COMENTÁRIO POÉTICA DA ESCRITORA, POETISA E AMIGA MARIA FERNANDES AO
TEXTO /**SARAPALHAS CAIPIRAS DO ETERNO**/
SARAPALHAS CAIPIRAS DO ETERNO
Manoel Ferreira Neto
O simbolismo e a magia do número 7! O tempo passa em ciclos,: enigmas,
solidão e mistérios, tudo envolto nas contingências da Vida e do SER.
Excelente, poeta Manoel Ferreira Neto.
Maria Fernandes
O traçado do Amor
Sete traços tinha a traça
Sete cheios tinha a linha
Sete laçadas nos dedos
Na trama de amor em renda
Que me laçaste à tardinha.
Não me enleies meu amor
Com teus brancos e escuros
Quero ver traçado aberto
Conhecer o caminho certo
Que teu abraço adivinha.
Sete eram as encruzilhadas
Que encontraste no caminho
Venceste-as com tua boca
Em beijo que me sufoca
Desvendando traçado da linha.
MIFC
SARAPALHAS CAIPIRAS DO ETERNO
Epígrafé:
Tine rara kata tera. Rana pira sole tara
Pora dima yala pena
Mana dia kora grafe.
Abismos, montanhas, vales
Verdades, absolutos, sonhos
Utopias, desejos, esperanças,
Enigmas, mistérios, solidão
Sete abismos perpetuados por sibilos que trans-elevam sons aos auspícios
do infinito.
Sete montanhas cobertas de neblina, de neve, de orvalho, de
"securas" são objetos de con-templ-ação e reverência pela beleza que
representam,
Sete vales em cujas veredas pastores conduzem ovelhas, boiadeiros
conduzem o gado, simples, humildes, a vida é-lhes o verbo da sensibilidade.
Sete verdades professam e declamam em cânticos e versos a plen-itude do
in-fin-itivo.
Sete absolutos preenchem as vacuidades da alma que perscruta os idílios
e quimeras da morte, símbolo de felicidade perene, signo de alegria divina.
Se sonhos da beleza do belo, pura sin-cronia entre o onírico e a
vigília, entre os éritos inconscientes e iríasis da sensibilidade, evangelizam
forclusions, manque-d´êtres, mauvaises-foi, sacralizam solipsismos, vaidades,
orgulhos.
Sete utopias do bem e do mal, em cujas eidéticas do tempo e vento
habitam o venerar o verbo do ser, reverenciar o in-fin-itivo da etern-idade,
ascendem as chamas das achas de lenha aos confins do vir-a-ser, acendem as
velas dos volos da alma que aspira a trans-cendência do divino.
Desejos da humanidade do ser, sincronia do amor e do sonho intransitivo
do sentimento amar, sintonia da solidariedade e a cáritas da compaixão,
harmonia do efêmero e absoluto.
Sete esperanças sobreovam mares, florestas, re-colhendo e a-colhe do
tempo, em cujas eidéticas do ser habita a luz da imortalidade in-fin-itiva da
vida.
Enigmas
Mistérios
Solidão
Tudo passa, tudo passa, tudo passa.... Luz do uni-verso perpassando a
neblina do horizonte, cujas miríades do além estão re-fletidas no espelho das
esperâncas oníricas da verdade. Sons das contingências da não-correspondência
entre as dialéticas que giram no catavento solitário da serra e as contradições
do nada e vazio que rodavivam no dia a dia do quotidiano de dores e olhares
voltados ao longínquo e distante à espera de alguma a-nunciação da verdade linguística
e son-ética da poesia-vida da solidão.
Verbo-de ser
Ser-para o verbo
Tine rara kata tera. Rana pira sole tara
Pora dima yala pena
Mana dia kora grafe.
Manoel Ferreira Neto.
(25 de junho de 2016)
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