**PECTIVAS MIRÍADES IN-FIN-ITIVAS DE BRILHOS E CINTILÂNCIAS** - Manoel Ferreira
Congruências in-congruentes de pretéritas imagens solsticiando pers de
re-flexos, pectivas miríades in-fin-itivas de brilhos e cintilâncias incidindo
livres e solenes no templo de místicas e míticas voluptuosidades do eterno
unissono de utopias e querências, de rituais e magias estéticas do horizonte
plen-ificado de semânticas e linguísticas do belo vir-a-ser, de mistérios e
enigmas do absoluto, da verdade, orquídeas, rosas, lírios des-abrocham
alvorecendo a metafísica da luz a iluminar os terrenos baldios da alma, os
vazios do eco, vozes ecoam distintas na solidão.
In-congruências congruentes de perfeições im-perfeitas sibilando no
abismo, ventos perpassando o vazio, neblina cobrindo a montanha...
O Amor só vive de entrega e doação onde têm raízes a iluminação(revelação),
cujos frutos são os sonhos que alimentamos e AfAGAMOS, e quem a outrem, que
en-vela e re-vela, não poderá, Senhor, alguma vez, desalgemar de mim as mãos
rápidas de gestos, deixando-me-ser aos olhos e ouvidos atentos e à minha nítida
simplicidade de alma; sem dúvida, jamais chegaremos ao termo, eu o sei, mas
felicito-te pela a-colhida e re-colhida dos sonhos que há no Amor, pela tua
caminhada em busca de en-carnar o Verbo Amar. Quem persegue com esperança o
sonho(iluminação-revelação), quem persegue com fervor e fé o Verbo Amar avança
sempre, mesmo se por acaso não chega ao fim. Todavia, acoraje-se ante a
pretensão de penetrar o Mistério; ante o risco de te afundares no segredo de
uma natureza que que possa compreender-entender sem limites, imaginando que
estás em sin-tonia-harmonia-sincornia com tudo. Procura entender que esta
verdade ultrapassa toda e qualquer compreensão”.
Para quem re-flete, com-templa, imagina, fantasia, sonha, medita,
expressa e realiza no encontro e busca o arquétipo esquecido, torna-se claro
que a fonte originária do rio de águas límpidas, a continuidade de sua jornada
ao absoluto e nos caminhos que vai abrindo em busca do oceano, torna-se claro
que as realidades sensíveis em si mesmas, que fornecem à razão e intelecto
humanos a fonte do conhecimento, fonte do sonho do Verbo Amar, conservam nelas
um certo vestígio, embora se trate de um vestígio tão imperfeito que é incapaz
de exprimir, um silêncio tão profundo que necessita de desejar, com-templar a
perfeição absoluta.
Todo sonho possui, ao seu estilo e modo, a inspiração da busca e do
desejo de conhecer, viver, con-viver, embora o inspirar nem sempre atinge a
perfeita realização com as obras e a solidariedade, com-paixão. No que concerne
ao conhecimento da verdade de fé – verdade que só conhecem à perfeição, só se
sentem realizados, os que vêem a paisagens do In-finito; verdade que só vive de
entregas e doações, respeito e consideração, amor e com-templação, sonho e
desejo... – a razão humana comporta de tal maneira que é capaz de recolher a
seu favor certas verossimilhanças, o intelecto humano se re-colhe e a-colhe,
que é capaz de se identificar consigo próprio, a-nuncia a seu modo os caminhos
de dentre pedras nas serras e montanhas.
Manoel Ferreira Neto.
(26 de janeiro de 2016)
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