**PLÁGIO É CRIME** - Manoel Ferreira
Plágio é crime. Inconteste!!!
Grandes e inúmeros escritores, poetas confessaram o desejo de escrever
obras a que amaram de paixão de outros autores. Não enveredaram no plágio
delas.
Por que o plágio? A pessoa lê um texto, uma poesia "baba",
precisando de um lenço para enxugar a baba. Se o poema ou o texto mereceu
aplausos, louvores, surge então aquele insofismável desejo, vontade de também
receber os mesmos, ser reconhecido, laureado. O plágio é o caminho mais fácil,
a lei do menor esforço. O que importa é a estrela brilhando.
O plágio passa para aqueles que não leram o poema ou texto original do
autor, mas há sempre alguém que tenha lido e flagra o plágio. Seria o caso de
denunciar ou avisar o autor, tomando ele as suas providências e medidas
cabíveis.
O grande problema não é propriamente o crime de plágio. É a descoberta
dele. O plagiador desde então será citado: "Plagiou o poema de fulano de
tal". Esta imagem jamais se apagará. Será sempre lembrado, será objeto de
chacota de todos. O plágio que tinha a intenção de alcançar os méritos de
aplausos, louvores tornaram-se com transparência a inveja, o ciúme, o despeito
do verdadeiro autor, e além disso, a fissura, a neurose do sucesso, da fama.
Mesmo que o plagiador não tenha a digna cor-agem de assumir a vergonha de tal
atitude, não há quem não dirá: "Quê vergonhoso isto de plagiar em nome de
ter sucesso, fama." Este estigma de "plagiador" seguirá a pessoa
por todo o sempre."
O anonimato, a sombra são dignidades, honradez: melhor não ser
reconhecido, aplaudido por escrever o que escreve do que plagiar alguém e ser
eternamente citado como "plagiador".
Não é o "Crime de Plágio" que, certamente, causará processo
judicial, indenização, o que deve ser avaliado, mas o nome do plagiador que
será sempre lembrado. Mas o plagiador jamais irá reconhecer a vergonha diante
do métier literário, poético, havendo alguns que até repetem a proeza, a
façanha.
A neurose do sucesso, da fama faz coisas inacreditáveis, ininteligíveis.
Manoel Ferreira Neto
(*RIO DE JANEIRO*, 13 de novembro de 2016)
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