**DÊEM LIBERDADE AO AMOR DOS ARTISTAS** - Manoel Ferreira

No início do reconhecimento, renome da vida de escritores e intelectuais de Sartre e Simone de Beauvoir, a crítica e as pessoas diziam que Simone se aproveitava de Sartre para se projetar, seguia ipsis litteris as idéias e os pensamentos dele. Simone de Beauvoir levou tempo para se ver livre destes comentários, consolidar seu nome como grande e inestimável escritora.

Outro exemplo disso foi a relação de John Lennon e Yoko Lennon, o mundo inteiro criticou Yoko, condenou John Lennon pelo amor dos dois, e em The Ballad of John and Yoko, John Lennon escreve em versos: "The way things are going/They´re going to crucify me" - "Do modo como as coisas andam/Vão acabar me crucificando". Viveram o grande amor deles, diante de muitos problemas, conflitos, mas eternizaram o Amor.

Engraçado isto, muito engraçado mesmo: o renome, o reconhecimento são alicerces para o incômodo das pessoas. Afigura-se que os artistas tem de dar satisfações aos homens, à humanidade de suas atitudes, ações, não se pertencem mais, são simplesmente objetos nas mãos de todos. Então, quando os artistas se apaixonam, sentem amor por alguém, relacionam-se, vivem o amor, as críticas se intensificam, dizem não ser verdade, ou se venderam às circunstâncias da vida ou estão fugindo de alguma realidade deles. Não acreditam neste amor, riem a bandeiras soltas desse amor.

Por que os artistas não podem amar? Por que os artistas não podem viver um grande amor? São perguntas que não se calam na vida deles?

Aceitem ou não, a verdade é que o amor existe, é verdadeiro. Digam o que disserem. Aos que acreditam, sabem da verdade do amor, ficam o agradecimentos, ficam os incentivos para se amar mais e mais. Aos que não acreditam neste amor, os acenos.

O renome, o reconhecimento, o sucesso, a fama tem os seus percalços desagradáveis, muito desagradáveis, mas a certeza da vida vivida sincera e honestamente é a solução para estas coisas.

Dêem liberdade ao Amor dos artistas!!!

Manoel Ferreira Neto.

(24 de agosto de 2016)