**LUZ PARÁCLITA DE NONADAS** - Manoel Ferreira
Vernáculos de expressão eruditos
Do in-audito silêncio do íntimo,
Da íntima mudez nos recônditos da alma,
Ininteligível solidão do não-ser,
Semântica de sentimentos ganacheados de conúbios que pers-elevam desejos
aos auspícios genitivos do há-de verb-estesiar os sonhos latentes, volos
calientes, verb-ex-tasear as querências numinosas, desejâncias radiantes, tempo
de orientais querências do sublime que trans-cendem as con-tingências
ocidentais do efêmero-terno, tempo de ocidentais utopias da cristalina pureza
da alma que pro-jeta suas náuseas e ausências da verdade no espelho re-côncavo
do in-finito, iluminando as pers-pectivas con-vexas da imagem genitiva do
uni-verso seivando-se de esperança do que trans-cende o espírito do divino,
quiça o além concebido nas fin-itudes lácias do eterno sem as linguísticas do
passo a passo nas abissais sendas partidas de significantes, o além da
ec-sistência, pre-figurado e re-presentado de carências e solidões, a-nunciado
e a-pres-"ent"-ado de silêncios e inauditos,
preteriza sombras e crepúsculos,
gerundia brumas e alvoreceres,
participia mistérios ritualísticos, místicos,
in-fin-itiv-inicializa inspirações e percepções
do que des-cende o divino e o ab-surdo,
e na consumação da carne que tematiza o verbo das utopias jacentes-ad à
hortênsia última do canteiro do éden no "re-cântico" in-consciente do
paraíso dantiano, e Sócrates passeia tranquilo e sereno nas alamedas da Grécia,
Platão re-flete sorumbático as idéias na caverna, o vernáculo da prosa verseja
a estesia da eternidade o erudito da poesia, vers-ifica o efêmero do nada, o
eterno das travessias às voltas com os abismos à busca da esfinge dos enigmas da
continuidade da vida no percurso das vivências, des-velar enigmas é verbo de
lançar esperanças que sobrevoam o longínquo do ser, des-nudar mitos é
con-templar na apres-"ent"-ação da luz paráclita de nonadas as
miríades do sublime-eterno, in-visível do visível re-velando raios luminíveis
da linguística semântica do não-ser versátil re-verso e in-verso ao lúdico
sensível dos gerúndios subjetivos. A alma percorre do cristalino das águas a
profundidade do rio no pers-curso de pectivas das margens sem a extensão do
espaço.
Corujas do in-finito.
Corujas do verbo-para o ser
Que temporaliza sem bordas,
Fronteiras, os interstícios do efêmero
Em pleno conúbio com os recônditos do eterno,
O "eu" deambula, perambula à soleira da liberdade
Entre os liames cosméticos e gnósticos das ipseidades
E deidades do perpétuo.
Jogos da mente.
Pôquer da razão.
Xadrez do intelecto.
Vernáculo de erudições em ad-versa linguagem de estilos utópicos das
chamas de lareira que provocam arrepios no verbo da carne, calafrios nos ócios
dos ossos que serão cinzas na consumação dos pretéritos-presentes do não-ser à
luz do ser-tao das utopias, anti-cristãs na imagem refletida no espelho das
pectivas-pers da verdade... o absoluto dorme no leito de flores que regaça a
alma.
Manoel Ferreira Neto
(Rio de Janeiro, 11 de agosto de 2016)
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