**MAIS UMA XÍCARA DE CAFÉ - IÉTICAS ÉRESIS DO PÓ** - Manoel Ferreira
Iéticas éresis do pó, éritos de epitáfios de cinzas - "... como a
ave que, atravessando o ar em seu vôo, não deixa após si o traço de sua
passagem...". Emático pó de esias, memórias de inspirações, lembranças de
estesias, recordações de sin-estesias, poeira levada pelo vento, espuma
espalhada pela tempestade. Ente ético de éresis, Ser divino de iríasis. Po-ente
de eresis emáticas. Po-emáticas metáforas de verbos. Po-éticos mistérios da
linguística do ser, enigmas semânticos do não-ser, metáforas do vazio, nonada,
efêmeros. Po-iésis misticas do absoluto, essência do espírito. Po-éresis
míticas do eterno, eidos do verso livre. Po-iríasis lendárias da imortalidade.
Éresis do pó, cinzas metafísicas de estrofes plenas. Iéticas emáticas de verbos
linguísticos da alma, semânticas do espírito. Silêncio do nada, solidão do
efêmero, deserto do não-ser à soleira de inter-ditos de sonhos, esperanças do
belo e sublime. Pó de esias, poeiras abstratas de sendas efêmeras.
O silvestre de caminhos enuncia plenitudes além das iríases do In-finito
onde os sonhos sonham a verdade. O campesino de estradas pre-nuncia
De vazios inauditos a estesia da palavra, a extasia do ritmo e melodia
do genesis, o ex-tase do silencio de sons inauditos que preenchem os recantos
solitários da alma. De cânticos às glórias pro-nuncia O anti-poema da vida,
po-ente do sonho de Ser. Horizonte da quimera do Divino, universo da sorrelfa
do Ser-de-Espírito, espírito-de-Ser, Alma-do-Espírito, espírito-da-Alma,
teologia Sublime do Inferno, inferno teológico do nada vazio de ser, telos
paradisíaco de verbos de éresis fugazes, o nada estesia a éresis, o vazio
extasia a esia, o efêmero ematiza a versitude do estético, a náusea verseja a
metafísica po-iética do não-ser nos liames do sempre e jamais, o não-ser
versifica à soleira desértica das oliveiras o inconsciente divino da verdade
pura entre-laçada do ser-aí da alma, estar-aí da in-consciência, conjugada de
tempos indicativos, gerúndios de instantes, particípios de angústias e
nostalgias, in-fin-itivos de desesperos e saudades às lusitanias do ser vazio
de essências, essências iéticas do verbo plenificar genesis, essências éticas
da metáfora-belo, essências entes do soneto-puro, essências almas da arte-singela,
tabernáculo à Iésis Pessoa da Tabacaria: não quero ser nada, à parte isso tenho
todos os sonhos do mundo.
Manoel Ferreira Neto
(**RIO DE JANEIRO**, 19 de novembro de 2016)
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