**IMPERATIVO DE LUZES DI-VERSAS** _ Manoel Ferreira
Bons dias!
Quê esplendoroso é o imperativo do verbo “Ir”! Serve a tantos
interesses, sejam espúrios, sejam honrosos, dependendo das situações ou
circunstâncias, que não resta alternativa senão ad-mirá-lo, venerá-lo,
prestar-lhe as mais profundas homenagens, tecer-lhe o mais sensível e cordial
tributo, glorificá-lo em todos os níveis, se for possível reservar-lhe uma
cadeira no Olimpo dos deuses.
Irritou-se, enervou-se, sentiu-se negligenciado, diminuído, de imediato
o imperativo deste divino verbo entra em ação: “Vá para o inferno!”, como se
indo a pessoa para o inferno estar-se-ia livre das irritações, dos nervos,
raivas e ódios, estar-se-ia livre da pessoa. Há a resposta, digamos, direta e
reta para este mandamento, que cala e silencia vez por todas: “Sim, se você me
indicar o caminho, terei prazer em acompanhar-lhe até lá. Você conhece as
veredas que leva ao inferno, até mesmo os atalhos, cortando os caminhos, indo
mais depressa”. Responder o quê a isto? Não há resposta. Creio que este
mandamento é uma falta de senso das mais absurdas, pois não se é possível ir
para o inferno em vida – a vida pode estar um verdadeiro inferno, mas isto é
apenas uma metáfora, dizendo que a vida está mesmo virada de cabeça para baixo,
sofrimentos e dores os mais pujantes, pecados e pecadilhos transbordando,
dívidas que não acabam mais, chifres que crescem na cabeça a deus-dará, mágoas
e ressentimentos di-versos, angústias e desesperos que não acabam mais,
descrédito por todos os lados - e mesmo para ir para o inferno é necessário em
primeva instância estar diante de São Pedro no Juízo Final, quando as ações e
atitudes no mundo vão definir qual é o merecimento do falecido, se curtir as
delícias do Paraíso Celestial ou passar a eternidade nas chamas em companhia
dos prosélitos, em companhia dos da mesma laia e estirpe. Mas as pessoas
continuam mandando os outros para o inferno, é só sentirem-se irritados com
palavras de censura, discriminações, com considerações arbitrárias e gratuitas,
que o mandamento entra em cena com toda a pompa e rigor, bem pronunciadas as
palavras, a língua movendo-se dentro da boca com todas as volúpias e êxtases.
Fico imaginando como seria o inferno se todos os que são mandados para lá
fossem realmente, estaria mais que entupigaitado de almas, o paraíso ficaria
vazio, Mefistófeles teria de construir e edificar outro para receber as almas
mandadas para o seu acolhimento. Ao longo dos anos, seriam vários infernos.
Mefistófeles iria estafar-se muito, complicado administrar tantos infernos.
Nunca mando ninguém para o inferno. Não porque tenho verdadeira ojeriza
da resposta, infelicita-me demais não dar o troco dos vinte mil réis, aí me
sinto diminuído, negligenciado, no regaço de minha índole e raça não há isto de
levar desaforo para casa, engolir sapo seco. Não o faço porque a pessoa não irá
no momento de meu mandamento, é-lhe impossível essa façanha em vida. Se algum
dia o seu lugar for este para passar a eternidade, será depois da morte, terei
de esperar talvez muitos anos para isso. Peço-lhe com todas as finesses que o
menu da educação e da diplomacia me re-comendam para se retirar, esquecer que
eu existo, se isto não lhe for possível, é só não olhar para minha cara, quando
se ombrear comigo pelas ruas da cidade.
