Sonia Gonçalves ESCRITORA E POETISA COMENTA O AFORISMO @DISCURSO À LUZ DAS RIBALTAS@
Nossa... que texto mais lindo, Manoel Ferreira
Neto!, as ausências, as querências não resolvidas, as partidas, os longos
silêncios sempre nos revelam algo, e até mais, pois nossa mente criativa nunca
pára de "imaginar". Muito nostálgico seu texto, aliás tenho sentido
você assim meio nostálgico, levemente meio triste...o que será que preocupa o
poeta Manu? Novo ano chegando Manu, precisa se animar meu querido.Sua escrita
sempre sublime: esteja você como estiver, poeta é sempre poeta e tira de todas
as situações, inclusive da tristeza, das ausências e de seu porto solitário,
sempre notas musicais ou palavras lindas demais como as que aqui
escreves...Obrigada meu lindo...Bjos pra ti e pra Graça...Linda semana <3
Sonia Gonçalves
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DISCURSO À LUZ DAS RIBALTAS#
GRAÇA FONTIS: PINTURA
Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
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Verb-itudes...
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Yalas de sacros evangelhos no templo, configurando
numinosos raios que incidem nos inter-ditos tabernáculos, perpétuas nos
castiçais de vidro, de lado e outro, ornamentando o cofre do altar, onde o
Espírito Santo refestela-se.
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Além-infinito na moldura trans-parente do horizonte
à luz da neblina do alvorecer, do orvalho da madrugada, trans-lúcido de
introspecções e per-quirições, pers-crutações. Yalas res-plandecentes vistas
além da neve num baile de performances estéticas, minúsculas imagens
con-templadas pelos linces dos olhos, luzes piscam aqui e acolá desenhando
perspectivas, visível do invisível.
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Semânticas de sentimentos em síntese, linguística
de emoções comungadas, ex-tases de desejos, vontades, sonhos de sin-estesias,
esperanças de sin-tonias, sin-cronias, no in-finitivo do tempo, alhures,
longínquo, distante, as in-fin-itudes compondo de silêncios as bordas do
uni-verso, sin-fonia de ritmos e melodias do eterno soprando o ab-soluto,
re-colhendo e a-colhendo de antemão às revezes as iríases do pleno
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plen-ificado de futurais ex-tases da verdade,
do que trans-cende o vir-a-ser de perspectivas do
além
ver-sificado de genesis,
compl-etude de verbos re-versos
in-versos aos gerúndios e particípios metaforizando
a espiritualidade,
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sin-estesiando o ser, o há-de ser de divino, o
vir-a-ser das pétalas vivenciais e vivenciárias de todas as utopias e sonhos,
pétalas florando no des-abrochar de outros horizontes do tempo, a-temporal,
in-temporal, o tempo que se exime na travessia do verbo ao ser, quando o
In-finito se estende a toda a extensão do uni-verso, outras a-nunciações,
outras re-velações de verdades in-estimáveis, verdades que se abrem para o
re-colhimento e a-colhimento de silêncios atrás de outros silêncios, convite à
pro-jeção ao inaudito de mistérios e enigmas que velam a lareira de lenhas do
que há de configurar o ser das lev-itudes, de infra-silêncios atrás de outros
infra-silêncios, semânticas e linguísticas, linguagens e discursos à luz das
ribaltas, ribaltas de esperanças, ribaltas de sorrelfas e quimeras, ribaltas de
fantasias e idílios, ribaltas de sendo-em-sendo o per-curso, de-curso, in-curso
da composição clássica e erudita da música de lírica inspirada e iluminada no
soneto de versos e estrofes da verdade que, na continuidade das travessias do
tempo, con-templa as a-nunciações e re-velações dos ipsis para a perpetuidade,
peren-itude, o eterno era apenas um érito no in-consciente coletivo e divino,
uma er-itude das con-ting-ências de dores e sofrimentos, completude e ausência,
um estilo de katharsis, sublimação para a vida seguir nas margens da dialética
do nada e efêmero, contradição da verdade e in-verdade, e que as cinzas
justifiquem os ossos das querências e desejâncias do verbo impuro do ser, do
in-fin-itivo maculado do verbo, e a morte é o eidos da vida, o fenecimento, a
eidética dos desejos que não são para real-izar.
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Verb-itudes.
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Nos interstícios dos inter-ditos e in-auditos dos
silêncios e infra-silêncios, o Espírito da Vida, vice-versa, pre-figurando as
essências metafísicas da Arte e do Ser, as eidéticas ontológicas do
Ser-Verbo-da Arte, aquando o efêmero se re-veste do nada, desemboca nele,
quando o nada se pers-veste do efêmero no simbolismo do subjetivo da metafísica
ou na metafísica do subjetivo sim-bólico, e o In-finito neste ensaio de imagens
e iríasis do tempo pro-a-nuncia as semânticas da linguagem do nada-nonada,
a-nuncia o efêmero-nada , trans-elevados ao eidos da obra, pre-anuncia as
linguísticas do dis-curso do infin-ito verbo de ser para a verdade in-finita do
Ser-Verbo do Tudo.
#riodejaneiro#, 13 de novembro de 2019#
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