**DE PRETÉRITOS AD-JACENTES**
Caos na metafísica do inferno. Inferno na metafísica do caos. Metafísica
no inferno do caos. Só, solidão, sozinho andando por entre os homens. Por um
lado, isto é o que é, por outro é a terra. Terra de vazios, terra de nadas,
terra de cinzas.Inverno, templo nublado, frio à luz do espírito, o além
re-vestido de sonhos, utopias do trans-cendente pre-figurando os lírios do
campo, re-presentando o éden de sorrelfas - inspiração, sensibilidade, verbo da
plen-ítude compondo desejos do ad-vir - na alma perpassam angústias, tristezas,
desconsolo, desolação.
Inter-ditos da morte
E o des-conhecido de morrer
Náuseas da verdade absoluta
Perspectiva que é continuidade no tempo
Verbo da plen-itude, compndo desejos do ad-vir.
Amanhã será o ontem de hoje, ontem será o hoje de amanhã, hoje será o
ontem de amanhã? Nada. Nonada, Instante-limite. Travessia. A revelação do
porvir é impossível porque a alma vagueia na lua cheia, pervaga nas trevas,
quiçá medievais, de pretéritos ad-jacentes, ad-stringentes às contingências, náuseas
da verdade absoluta. Quem fui ontem o presente diz haver sido único e apenas o
olhar as perspectivas da vida que é continuidade no tempo, o verbo do ser se
compõe na esperança do eterno e o eterno se compõe na esperança do verbo.
A alma vagueia na lua cheia
O eterno se compõe
Trans-cendentes pre-figurando os lírios do campo
Além re-vestido de sonhos, utopias.
Idílios sorrelfam as magn-itudes do uni-verso
Gerundiando os partícipios de trevas e cosmos
Metafísica da des-plen-itude, poeira de ads-emeritudes.
Se é que se possa acreditar, inda que se entregando às fantasias do
limite, o eterno se compõe, quais versos, estrofes, ritmos, sinfonias, óperas,
serestas, serenatas, acordes e musicalidade, na esperança do verbo, tudo são
medos da vida que são infinitivos do tempo. E quem tem medo do sonho de amar o
verbo verbaliza o absurdo de viver unicamente os inter-ditos da morte e o
desconhecido de morrer, tudo são justificativas, explicações de um orgulho da
espécie e da raça, estirpe e laia.
Manoel Ferreira Neto.
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