**SUBLIME SENSIBILIDADE DA INSPIRAÇÃO DO SER** - Manoel Ferreira
À minha doce-esposa-e-companheira Graça Fontis com todo o meu amor e
carinho.
Ouço uma música
Serena, suave
Quem será esse músico
Que toca tão magistralmente
No alvorecer de uma nova manhã?
Quiçá, neste acorde tão vibrante,
Esteja executando-a no piano?
É uma música dentro do espírito
Da natureza numa fria e nublada manhã
À beira-mar, ondas se espalhando na areia,
Gaivotas ciscando, pássaros sobrevoando as águas.
Música do coração que sente os seus recônditos sensíveis, sentimento de
liberdade que aflora e flui ideais e utopias da felicidade inominável, da
alegria indescritível, do amor no in-fin-itivo verbo in-fin-ito; sentimento de
espiritualidade que des-vela e re-vela místicos rituais da plen-itude,
re-colhendo e a-colhendo as dimensões eternas do sublime que serão sêmens da
beleza do belo, que serão sementes das sin-estesias da verdade, que serão húmus
da uni-versal-idade do ser na continuidade dos sonhos e esperanças, no tempo
in-finito dos desejos e vontades; sentimento de entrega e doação aos sinistros
segredos da alma, sabendo e conhecendo com perfeição e maestria habitar, ser
parte constituinte deles, inerente a eles, o gênesis do silêncio que concebe e
gera a poesia, eivada de versos e estrofes da palavra no lácio simbólico da
poiésis, da sublime sensibilidade da inspiração do Ser comungada à divina
subjetividade das iríasis das ilusões e fantasias que voam livres no além à
busca das etern-itudes da divina verdade.
Misteriosa música dentro do espírito
Da natureza nu´a fria e nublada manhã
Música da alma que nasce livre
Música da inconsciência que se liberta
De seus enigmas e in-auditos
O músico a executa com o talento da inspiração
São notas,
São ritmos,
São melodias suaves, serenas
Que se esplendem na leveza do ser...
Manoel Ferreira Neto
(Rio de Janeiro, 16 de agosto de 2016)
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