Não poderia afirmar seja esta a razão de as pessoas haverem encontrado
outros mandamentos, usam com todas as propriedades, até mais pronunciando as
palavras bem claras, em bom tom, para serem entendidas sem qualquer dúvida e
desconfiança. Mandam catar “coquinho no asfalto”: “Vá catar coquinho no
asfalto”. Não me consta que coquinho nasça no asfalto. Por isto mesmo o
mandamento adquire a sua graça. Andar curvado pelas ruas e avenidas catando o
que não existe é mesmo muito engraçado. Pode até ser que alguém tenha a
felicidade de mandar alguém catar coquinho no asfalto no exato momento que um
caminhão carregado de coquinhos vindos do Ceasa para servir aos mercadinhos e
mercearias tenha tombado e o asfalto fique cheio de coquinhos rolando, rolando.
Aí as pessoas aproveitam o ensejo para catar os coquinhos, levar-lhes para
casa, satisfazer-lhes os prazeres, usufruir as suas delícias. Até pode que
sejam plantados pés de coquinhos nas avenidas e ruas, e no tempo deles o
asfalto fique cheio de coquinhos. Senão nestas circunstâncias não se é possível
catar coquinhos no asfalto. Mas ninguém gosta de ser mandado catar coquinhos no
asfalto. É-se estar sendo chamado de tolo, imbecil, idiota, bobo, uma pessoa
sem qualquer indício de senso.
Mandar-me catar coquinho no asfalto é perda solene de tempo. Em primeira
instância, não gosto de coquinho de jeito nenhum, não o cataria nem no seu
habitat natural que é o meio do mato. É claro que à beira de uma lagoa quando
um casal diz que vai catar coquinhos, está-se dizendo que vão se divertir, mas
a di-versão é bem outra, o coquinho não está no cardápio. Para que vou catar
uma coisa que não me serve para nada, nem para me di-vertir nas horas de muitos
problemas e dificuldades. Em segunda instância, não me considero alguém digno
de risos e galhofas alheias, e mesmo que fosse jamais iria catar coquinhos no
asfalto, que não existe, só para as pessoas rirem de mim, caírem na gargalhada,
até molharem as calças ou as calcinhas de tanto rir. Não me sinto diminuído,
negligenciado, subestimado, quando alguém me manda catar coquinhos, a minha
autocrítica é bem rigorosa, e eu não sou digno de galhofas e mofas alheias. Às
vezes que me mandaram fazê-lo, diante de minha atitude e reação, as pessoas é
que se sentiram imbecis e idiotas, gastaram palavras à toa, sentiram elas
mesmas catando os respectivos coquinhos no asfalto. Tomaram nojo e asco de
minha cara, se me vêem numa calçada, atravessam a rua para não se ombrearem
comigo. Se o fizessem, a lembrança de estarem catando coquinhos no asfalto logo
se a-nunciaria, os sentimentos de ridículo e falta de senso entrariam em cena.
Há outro mandamento que as pessoas usam com toda a propriedade. O ódio,
a raiva são bem mais contundentes que os outros mandamentos, “vá para o
inferno”, “vá catar coquinhos no asfalto”, demonstram mesmo que o desejo é
esgoelar, esganar a pessoa. “Vá à merda”. Em todos os anos de minha vida jamais
encontrei alguém que não se sentira emputecido, o sangue não lhe tenha subido à
cabeça. Não há quem aprecie ser mandado à merda. Já vi muitas pessoas levarem
murro nas fuças por ouvirem este mandamento com todas as letras em riste. Já me
contaram que por causa deste mandamento houve alguns que seguiram direto para o
inferno real, levaram um tiro no meio da testa ou direto no coração. E por quê,
hein? O que tem este mandamento de tão ultrajante, de tão humilhante,
constituir uma ofensa daquelas, sem precedentes em toda a história dos
mandamentos do digníssimo e esplendoroso verbo “ir”, mais especificamente o seu
imperativo? Quero crer, não o posso afirmar radicalmente, que seja devido à
catinga, ao odor fétido da merda. Ir à merda, estabelecer residência nela, é
estar condenado a estar sentindo aquele odor fétido mais que insuportável,
quanto mais se quem a fizera era daqueles chegados, mais que chegados a comer
cebola e outras cositas mais que incrementam a merda de odor mais fétido ainda.
