CORTINA DE MARESIA, MARIA FUMAÇA AO MEU REDOR# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: Poema
Pers de yalas, ya-iríasis, ya-éresis do sublime e
suplício, luminando de essências in-finitivas do in-finito os sub-juntivos que
per-vagam os horizontes longínquos que perambulam os uni-versos verbais do
in-consciente divino,
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dó ... ré, mi...
fá-sol,
ré-mi, sol-fá...
Viola e violino...
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que deambulam as arribas do tempo, des-biques dos
a-núncios do não e das luzes de todas as trevas, subjetivando de eidos do nada
os templos de efígies da fé no que há de além ser,
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Cortina ao meu redor,
- ninguém nunca pensou no que
há para além desta
cortina,
cortina de fumaça
Maria Fumaça,
mesmo dissipando, dissipar-se,
o in-audito permanece
aos olhos, aos olhares insensíveis,
enigmas
de verbos in-fin-itivos
a fin-itivarem,
a decifrarem, em uníssono, ;
quiçá por ser só minha,
para além do que é meu,
que interesse despertaria
nos outros
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A janela, a abertura...
Cortina de maresia,
Super-nova noite de lua cheia,
às sensações ampliando,
amplia
a luz estrídula,
sinas e sagas
a artificiarem o perfume da
rosa recém-brotada
no amanhecer,
o silêncio, a solidão
continuam
... na orla do mar,
nas águas serenas...
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Fantasias, ilusões
Ei, nostalgia! Nostalgia que flana
no ar,
Ei, melancolia! Melancolia que voa
pelos tempos,
Pretéritos, outroras,
o que se lhe vai nos ventos,
aquela luz de dar
muito mais que nas mãos,
separadas,
recebê-las; numinando
de eidéticas regenciais, cernes gerenciais da
etern-idade os gerúndios vivenciários e vivenciais, que peregrinam nas flores e
abismos, re-colhendo, vagabundeando nos cactus e bosques, a-colhendo ventos e
orvalhos que seivam o vazio de iríadas do sonho de receber o múltiplo
re-novando a cor-agem de prolongar-se à busca da sabedoria, do saber,
comungando-se às etern-itudes, re-fazendo, assim, as paisagens das travessias
para a verdade que se move na con-tinuidade ec-sistenciária e ec-sistencial
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do tudo-nada,
nada-tudo das con-tingências
de dores e sofrimentos,
suprassumindo-as,
elevando-se aos auspícios do além,
re-velando,
assim,
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as divin-itudes do ab-soluto, ipsis litteris do espírito,
ipsis verbis da inconsciência, evangelizando as esperanças do sublime cântico
verbal e verbalizado de éresis do silêncio, lumiando as ipseidades linguísticas
e semânticas do efêmero que nad-ifica as poiéticas do verso-uno solipsista do
"cogito ergo sum" desvairado,
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no meu espírito alucinado,
o sol
é porto sombrio
as balsas, barcos que saem
são árvores ao sol,
as gaivotas, outras aves
voando,
são miríades de raios,
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a alma é turva, sombria,
o espírito deseja buscar,
procura re-cantos, cantos
e mistérios, enigmas
e portas ocultas,
o oculto admira-me, encanta-me,
o meu mundo,
o mundo de mim,
seguro, o meu descanso;
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Sei guardar o silêncio, o emudecimento,,
não esquecer o inolvidável,
não esperar o que nalma
não está escrito, não lhe é o eidos...
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vers-ificando e vers-ejando as falácias da estética
sensível e espiritual do verbo in-trans-itivo; viver, verbo in-trans-itivo da
dialética do bem e do mal, quando os dogmas do mal são éritos genéticos da
ressurreição,
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os preceitos e conceitos,
verborréias e falácias,
inda que ad-versos às simil-itudes do in-finito
e finito do bem,
são pedras angulares para as águas cristalinas do
rio sem margens no trans-curso da viagem encontrarem as pálidas trevas do
destino, desde a fonte originária das águas, espaço a ser per-corrido, nenhum
destino é promulgado, a liberdade eidética do deixar-se aberto à peregrinação
habita-lhe os interstícios de suas it-itudes líquidas, it-idades moleculares,
desde sempre as águas são travessias, travessias in-auditas para além-tempo da
espiritualidade, sons in-audíveis para aquém-tempo dos instintos solertes.
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Crônica do In-finito que de éritos e iríasis
esplende a poesia vers-ética, sensibilidade e subjetividade do verso, por
inter-médio de metáforas e sin-estesias, da estrofe por pedras angulares
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e de toques ascendem as luzes,
luminantes e luminárias
às essenciais efemer-idades
aos cernes do que se cristalizará;
do absoluto e etern-idades do nada
aos instantes-limites,
absurdo,
Não desejo a viola toque serena
contingências esplendorosas
Verta lágrimas límpidas
nos olhos de quem chora,
Não aspiro a música tocada no violino
sublime as saudades distantes,
longas,
verbalize sim os ideais
da sublimidade e humanidade
do "Ser"
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Lendo as semânticas e linguísticas das éresis do
silêncio, desperto as pétalas do desejo, vontade da vida, suprem-itude do amor
ao ec-sistir da vida, da liberdade ao e--xis--tir das falhas, falências,
faltas.
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Con-templando
as metalinguagens e metafísicas
das iríasis da luz
que alumia a soleira da gruta
solitária do vale,
que perpassa a frincha da árvore,
na calçada empoeirada
formando um círculo...
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Metalinguagem do nada, querência, desejância de
ec-sistir no nada, re-criando e re-fazendo o "eu" com as ipseidades
kathárticas do "cogito ergo non sum", alma sensível e pura de
sentimentos, poiésis da fin-itude ainda que a morte se enovele de nonsenses da
travessia, acoberte-se com o sudário da consumação, re-colha-se em absoluto no
inferno do não-ser, mansarda apocalíptica do abismo e suas eréticas dimensões
re-nasçam para a vida a cada passo entregar-se às suas ilusões e idílios da
perpetuidade da ressurreição no aconchego do perdão pelos pecados do tudo em
nome e sobrenome das mauvaises-foi da con-ting-ência do não-ser à busca dos
lenitivos, em verdade, em verdade, à busca do que ameniza as angústias do
efêmero ser o prenúncio,
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a consumação do nada,
por vezes arrebita o fim da palavra
com um gesto de elevar o tracinho para cima,
a palavra se envaidece
de suas linguísticas e semânticas
da vida-nada do vivenciar
a ec-sistência sob a luz cintilante
e brilhante das querenças
das verb-idades da Estrela Polar,
sentindo no mais íntimo
saber a ec-sistência
é com-preender a liberdade
é o eidos
do destino a ser traçado
de decisões e consequências,
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seguindo no deserto a retina que re-colhe e a-colhe
as a-nunciações e re-velações de viver o "eu poético"!, que é
sensibilizar, espiritualizar, evangelizar e divin-izar o sendo-em-sendo do
sublime desejo do Nada, In-fin-itivo do Ser de verbos vivenciados sob a alma de
éritos, iríasis do que sinto nos recônditos e interstícios de mim,
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o mim do eu subjetivo,
o eu do mim,
subjetivo do eu-mim
mim não conjuga verbos,
"mim é" só na terra dos índios
caminho sem ninguém
pelas ruas de mundo,
semente, húmus, pedra de toque do Espírito-Uno
vers-ático da Esperança.
#riodejaneiro, 24 de novembro de 2019
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