**MINAS SONHOS MINA** - Manoel Ferreira
Entre
as montanhas
Grito
silencioso,
silêncio de
ideais,
silêncio de
liberdades,
silêncio de
justiça,
silêncio de
solidariedade,
MINAS GERAIS
No
interior das Minas,
Um
pássaro em cada peito,
cânticos de
amor, amizade na lira eterna
da
história feita orgulho,
do tempo tecido de vaidade,
da cultura composta de esperanças
Suplicando
espaço nos horizontes naturais do eterno...
MINAS
GERAIS
De
Minas, só mesmo o nome
Inscrito,
re-escrito em negras pedras de sonhos
Sonhar
absurdo perdido cristais e diamantes
Ah!
Minas, elucubrada nas janelas
De
casarotes, casinhas, casas simples e humildes,
Conjecturada
nos portais
Dos
casarões antigos, tradicionais, decadentes,
Sublimada
em fonte de águas cristalinas, chafarizes.
Minas
tem cheiro de outrora, de tempos primevos, de ontem
Perenizam
de minas só as ilusões,
Perduram
de minas só as carícias, ternuras, carinhos, toques
De
grossas mãos escolhendo, selecionando pedras:
Melancólicos
sorrisos de barrocos crepúsculos,
Galos,
sinos entre-laçados no ar.
MINAS GERAIS
Ah!
Minas metamorfoseada,
Alvorecer
perdido nas serras planificadas,
Entardecer
escondido nas montanhas niveladas,
Memórias
desenhadas em nuvens, céu de branco e azul.
Minas!
Alma enterrada em chamas de ideais e sonhos
Espírito
soterrado em fogueira,
Digerido
em cada fogão de lenha,
Liderado
nos vestígios dos domos de igrejas,
Liberado
nos resíduos das chamínes.
Minas,
essa busca eterna, essa procura imortal,
Esta
terra perdida em montes inexpressíveis, indizíveis.
Onde
o homem trilha suas estradas empoeiradas,
Caminha
e logo sente profundo, nos interstícios da alma
Que
Minas sonhos mina Gerais
De Amor,
De Solidariedade
De Fraternidade
De Compaixão
De Luta e Desejo
Do eterno
Da
eternidade
Da
etern-itude
Do
imortal
Da
imortalidade
Do Belo, da Esperança, da Fé,
Da Beleza, do Sonho,
do VERBO SER...
Manoel Ferreira Neto.
(23 de janeiro de 2016)
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