**DO VERBO CINTILAR, A POESIA-PAULICÉIA EM GENESIS** - Manoel Ferreira
A
poesia habita-lhe os interstícios mais abismáticos da alma: você verseja as
folhinhas da parreira verdejantes, as uvas dependuradas atraindo o seu desejo
do sabor pleno, toma de sua pena, escreve um poema, uma prosa inspirado e
eivado de sonhos...
Mas
quando você toma da pena, inspira-se, transcende-se para compor um versinho
miúdo e profundo sobre Sampa, aí se revela o limite de seus versos, de sua
inspiração, de sua sensibilidade em sentir este uni-verso, este horizonte, este
além... Sampa trans-cende todas as dimensões da arte, da poesia, da Literatura,
da música, da pintura, do teatro, das artes-plásticas... Sampa trans-cende
todos os desejos e esperanças do pleno, o pleno de Sampa estende-se,
esplende-se a todos horizontes, só no in-finitivo de paulicéias do verbo
Cintilar esperanças e sonhos se conciliam ante as dimensões de sua beleza o
belo, de seu espírito aberto ao In-finito.
Não
acredita nisso! Pura poesia tecendo poiesis da uni-versalidade que pulsa em
todos os recantos e cantos... Experimente num instante, numa rua, numa avenida,
mesmo num playground ou pracinha pública, sentir por inteiro o espírito que
habita os seus recônditos interstícios, sentir-se-á carente, ausente, de todo o
resplendor, tudo se lhe figurará vazio, e a alma alça vôos ziguezagueantes à
busca de uma luz, de um brilho que refulja no olhar e lhe mostre o vir-a-ser, a
Paulicéia se revela além do vir-a-ser, além do In-finito, além do eterno,
revela-se no Celeste do Genesis.
A
poesia-paulicéia está sempre em genesis, está por sempre ser concebida, por ser
criada a sua luz, poesia que sonha a poiésis do universal, da universalidade...
Manoel
Ferreira Neto.
(25
de janeiro de 2016)
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