**CREPÚSCULO DO PARAÍSO PERDIDO** - Manoel Ferreira
Pretéritos do nada. Nada perfeito. Nada im-perfeito. Nada
mais-que-perfeito. Subjuntivos do vazio. Vazio incondicional. Vazio futural.
Vazio de infinitos uni-versais, uni-versal-izáveis. Gerúndios do ser. Cores
vivas do arco-íris. Ribalta de sorrelfas cristalinas ascendem colóquios
ad-nominados ao silêncio, solidão inscreve nas lácias palavras do medo as
vacuidades do tempo, do inaudito, a surpresa do vazio preenchido de nonadas do
desconhecido, o queixo caído do nada multiplicado de faces do absoluto, do ininteligível,
olhos esbugalhados do efêmero re-vestido de infinitudes de glórias do
indizível, a nihil inspiração da beleza à luz das trevas abissais, mágico
teatro para a mauvaise-foi, nada do vazio-ser indicativo do ser-nada de
pretéritos genéticos, ser do nada-vazio, subjuntivo de carências da alma,
picadeiro de perdidas quimeras trans-lúdicas...
Café com pão, manteiga não, café com pão, manteiga não, "vagalume,
lume, lume, teu pai, tua mãe estão aqui...", a Maria-Fumaça das tristezas,
angústias
corre nos trilhos solitários do destino, vagalume à janela, a noite
transpassa segredos e mistérios, lágrimas pujantes, palavras sem fonemas,
semânticas sem ritmos, melodias, linguísticas sem símbolos, signos, termos sem
sílabas. No alvorecer o que será que será? Sem destino a tragédia do horizonte,
uni-verso, infinito, ausência da pers de pectivas do abismo, preliminar da
esperança. do ser-nada o verbo de pretéritos, concebendo o tempo infinitivo
de vers-ências do ad-vir, poematizando, poesi-alumiando de estrofes-entes
de a-nunciadas vertentes efemerizadas nos instantes-limites, a sinfonia
sin-crônica do efêmero-sonho da felicidade, da alegria, tecendo no útero do
caos-cosmos a luz dia-lúdica do verbo "Pers-Ser"
Poesi-numinando de sentimentos do amor por vir o crepúsculo do paraíso
perdido.
Manoel Ferreira.
(25 de janeiro de 2016)
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