*ONDE... ONDE... ONDE...* GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: PROSA POÉTICA
Onde resplandece a luz dos idílios do verbo,
anti-poema poiético do sonho, anti-poema po-emático do In-finito. Onde esplende
o sol das esperanças do eterno, anti-poema poemático do desejo, das volúpias,
dos ex-tases do uni-verso-uno da verdade. Onde exala o perfume do volo do
absoluto, anti-poema, po-esia, esia do eterno, da utopia dos sentidos, por onde
con-templar as iríasis do amor, da verdade. Onde despetala as flores silvestres
do mistério do ser, anti-poema, esia da esperança re-vestida da éresis do sublime,
sublim-itude de versos e estrofes do Soneto, suprema re-velação da linguagem
espiritual. Onde floresce a verdade do amor, eidos do ser, anti-poema po-ético
do espírito eivado das dimensões do belo e da beleza, do machado e da árvore,
do rio e das margens. Onde re-versa versos, in-versa estrofes da expressão da
alma, anti-poema de inter-ditos re-velando inauditos, mistérios e enigmas,
mitos misticos do pleno. Onde con-templa horizontes esplendidos no arco-íris do
tempo, anti-poema das plen-itudes do verbo que se deseja carne, da carne que se
deseja vida...
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Onde... Onde... Onde...
Onde as águas límpidas e cristalinas do rio sem
pressa, sem margens
Onde, impressionado pela modéstia de minhas
ambições, a Providência me tomaria a peito realizá-las. Tenho apenas algumas
facilidades de pena.
Corre seu eidos-éresis, anti-poema das moléculas
dos sentidos.Onde as cintilâncias das estrelas iluminam o celeste de todos os
horizontes, as esperanças de todos os desejos e sonhos serem o Verbo do Amor.
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Onde...
Os traços do retrato figurando a imagem na moldura
da reflexão o movimento ambíguo do tempo, presente e pretérito revezando-se,
quem saberia isto responder, e não se equivocasse, talvez a intenção
fundamental seja esclarecer o zero à esquerda, obtuso na memória, tem não sei
quê de tristeza, angústia, não contemplo a perspectiva mostraria a face, a
trigueirice esqueceria, desiludido, blefo a mim mesmo para sentir ainda, apesar
do envelhecer que irá deteriorar-me, a jovem ebriedade de alpinista, porventura
não tenha sabido expressar os sentimentos, sei-o hoje, tive medo de mostrar
sabia escrever a redação a professora dera como dever de casa, não podiam saber
disso, era o meu tesouro, hoje nada temo, não tenho medo do zero ou do dez,
digo o que penso e sinto, se a nota for zero pela coragem da franqueza,
reverencio e louvo, se a nota for dez pela modéstia das idéias, prometo que
escreverei melhor amanhã, depois de amanhã melhor ainda, amanhã, no espelho do
tempo, a face figurará, isto não é consentir a liberdade do crescimento, isto é
saber o ser se faz continuamente, a cada dia ínfimo pormenor se revela na
constituição, composição, terminará no derradeiro suspiro da voz.
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Onde...
Observar outros prismas futurais de destinar
contradições, nonsenses do mundo e das coisas, desejo difuso de resplendor, sou
a terra onde tudo é de ar, senão no movimento das idéias no decorrer das
situações e circunstâncias maleáveis ao canto da verdade, palavras não vem
existindo no tempo à luz do destino criado e tecido com o deslizar da pena no
branco da página, consinto as gotas de arte nos espaços pingados de
contingências da alma, da existência, fiesta de utopias onde brilham estrelas e
luares, atrás das constelações a brancura da luz do porvir. Onde então as mãos
senão na obra, no espaço onde se fixa, patenteia-se, os golpes de espada se
evolam, as obras remanescem, o acaso me fizera homem, a entrega me faria livre.
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Onde...
#riodejaneiro, 19 de novembro de 2019#
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