COMENTÁRIO DA AMIGA MARIA FERNANDES AO TEXTO //**GOZOS PO-EMATIZADOS DA METAFÍSICA DO IR ALÉM**//
Como explicar toda a beleza da natureza que nos cerca: flores, estrelas,
lua, pirilampos sem interiorizarmos algo divino, ponto de partida e chegada
para o ser terreste. O Homem em vez de gozar todo este encanto, sem se
preocupar com o futuro de si próprio, começa a idealizar a vida além morte.
Assim nascem as religiões que, cada uma, segundo o seu ponto de vista, defende
a vida, além vida. Texto brilhante e que adorei ler. Um abraço, amigo Manoel
Ferreira Neto.
Maria Fernandes.
*GOZOS PO-EMATIZADOS DA METAFÍSICA DO IR ALÉM*
Na manhã de luzes e pré-núncios, a-núncios em imagens brancas de nuvens
azuis, em perspectivas espelhadas de cintilâncias das estrelas, à luz dos raios
de sol, desenhando miríades emolduradas de sonhos e quimeras lúdicas, trans-cendentes
de lirismos, átimos do tempo insinuados na tela de esperanças e sorrelfas
lúcidas, con-ting-"entes" de romantismo, saudar o místico momento da
fresta, no horizonte imortal e divino da lua na noite calada, vagalumes e
pirilampos, conúbio da lua e estrelas, banquete de brilhos no espaço sideral.
Saudar o místico momento da fresta
Horizonte imortal e divino, a lua na noite calada
In-finitos confins e arribas, as estrelas velando as ondas do mar
Conúbio da lua e estrelas,
Banquete de brilhos
Miríades emolduradas de sonhos e quimeras lúdicas
Na tela de esperanças e sorrelfas lúcidas
Átimos do tempo à luz dos raios de sol
Saudar o mítico instante da frincha
Uni-verso longínquo e perpétuo, manhã nublada,
Cheiro de maresia no ar
Eternos aquis-e-agoras, pre-núncio de chuva fina,
Quase garoa
Teatro de melancolias comedidas, utopias da compaixão, liberdade.
Infinito do uni-verso numinado de “harmonia de cores”, arco-íris
re-presentado e efêmeros eternos que se entrelaçam no ser do há-de, sin-cronia
de traços a pincelarem imagens germinadas, gen-itivos do pretérito crepuscular
cujo eidos está pro-jectado aos confins, além de todas as trans-cendências,
linguística dos in-visíveis visíveis à luz da alma que, neste alvorecer,
re-veste-se de inspirações de águas vivas da verb-itude dos laços uni-versais,
sin-fonia de pers-pectivas a resplandecerem de beleza as sendas perdidas,
experiência do fundo do vale, da própria impotência e incapacidade, que passa a
ser o salto para a interiorização do divino humano, signos de esplendor e
eterno nos liames do espírito,
Desde o sentir do sono, do êxtase desde o sonho ao sono, desde a
abertura do inconsciente a-nunciando, pro-jectando símbolos, signos, metáforas
do outro atrás do "eu" da vigília, instante de sedução, brilho das
estrelas e da lua, “pedras sagradas”, cristais, diamantes e ouro que rimam
palavras sutis com o éden de luzes e lilases, que musicalizam linguagem e
estilo, semântica do que não tem explicação, entrega que não tem fin-itude,
inspiradas na rede que balança nas gerais “utopias cristãs”, paulicéias de
matragas anti-cristãs. carioquecéias de matragas satíricas, hilárias.
“A sina de ser”, o destino de cont-ingenciar o quotidiano, o elo de
todas as coisas, flores são espetáculos da natureza, despetalando os dons do
Espírito, da graça, da beleza, da simplicidade de um ser que tem na sua certeza
que viver é verbo de encanto e desencanto da metafísica do ir além do tempo,
liberdades são cenas eivadas de ternura e carinho, “instante de sedução”,
efêmeros gozos de eterno po-ematizados, querer brincar com estrelas, correr
campos, velejar, jornadear abismos, mergulhar profundezas marítimas, cavernas,
beber a sede das ruas, queimar a luz do luar, lavrar o corpo no grito.
Signo de metáforas nascidas de vigília e palavras a pincelarem imagens
do imortal e divino a preencherem os vazios da falta de ser, “manque-d´être”,
da ausência de alegria e prazeres, pedras sagradas, diamantes profanos,
cristais heréticos que rimam palavras sutis, que ritmam dores são sentimentos
de luz inspirados no brilho das paulicéias estrelas e da lua mineiras, praias
cariocas.
Manoel Ferreira Neto
(10 de agosto de 2016)
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