora e poetisa Maria
Izabel Fernandes da Cunha, OCASO DE MEU ACASO, publicado e lançado aos 06 de
dezembro de 2014, pres-ent-ifica o uni-verso sensível,
con-ting-ente/trans-cend-ente, re-velando o horizonte de seus ideais, sonhos,
esperanças, utopias, desejos e vontades do Amor, cada poema mostrando
perspectivas e ângulos dessa trajetória abismática e abissal, alumbrando suas
visões e sentimentos, emoções, à busca das origens do Amor que lhe habita, a
jornada que se estabelece desde as experiências e vivências nas situações e
circunstâncias quotidianas até à linguagem/estilo de se anunciarem nas suas
dimensões poéticas linguísticas e semânticas diversas e ad-versas.
Mas nesta segunda obra, intitulada OUTONO, estilo e linguagem revelando
outras dimensões do Amor, perscruta-se mais profundamente que o Amor sai da
alma, trans-cende-se, para encontrar o Verbo do Infinito, para revelar a
espiritualidade da origem do que é isto - Amar", conforme o poema
"Abraço Outonal", "No outono recolhem-se os frutos
maduros/Guardam-se as alfaias, tudo com aprumo...", metáfora, símbolo,
signo da maturidade poética, o que é isto - o Amor para a poetisa, ainda neste
poema citado: "O doar pleno do afago", "A carícia das
carícias", no poema A MINHA ESSÊNCIA, excelentemente id-ent-ificado,
"Alma e coração/Sentimento", "Cerne do meu ser", essência
glorificada através da alegria do sentimento e da visualização dessa dimensão
profunda que reside nos interstícios de sua alma, "O desejo do Amor/A
ânsia do belo e infinito" completam a "partitura em sinfonia/por
vezes dissonante/outras em plena sintonia". O Amor maduro sabe o que quer,
entrega-se, doa-se, conhece bem o caminho para o Verbo do Infinito, tempero
certo, fermento adequado, deixando ao leitor a liberdade de fazer um juízo de
quão belo será o Verbo do Amor, a sua conjugação/encontro no Infinito, alcance
do pleno clímax sentir, da beleza da vivência/amar, onde nascem as miríades de
outros desejos, outro ad-vir do Sonho do Amar In-finito.
"A Minha Essência", "Abraço Outonal" são as chaves
de ouro para a entrada no uni-verso poético, uni-verso este de querença e
desejância da luz uni-versal do Ser-Amor, alegoria do sonho, do efêmero, do
amor da felicidade. A obra "si-mesma", representada nos poemas
pres-ent-ificados, é a poiética das utopias, alegrias, mesclada da poética dos
segredos, enredos na dialética do Encontro/Des-encontro, pináculo da fantasia.
No poema "A FONTE SAGRADA", a maturidade do Amor, no mergulho abissal
nas suas origens, é "A melodia que se tornou mais bela.
OUTONO é a eidética poética e poiética da "esperança do Ser/Amar
que flutua no horizonte" na obra de Maria Isabel Fernandes da Cunha,
originando a primazia ao sentimento de felicidade, prazer, paz.
De início, apresentando esta segunda obra da poetisa e escritora,
dizemos que "Se o Amor se faz continuamente/A continuidade é também o
Amor". A continuidade desta jornada Amor adentro está em processo, seguindo
os seus caminhos rumo ao Infinito, rumo à linguística do sentimento, semântica
dos desejos e esperanças, querenças e desejâncias do Ser. OUTONO é a maturidade
con-ting-ente e trans-cend-ente, poética do espírito. A continuidade da obra
mostrará ainda mais profundamente, eideticamente o "Tempo de amar sem
contra-tempo", rumo ao infinito de amar o Amor.
Manoel Ferreira Neto.
(Escritor, ensaísta, crítico literário, filósofo, poeta)
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