**GENESIS DE POÉTICAS DO BELO** - Manoel Ferreira
Despedida... Lembranças... Recordações... Instantes de alegria,
felicidade, prazer, na memória luzes do há-de vir de outros momentos, no
presente, aqui e agora, sentimentos e emoções, iríadas dos sonhos perpassando o
tempo, éresis das esperanças do uno-verso, verbos do eterno entrelaçados de
gerúndios da felicidade. O que me foi - pretérito? Não pretérito, mas semente,
o vir-a-ser de novos horizontes, o ad-vir de outros infinitivos da ribalta a
luzirem de miríades dos desejos a plen-itude do sonho - verbo do amor, o porvir
do orvalho a tocar as folhas viçosas da primavera, as pétalas suaves das flores
a exalarem o perfume sublime, diário da sedução da carne e do espírito.
Despedida. Ladainha de sensações, volúpias, êxtases, os versos, estrofes
esperando as palavras tocarem o íntimo das saudades, vontades de outro
encontro, cântico do pleno, canção do ser que se torna verbo, do não-ser que se
torna travessia de nonadas para o além de contingências figuradas de buscas e
querências. Despedida. Início do genesis. Aceno de ilusões, fantasias. Genesis
do início. É devagar, devagarinho que na continuidade dos desejos, vontades,
sonhos, esperanças que se chega, que se realiza o reencontro, com outras
utopias do verso amar do verbo, idílios do amor-estrofe que se pro-jeta de
luzes no soneto do "é amor... é paixão, é você a essência da vida"
Ainda que soubesse as mineirices do amor nada seria sem as paulicéias do
espírito, sem as pauliríadas da alma. Início da genesis. Genesis do início.
Penumbras de genesis deslizam suaves, serenas nas bordas do infinito,
luzes distantes, longínquas cintilam nas nonadas do tempo início das genesis,
esplendendo no espaço de poéticas do belo e verdade o sonho do infinito
delineado de perspectivas numinosas do perene, tempo de graças no eidos do
espírito, tempo de júbilos nos interstícios da alma, tempo de glórias na poesia
do amor. Início das genesis, nos versos in-versos da plen-itude de sentimentos
e emoções pervagam símbolos, signos do ser à busca de iríadas do eterno que
preencham os vazios do nada, que solsticiem no crepúsculo do efêmero, começo do
eterno, o oriente verso-uno das estrelas a iluminarem as trevas que circundam
as bordas do silêncio, os ocasos que habitam o núcleo da solidão, e no início
do silêncio desértico o re-nascer das dimensões trans-cendentes, e no
entardecer da inspiração do soneto-verdade do espírito a concepção das
in-verdades da melancolia, nostalgia que, perpassadas de anunciações do
sublime, giravam o catavento nos auspícios da montanha solitária no vale das ilusões,
quimeras, fantasias, miríades do absoluto performando o baile das essências
notívagas, no corpo do mundo as contingências do nada.
Metafísicas dos vazios. Poesia das pontes partidas. Metáfora de nonadas.
Taos de veredas por onde as esperança trilham as veredas da vacuidade no desejo
do além prefigurado de sinestesias do aquém.
Clima ameno de inverno, suavemente as folhas das árvores balançam à
mercê do vento, raios de sol sereno nos solsticios do espírito numinam os hares
do krishna dos pensamentos que trans-versam de inícios o genesis do caos que se
tornou cosmos, a genesis do início que se tornou carne-verbo na sedução
trans-viada do tempo-ser, aquilo mesmo de "As folhas caem... o inverno já
chegou..." no ritmo e melodia da alma pulsando no peito as éresis do
soneto de amor, no sono as linguísticas da imagem anunciando as pers do sonho.
Manoel Ferreira Neto.
(06 de junho de 2016)
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