POETISA, ARTISTA-PLÁSTICA(PINTORA), GRAÇA FONTIS, INTERPRETA O TEXTO /**GOZOS PO-EMATIZADOS DA METAFÍSICA DO IR ALÉM**/
De
forma imperceptível para alguns, o autor vem na sua eterna procura de inovações
nos presentear com um banquete de luzes no espaço sideral fictício onde o
simbolismo fervoroso, gradativo num momento lúdico, matizado e somatizando na
sublimidade mística seu devaneio dentre gramática e verbos, eis o
Poema!...transcende assim num átimo confins inimagináveis sem antes navegar em
sonhos sobre Minas, São Paulo e Rio de Janeiro já imbuído no mais elevado grau
da sensibilidade Plena.Prbns.sempre Poeta.
Graça
Fontis
*GOZOS
PO-EMATIZADOS DA METAFÍSICA DO IR ALÉM*
Na
manhã de luzes e pré-núncios, a-núncios em imagens brancas de nuvens azuis, em
perspectivas espelhadas de cintilâncias das estrelas, à luz dos raios de sol,
desenhando miríades emolduradas de sonhos e quimeras lúdicas, trans-cendentes
de lirismos, átimos do tempo insinuados na tela de esperanças e sorrelfas
lúcidas, con-ting-"entes" de romantismo, saudar o místico momento da
fresta, no horizonte imortal e divino da lua na noite calada, vagalumes e pirilampos,
conúbio da lua e estrelas, banquete de brilhos no espaço sideral.
Saudar
o místico momento da fresta
Horizonte
imortal e divino, a lua na noite calada
In-finitos
confins e arribas, as estrelas velando as ondas do mar
Conúbio
da lua e estrelas,
Banquete
de brilhos
Miríades
emolduradas de sonhos e quimeras lúdicas
Na
tela de esperanças e sorrelfas lúcidas
Átimos
do tempo à luz dos raios de sol
Saudar
o mítico instante da frincha
Uni-verso
longínquo e perpétuo, manhã nublada,
Cheiro
de maresia no ar
Eternos
aquis-e-agoras, pre-núncio de chuva fina,
Quase
garoa
Teatro
de melancolias comedidas, utopias da compaixão, liberdade.
Infinito
do uni-verso numinado de “harmonia de cores”, arco-íris re-presentado e
efêmeros eternos que se entrelaçam no ser do há-de, sin-cronia de traços a
pincelarem imagens germinadas, gen-itivos do pretérito crepuscular cujo eidos
está pro-jectado aos confins, além de todas as trans-cendências, linguística
dos in-visíveis visíveis à luz da alma que, neste alvorecer, re-veste-se de
inspirações de águas vivas da verb-itude dos laços uni-versais, sin-fonia de
pers-pectivas a resplandecerem de beleza as sendas perdidas, experiência do
fundo do vale, da própria impotência e incapacidade, que passa a ser o salto
para a interiorização do divino humano, signos de esplendor e eterno nos liames
do espírito,
Desde
o sentir do sono, do êxtase desde o sonho ao sono, desde a abertura do
inconsciente a-nunciando, pro-jectando símbolos, signos, metáforas do outro
atrás do "eu" da vigília, instante de sedução, brilho das estrelas e
da lua, “pedras sagradas”, cristais, diamantes e ouro que rimam palavras sutis
com o éden de luzes e lilases, que musicalizam linguagem e estilo, semântica do
que não tem explicação, entrega que não tem fin-itude, inspiradas na rede que
balança nas gerais “utopias cristãs”, paulicéias de matragas anti-cristãs.
carioquecéias de matragas satíricas, hilárias.
“A
sina de ser”, o destino de cont-ingenciar o quotidiano, o elo de todas as
coisas, flores são espetáculos da natureza, despetalando os dons do Espírito,
da graça, da beleza, da simplicidade de um ser que tem na sua certeza que viver
é verbo de encanto e desencanto da metafísica do ir além do tempo, liberdades
são cenas eivadas de ternura e carinho, “instante de sedução”, efêmeros gozos
de eterno po-ematizados, querer brincar com estrelas, correr campos, velejar,
jornadear abismos, mergulhar profundezas marítimas, cavernas, beber a sede das
ruas, queimar a luz do luar, lavrar o corpo no grito.
Signo
de metáforas nascidas de vigília e palavras a pincelarem imagens do imortal e
divino a preencherem os vazios da falta de ser, “manque-d´être”, da ausência de
alegria e prazeres, pedras sagradas, diamantes profanos, cristais heréticos que
rimam palavras sutis, que ritmam dores são sentimentos de luz inspirados no
brilho das paulicéias estrelas e da lua mineiras, praias cariocas.
Manoel
Ferreira Neto
(10
de agosto de 2016)
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