Isto é, quem vai à merda é quem em todos os níveis e dimensões de seu caráter e
personalidade é igualzinho à merda, fede tanto quanto ela. Pode-se ser tudo na
língua alheia, pode-se ser motivo e razão dos maiores insultos, pode-se ser
objeto de todas as censuras, discriminações, preconceitos, pode-se ser objeto
de todas as fofocas, mas nunca se pode ser merda na língua afiada das pessoas.
Ser merda é mesmo bem ultrajante, de ser humano à merda a degradação e
decomposição do caráter e da personalidade é sim algo bem deprimente. Seria que
se a merda não tivesse o seu odor tão fétido alguém iria se importar de se
mandado à merda? Não sei responder. Ser merda já está em sua natureza ser
fedorenta. Não havendo fedor, não há merda.
Não posso dizer que haja alguém que tenha respondido a este insulto.
Talvez não tenha encontrado algo que calasse a pessoa que a mandou à merda. A
primeira vez que me mandaram à merda, espontaneamente a resposta surgiu-me na
ponta da língua em riste, até fiquei bem assustado, surpreso, com o poder de
minha criatividade. Dissera à pessoa: “Seria que estivesse me mandando à vida,
meu amigo? Não sei se você já pensou que a verdadeira merda é a vida, pense em
tudo que vive, experiencia, vivencia em sua vida, nos barcos furados que já
entrou. Então, eu não preciso ir à merda, já estou nela até aos cabelos, por
algum tempo, se curto ou longo, isso não saberia dizer, mas com certeza irá
acabar isso, como tudo neste mundo acaba”. A pessoa saiu pisando duro, puta da
vida seria pouco, muito pouco para dizer de seu estado emocional e psíquico,
seria uma metonímia. Jamais pensara que receberia na cara uma resposta tão bem
dada. Já dissera antes que no meu regaço não há lugar para isto de levar
desaforo para casa, não dar o troco dos vinte mil réis. Não posso dizer se esta
pessoa outra vez tenha mandado alguém ir à merda, antes de fazê-lo pensou na
sua própria vida, em todas as suas situações e circunstâncias, em suas atitudes
e ações, ela já estava na merda e não sabia ainda. Posso afiançar que algumas
pessoas que me mandaram à merda tempos depois me confessaram de modo e estilo
bem sincero, numa linguagem bem séria, que não mais tiveram coragem de mandar
alguém à merda, todas as vezes que o mandamento lhes surgiu na ponta da língua
pensaram em suas próprias vidas. Até me agradeceram a resposta, serviu-lhes de
reflexão e meditação sobre si mesmas.
Os mandamentos não param aqui. Há outros bem mais contundentes que esse.
O que me vem agora não tenho coragem de registrá-lo, isto porque não desejo
cair na baixaria total e absoluta. Este também é ultrajante. Ninguém gosta de
ouvi-lo porque imaginariamente sente a ardência, a dor mais que profunda.
Ninguém gosta de ouvi-lo porque isto dói e muito. Mas há quem não ligue a
mínima, aliás gostam mesmo, os prazeres são muitos, dizem até não haverem
outros prazeres tão deliciosos quanto este. Alguns homens e mulheres são
unânimes em dizer sobre as delícias deste mandamento. Quando são mandadas,
imaginariamente já sentem as alegrias, felicidades, contentamentos de todos os
prazeres que isto oferece, e vão mesmo procurar a coisa para usufruírem. Mas
dizem também que nas primeiras vezes a dor fora intensa, sofreram o pão que o
diabo amassou com o rabo, mas depois se acostumaram, houve flexibilidade das
pregas, conheceram os prazeres e felicidades da coisa, não mais foram capazes
de abster-se dela.
Mas para este mandamento para as pessoas que não o conhece, nunca
experimentaram, a honra e a dignidade são colocadas no naipe do desrespeito, da
falta de consideração, a resposta é na ponta da língua: “De quem é ele?”. Se a
pessoa não for perspicaz, esperta, maldosa, dá a resposta nua e crua: “É
seu...”. Pronto, acabou. Como sair dessa, dar a contra-resposta? Não há como.
