COMENTÁRIO DE GRAÇA FONTIS, ARTISTA-PLÁSTICA(PINTORA) E POETISA, AO TEXTO /**LIBERDADE, CONSCIÊNCIA**/
LIBERDADE, CONSCIÊNCIA
Manoel Ferreira Neto.
Quê bela descrição!..Expondo com coragem e sem rodeios de forma clara
suas expectativas do que há de vir frente às mudanças...dúvidas existem, mas
como saber se é o certo, sem o experimentar?...Estar em movimento realizando
sonhos e objetivos é essencial ao ser humano...Sem sonho...Não há
vida.Prbns.Poeta!bjssssss. ..
Graça Fontis
**LIBERDADE, CONSCIÊNCIA**
O que é isto - o novo? Seria que existe o novo em si mesmo ou é ilusão
da contingência sempre à espreita de outras realidade, horizontes e uni-versos
que lhe a-nuncie dimensões do ser, do verbo in-fin-itivo ao ser in-finito de
felicidade e compl-etude?
Em verdade, situações e circunstâncias da vida re-velam possibilidades,
probabilidades, chances de a vida ser diferente, de sonhos e esperanças serem
realizados, degustar outros sabores da maçã, desfrutar outros sentimentos de
buscas e desejos, outras emoções da alegria, mas depende da entrega absoluta ao
que se revela "tempo novo", com lutas, labutas, dificuldades,
facilidades, da consciência do que significou o passado dos volos e desejos
futurais.
O tempo é sábio e só revela oportunidades e possibilidades, se as
experiências e vivências do homem tornaram-lhe consciente da necessidade de a
vida ser, do verbo do ser dever ser construído com dignidade e honra, se está
mesmo decidido a ser outro. Caso contrário, nada a-nuncia, nada manifesta, o
mesmo existencial será eterno e absoluto. Outra oportunidade não haverá, se o
homem se não entregar ao que será o "novo", a vida.
O verbo da vida, realizá-lo, não é somente construir a obra que será
fruto para os descendentes, valores éticos e morais, para outras gerações,
valores eternos e imortais, bens materiais; o verbo da vida é a sabedoria de o
ser ser a pedra angular da vida, só podendo ser desfrutado com a liberdade,
esperança e fé. Sem o verbo da vida, o homem apenas residiu na terra,
arrastou-se no solo, acabou cinzas no sepulcro coberto de terra. Não frequentou
o mundo. Nada obtuso.
Às vezes, a grande oportunidade de o verbo da vida ser instituído surge
quando o homem já está maduro, e se olha, mesmo que de soslaio, esguelha, para
o futuro sente que não lhe resta muito tempo para o verbo da vida, para a
sabedoria, nada sim pode ser simples aventura, aquilo de "se não for
agora, será noutro tempo", a entrega deve ser total, plena, sem dúvidas,
incertezas, óbvio com questionamentos inda mais profundos e abismáticos, o ser
é sempre a continuidade do desejo de ser, é sempre o silêncio à busca da voz da
verdade.
Se, neste instante em que sinto o tempo se me a-nuncia a possibilidade
real e verdadeira de o verbo da vida ser concretizado, tornar-me homem, ser o
outro de mim, realizar a vida, cuidar dos prazeres e alegrias, amar amando o
amor, amar conciliando e comungando o "eu" e o "tu"
sin-crônica e harmoniosamente, penso e sinto, vice-versa, a vida é-me solidária
e compassiva, está-me colocando em mãos feitas esperança a derradeira
oportunidade de conjugar os tempos do verbo ser, não se trata mais de resta
esta oportunidade com espírito de um caminhar na estra, sujeito a curvas,
aclives e declives, mas a jornada nas sendas e veredas do campo, campo porque
sou cônscio das poeiras e pós das estradas em que trilhei.
Novo tempo. Tempo de verbalizar o ser. Dizem que a Verdade, a Vida
pertencem a Deus, Ele revela os caminhos. Não. A verdade, a vida pertencem ao
homem nas suas caminhadas nas estradas de pós, poerias e metafísicas, nas suas
andanças nos caminhos do campo. Só o homem sabe de suas contingências, só o
homem sente a sua esperança do eterno.
Manoel Ferreira Neto.
(20 de junho de 2016)
Comentários
Postar um comentário