#FIM ANTES QUE OS INSTANTES-LIMITES ACABEM-SE# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto/GRAÇA FONTIS: PROSA POÉTICA
Des-nudos devaneios coscuvilhando as entranhas de
intimidades do coração, da alma intros-pectiva flanando no orvalho da noite,
madrugada de entornos, acaso o prazer sente as ondas noctívagas marítimas em
direção à praia, síntese da maresia, neblina? Ad-versos sentimentos de
pretéritos instantes, espantos, medos, fugas, desencaixotando-os, frinchas de
verbos e sonhos longínquos; rasgando sedas brancas e suaves à verborréia de só
então verás se a tal é a tal de tua certeza ou nunca esta tal terá certificado
de verdadeira a menos que a tal seja apenas tal-como...
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A quanto tempo o ritmo da badalada do cancioneiro
serve como silêncio do som, com acordes e voz altissonante, além da melodia das
dores íntimas mais intrínsecas, por que não se murmuram?, por que razão?, quem
o saberia, com aquela certeza de que se faz mister de fio a pavio...
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Tal como as coisas que no erro se quedam na falta
da dimensão eclética das investigações, de apoio des-linçar aos piores erros
humanos imputados por conta da cultura existente, mas negada e submersa em
velhos odres nos porões da sociedade.
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Vou de nada, homem ninguém, ver o fim antes que os
instantes-limites acabem-se.
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Num instante de síntese da alma e do espírito,
pervagando o espaço das terras do mundo, alimentando das maresias das atitudes,
gestos, toques, a sensação de estar vendo a olhos nus a visão de mãos
conciliadas, dedos se entrelaçando, os polegares em posição de afirmação,
produzindo as quimeras, fantasias da vida, da existência, os indicadores
ponteando e apontando para as sendas que, trilhadas com reflexões, ações de
atitudes, ideias e ideais se sonhando sementes e raízes, mancomunadas às
cositas quotidianas do se locomover nas exigências sociais, nos princípios que
a liberdade e a visão dos bosques a serem palmilhados,
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Oh, destino que contemplei em águas antigas
De chuva, chuvilho, enquanto observava os passos
De mestre em seu itinerário de ir ensinar o pensar
e as idéias,
Tenho-o nas mãos vazias em concha,
O olhar perscrutando-lhe as bordas dos dedos,
É quando sob a comunhão dos enganos no tempo em que
o pomposo linguajar cresce vitorioso, detenho-me diante das imagens
insuportáveis e obstruidoras. então minh´inspiração, de tão rebelde, deixa-se
florescer,
A sabedoria de hodiernos pensares, sentires,
Longínquos, distantes, por vezes remanescentes,
Muito longe de serem percebidos, experiências,
vivências
Inda a serem vivenciadas, credenciadas nos anais do
Homem Ninguém, o Indivíduo Nada
Que aspira, anseia a entrega por inteira
Aos mistérios e enigmas rituais, lendários,
legendários
Do Nada, do Vazio,
Uma visão do Verbo de Luz de outras indagações,
Perquirições,
E olhe, quem sou nestes passos do destino,
Sou sêmens,
O que há de vestígios de sombras
Nos auspícios da colina são as oportunidades de
refrescar as Idéias e ideais da labuta de conduzir sentimentos íntimos no
Crepúsculo, que é origem, fim, e re-nascer
De madrugada, alvorecer de manhã,
Cães de consideração, amor, carinho, latindo,
Passeio no quintal de inúmeras plantações,
A natureza no seu processo de continuidade...
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O que, alfim, ou de início,
Quero opor tudo isso,
Melhor até expressando, dizendo a língua da
palavra,
Desejo deixar suspenso, a espera de na memória
Transliteralizar-se, deixar no tempo o sonho
De sua imagem,
Mostrar para além da felicidade,
O prazer e a alegria de estar deitado
Sem dormir, em pé sem cair,
Inversa, reversa, ad-versamente às coisas
Estagnadas, frias....
#riodejaneiro, 27 de novembro de 2019#
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