Está para sempre comprometida. E logo vem o tiro de misericórdia, pior ainda:
“Se é meu, então posso fazer o que quiser com ele”. Mas ainda há a resposta
para aqueles que experimentaram, sentiram o prazer absoluto e divino: “È meu,
faço dele o que quiser”.
Felizmente, nunca ninguém me jogou este mandamento na cara. Dar estas
respostas que são já mais que lugares-comuns não iriam afastar o meu
descontentamento, a minha vergonha, os meus sentimentos negativos. Não sei se
no momento não iria inventar alguma resposta que calasse e silenciasse a pessoa
vez por todas. Com efeito, a minha reação seria enfiar a cabeça de por baixo da
terra e jamais retirá-la de lá, não apenas por me sentir envergonhado,
ultrajado em meus princípios morais, mas para não imaginar como seria a dor e a
ardência da coisa.
Há ainda outros mandamentos do verbo “ir”, do seu imperativo de segunda
pessoa do singular: “vá”: “Vá catar favas” ou “vá as favas”. Bem, eu não
conheço pé de fava, não sei se as favas caem do pé, ficam espalhadas no chão,
que possam ser catadas pelas pessoas. Não sei se a fava é colhida no pé. Se for
colhida no pé, catá-la não tem o menor sentido, nem imaginariamente. Talvez as
pessoas não gostem de ser mandadas catar favas porque elas não são catadas, são
apanhadas no pé, e catá-las seria objeto de mofas, de escárnios e
escarnecimentos os mais di-versos, próprio de um imbecil, tolo, idiota, bobo.
Só mesmo sendo pessoas que trazem no regaço de si mesmas estas caterísticas
iriam catar favas. Mas e ir às favas? Qual seria a negligência em ser fava?
Qual seria o ultraje em sê-lo? Por que o sentimento de humilhação em sê-lo? Se
a fava ficar dependurada no pé, até seria compreensível o estado de insatisfação
diante deste mandamento. Nada mais desagradável que estar condenado a ficar
dependurado no pé, de pés para cima, preso pela cabeça, de cabeça para baixo,
preso pelos pés, até que haja alguém que colha e satisfaça os seus gostos
finos? Só mesmo quando eu conhecer tudo sobre as favas é que serei capaz de
entender a contundência desse mandamento. Até então só posso “ulucubrar”, como
diz um amigo de minhas relações pessoais e íntimas. Mas ninguém aceita ser
mandado catar favas ou ir às favas. Vem-me à mente agora que talvez “fava”
neste mandamento esteja no lugar da merda, uma metonímia. Penso que é
extrapolar muito a questão, mesmo que eu não conheça a fava, jamais ouvi dizer
que a fava tenha um odor fétido dos mais insuportáveis e indesejáveis.
Ninguém jamais me mandou às favas nem catar favas. Talvez por saberem
que não conheço as favas, isto não teria o menor sentido, não me sentiria
ultrajado, menosprezado, considerado abaixo dos vira-latas que andam pelas ruas
e avenidas da cidade. Seriam elas a se sentirem idiotas por me jogarem na cara
este mandamento. E se me mandassem, a minha única reação seria pedir os devidos
esclarecimentos sobre a fava, me dissessem com todas as letras o que isto de
“ir às favas” ou “catar favas” tem a dizer. Óbvio, esta espécie de reação minha
iria mexer-lhes em todos os brios, iria fazê-las sentir-se imbecis de diploma
superior, estariam dando pérola a um porco. Sentir-se-iam elas ultrajadas,
envergonhadas, humilhadas, negligenciadas, ofendidas, menosprezadas, e haja outros
sentimentos dentro de si mesmas que possam mostrar e demonstrar todas as
insatisfações e ressentimentos, raivas e ódios.
