**SEMANA //Blog **BO-TEKO DE POESIAS** - 18-24 DE NOVEMBRO DE 2016** - Manoel Ferreira
**LAMBENDO TODAS AS POSSIBILIDADES DO ATÉ ENTÃO IMPOSSÍVEL**
Graça Fontis/Manoel Ferreira Neto.
(*RIO DE JANEIRO*, 20 de novembro de 2016)
Nada há e há tudo nesse resplandecer
Na plena aurora do infinito imaginário,
Versejando belezas, desejos, querências e enigmas.
Há conscientes, outros inconscientes...
Sondando o profundo desse universo
Tão avidamente que mesmo o som inaudível
Dentre silêncio e palavras vislumbram na mais bela
Exteriorização...
Como um rio caudaloso banhando poeticamente
As margens da vida nesse espaço onde a seriedade,
Quiçá o lúdico,
De forma linguisticamente hábil,
Explora e lambe todas as possibilidades do até então impossível
Mas...possível sempre!...
Idílios de verbos pre-figurando
De imagens as travessias de uni-versos a horizontes,
Vice-versa,
Versando as paisagens lívidas de perspectivas
De belezas uni-versais,
Cântico dos cânticos,
Ad-versando as pontes partidas com espectros do além,
Re-colhidos e a-colhidos nas ampulhetas
Re-veladas no longínquo e distante confins,
Versejando poiéticas poiésis do efêmero a deambular,
Perambular nas alamedas da solidão secular e milenar,
Tresloucado de utopias de ser a esperança
A última que fenece,
Quê encontro mágico e místico do efêmero e infinito...
Viagem sem retorno
Onde só o infinito é o limite dentro desse mundo
Uno em expansão
Ainda longe da verdade absoluta!...
A minha voz tem uma profundeza e um calor, como se estas palavras
corriqueiras houvessem saído do coração. A tonalidade não consegue dissipar de
todo certa inflexão que poderia ter eu tomado por aspereza. É como se um
eminente e insigne musicista tirasse sons comoventes de um instrumento, tão
profunda a sensibilidade que encontrara órgão na minha voz.
Meu coração inunda-se de lágrimas e exala profundos suspiros. Na
grandiosidade de alegrias e contentamentos exultantes, não há qualquer
irreverência em perscrutar a face alterada e jovial que se revela.
Estas poucas palavras têm a mesma música misteriosa, melancólica, cujo
tom parece jorrar de meu coração, modulado na mais humilde, sincera, simples
emoção. A agudeza dos sentimentos logo denunciam a mim uma respiração
irregular, vinda de um lugar no íntimo que está imerso na obscuridade, ainda
que sagrado.
Do sagrado, no qual acontece o milagre da transformação, da metamorfose,
da mudança, nos quais o jogo do devir existe sempre, àquela mais alta e final
humanização para a qual toda a natureza se dirige e impele, para salvar-se de
si mesma, para transcender-se a si mesma, para encontrar-se a si mesma, olhando
o mundo e os homens de cima.
O silêncio da vida que exala de seus re-cônditos
Interstícios o trans-cendente de utopias do absoluto
Que ao longo do tempo assimila o outro
Das dimensões futurais da plen-itude,
O outro do outro vir-a-ser,
O eu do outro há-de ser o domus do divino
O "tu divino" que ilumina o espírito da contingência
Na sua con-templ-ação, ação de templar o "ser-com"
Os ideais da espiritualidade, o"eu eidético" que numina
O verbo da carne das imanências
Na sua evangelização,
Ação de divinizar o "ser-para"
A esperança do Ser da Vida,
Na sua espiritualização,
Atitude de sensibilizar o que trans-cende
A estilística das dialéticas do silêncio e da solidão.
Comentários
Postar um comentário