**PERFEITA ANTOLOGIA DE VERBOS** GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: PROSA
Vers-itudes re-versas de in-fin-itivos e
in-finitos, liberdade tecendo os élans do tempo e do ser, sendas, veredas, ser livre
em harmonia com os sonhos compõe a mais perfeita antologia de alegrias, além o
sol esplende seus raios numinosos, aquém a chuvinha cai suave, serena, lenta,
tocando a vidraça da janela, nunca é tarde para começar, especialmente quando é
para viver, a estrada a perder de vista, nalgum lugar tranquilo, à beira do
rio, sombra de árvore, lembranças, recordações de outras perspectivas, de outro
orvalhos na madrugada inspirando as lenhas da lareira a se esvaecerem, as
chamas do fogo ardente trans-elevando desejos, vontades, volúpias, fantasias.
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Plen-itudes in-versas de verbos e regências do
tempo, o sorriso descontrai e ilumina, quanto mais quando nele a pre-sença da
verdade de outras iríasis futurais do eterno, quando nele a pres-ent-ificação
do in-finito encarnando o verbo, re-velando a cor-agem da expressão: "Sei
para onde estou indo, sei o que me espera lá, sei das novas esperanças..."
Essa é a cor-agem sublime, a cor-agem da vida nascer e re-nascer, re-fazer-se,
re-criar-se, deixar que a vida me viva, faça-me à sua semelhança, não fazê-la à
minha imagem e utopias. A fé em harmonia, sin-cronia, sin-tonia com a razão. A
esperança, afastando as melancolias, nostalgias, angústias, tristezas, dores,
sofrimentos, a entrega mostrando as paisagens do encontro, verso-uno do
ser-verbo. Quiçá o mistério e enigma de todas as coisas seja a vida ter fé em
nós, confiar em nós, e não termos fé na vida segundo as nossas carências e
manque-d´etres. Somos vidas quando a vida nos é. Não nascemos a vida, seguimos
as trajetórias do mundo, circunstâncias, situações, felicidades aqui,
inseguranças ali, prazer aqui, frustração ali, no passo seguinte o nada, seguir
em frente. A vida nos nasce, ela se nos entrega ipsis litteris, a verdade se
nos a-pres-entará nalgum horizonte.
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Etern-itudes ad-versas de vontades e desejos que
nos preenchem, completam, as dialéticas re-criam-nos, re-inventam-nos,
re-fazem-nos, vislumbramos, con-templamos as luzes incindindo nos nossos verbos
esperançosos por se encarnarem, serem in-finitivos, presentes do indicativo,
subjuntivos, partícipios, gerúndios, embora os pretéritos imperfeitos, mas
iluminam o sonho das ilusões.
#riodejaneiro, 22 de novembro de 2019#
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