Há outro que também não vou registrar abertamente, como já disse, não
tenho intenções e desejos de cair na baixaria, de cair no ridículo, mas a
insinuação vai existir naturalmente. Pelo que me consta, desde que me entendo
por gente, as meretrizes são seres humanos, têm sentimentos e emoções, sofrem,
sentem dores, as suas condutas e posturas é que são discriminadas pelos
moralistas, pela sociedade de bons e dignos princípios, pela burguesia. Sendo
seres humanos, elas não parem, dão a luz. O que pare são os animais. Óbvio que
este mandamento na sua pujança diz respeito à mãe. A mãe seria meretriz, o
filho não foi nascido, a mãe não lhe preparara durante nove meses para ser dado
à luz, ele foi parido. Ninguém gosta de ouvir este mandamento. É a sua mãe que
está em jogo. Ir à mãe que o pariu é um insulto daqueles. É chamar a mãe de
meretriz, de vadia. Mas não seria que ir à mãe não tenha este sentido tão
ultrajante, está-se dizendo para a pessoa ir deitar-se no seu colo,
refestelar-se, sentir-se querido e amado, usufruir os prazeres de um delicioso
cafunezinho? Ir à mãe não é um insulto, não é um ultraje de forma alguma. Mesmo
sendo ela meretriz, mesmo que não tenha dado a luz, tenha parido. Ao contrário,
é desejar à pessoa o que há de bom e melhor ainda. A questão mesma é chamar a
mãe de meretriz, e para a pessoa que ouve é o mesmo que estar dizendo que ela
não foi nascida, foi parida, as meretrizes não dão a luz, parem. O que são o
preconceito e a discriminação, meu Deus!
Apesar de ninguém gostar de ouvir este mandamento, há muitos que já não
dão a mínima para ele. Aprenderam com a vida, situações e circunstâncias que
têm três mães, uma no céu, uma na terra,uma na boca dos canalhas e caguinchos.
A que está na boca deles não lhes dizem nenhum respeito.
Também há uma resposta que as pessoas que se insatisfazem com este
mandamento costumam responder com todo o sangue na cabeça, o coração batendo
aceleradamente: “A minha mãe é meretriz de meu pai. Aliás, nossas mães são
meretrizes de nossos pais”.
Muitas vezes jogaram-me este mandamento na cara. Não tiveram qualquer
reação minha, pois desde criança, que é costume as crianças brigarem na porta
da escola por causa dele, eu aprendi que tinha três mães, as que realmente
considerava eram a que está no céu, a que está na terra, a outra não é capaz de
tocar-me profundo. Sendo sincero, o mais sincero que posso sê-lo, não apenas
para identificar a minha índole e estirpe, não preciso desta demonstração,
tenho-a comigo e não abro mão delas, mas respondi como o senso comum responde
todas as vezes que ouve isto com toda a língua em riste e as palavras em sua
ponta: “Minha mãe é meretriz de meu pai”. Nada tiveram em mente para me
responderam, calaram-se, silenciaram-se.
Bem, neste momento em que estou em minha alcova, desfrutando as cobertas
e cobertores, está bem friozinho esta manhã, consegui elencar estes cinco
mandamentos do imperativo do “verbo ir”, “vá”. Não conheço outros que causem
tantas insatisfações, tantas raivas e ódios, outros que mexam e remexam nos
brios e brilhos dos homens, que sejam motivos dos sentimentos mais pujantes
perpassando-lhes o ser. Se houverem outros, fique a critério das pessoas pensar
e imaginar, refletir sobre eles. Por mim, não dou a mínima atenção, o que me
admira neles é a criatividade das pessoas para estabelecerem tantos mandamentos
para defenderem seus brios, para resguardarem com esmero e acuidade os seus
valores morais, para serem reconhecidos e considerados em suas virtudes e
princípios, para não guardarem sentimentos de humilhação, ultraje e ofensa
dentro de si mesmas, poderem sentir bem fundo as alegrias e felicidades da
vida. Isto me enternece bastante. O que mesmo gostaria de saber se foram
criados e estabelecidos pela inteligência e sensibilidade ou se foram pelos
instintos mais que à flor da carne e dos pelos. Não tenho palavras para definir
este enternecimento!
Manoel Ferreira Neto.
(28 de janeiro de 2016)
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