**COMENTÁRIO DA AMIGA SONINHA SON DOS POEM GONÇALVES AO TEXTO //**VOLANDO A TRANSPARÊNCIA DA LINGUAGEM**
Adoro
ler você Manoel Ferreira Neto, poque me faz lembrar como amo a língua
portuguesa bem falada e bem escrita.Tua linguagem é riquíssima teu panorama
poético é de uma vastidão infinita!!!Toda a tua escrita é sempre fina muito
muito bonita, versos elegantes rimados ou não possuem um contraste magnifico
entre a realidade e a fantasia como acredito eu deva ser mesmo a poesia...Lindo
demais...amei!!Bjos
Sonia
Gonçalves
Muito
obrigado por seu carinho e reconhecimento, minha querida Amiga. Comecei a ler
Machado de Assis na tenra idade, continuando até hoje, ficando em mim a
influência da linguagem, riqueza de linguagem, e leio muito também. As letras
requerem a riqueza da linguagem. Quando chego na livraria para comprar livro,
folheio os autores, dependendo da linguagem não compro, vulgaridade eu
dispenso.
Faz
uns quatro ou cinco anos, enveredei-me a falar errado de uma forma tal que pedi
aos amigos encarecidamente que me corrigissem, não importava em que lugar
estivesse, com quem estivesse, corrigissem-me. Até "nós vai" eu
dizia. Felizmente que com a ajuda dos amigos consegui restaurar-me a linguagem.
Obviamente que na Literatura trabalho muito. Ficaria pedante demais conversar
com as pessoas usando a riqueza da língua portuguesa. Mas a minha linguagem não
é normal. Sou eu. Sou as letras e as letras são-me.
Se
a poesia prescinde da realidade e da fantasia, a prosa poética prescinde muito
mais, a dialética deve estar presente em todos os níveis, e como você pode
perceber, sei que percebe, os meus textos são profundamente dialéticos porque
jogo muito com as imagens, com os contrastes.
Abraços,
querida!!!
**VOLANDO
A TRANS-PARÊNCIA DA LINGUAGEM**
Pers-critos
lídimos verbos de pretéritos im-perfeitos de desejos de liberdade, vontades
profundas de glórias homéricas, jamais sem precedentes, poderes inomináveis e
inconcebíveis, realizações, que metamorfoseiem os re-cônditos da alma
plen-ificada de náuseas, angústias, á-gonias, tristezas, trans-eleve-a ao cume
das regências nominais de outros horizontes, verbaisde outros uni-versos, de
onde a visão templa o panorama do mundo, a paisagem da terra, concebendo
plen-itudes que são genesis para novos in-vestimentos na busca do ser, da
verdade, re-vestindo o inaudito, o incognoscível de eidéticas esperanças do
eterno que é continuidade, e continuamente re-fazendas, re-criações, abertura
lídima e idônea para o verbo do tempo, por onde o silêncio peregrina volando a
trans-parência da linguagem, dizer-se pleno, dizer-se in totum, dizer-se in
extremias na dialética das iríasis, travessia para o ser re-fletido no espelho
do vir-a-ser verbo do sublime, dos éritos, nonada para o não-ser
pres-ent-ificar-se de sorrelfas do vivido, vivenciado, às voltas sempre com os
devaneios e idílios de éden, só re-versar o tempo inter-dito com as a-nunciações
do vazio re-colhendo e a-colhendo as furtivas do completo, quando, em verdade,
em verdade, não são estas dialéticas que preambulam o ser no interior do verbo,
vice-versa, mas a alethesis do verbo na sua travessia para o silêncio, para a
solidão - solidão sem silêncio é ininteligível, Cristo, antes do Sermão da
Montanha estava só e em silêncio, silêncio sem solidão é inconcebível -, que
re-vela a luz, suas cintilâncias e brilho, pers-crutando a poética do deserto,
re-flexão, meditação, instante e momento pleno de entrega e doação à leveza dos
sonhos, sonhos do divino, a vocação eterna dos homens
Solidão
é silêncio, nada de solstícios do efêmero limiando o horizonte, nada de
seduções à luz de Safo, à mercê de Brahma, às cavalitas de Prometeu e Sísifo,
mas as vers-itudes de todas as perspectivas da vida vistas, con-templadas,
templadas, templ-oradas sob o In-finito In-fin-itivo do há-de verbalizar os
a-núncios do ex- sistir a vida, as re-velações da vida desejando o ex-sistir
dos silêncios e do verbo.
A
vida são buscas, querências, desejâncias, verdade, mas, antes de serem, são a
entrega, a doação ao Espírito do Verbo In-finitivo do In-finito entrelaçado,
comungado, aderido ao Silêncio In-finito das In-fin-itudes, sempre o caminho,
sempre a caminhada que faz todas as travessias, sempre as travessias que
re-velam os novos passos, esperanças, utopias, sonhos, para a fé no que há de
evangelizar o ser-no-mundo...
Manoel
Ferreira Neto.
Comentários
Postar um comentário