#COR-AGEM# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: PROSA POÉTICA
Essa é a cor-agem sublime,
A cor-agem da vida nascer e re-nascer,
Re-fazer-se,
Re-criar-se,
In-ventar-se,
Apesar dos des-compassos no coração,
Deixar que a vida me viva,
Faça-me à sua semelhança,
Não fazê-la à minha imagem e utopias,
Artificiá-la à luz das trevas e tragédias
Das incapacidades, da preguiça...
====
A fé em harmonia, sin-cronia, sin-tonia com a
razão. A esperança, afastando as melancolias, nostalgias, angústias, tristezas,
dores, sofrimentos, a entrega mostrando as paisagens do encontro, verso-uno do
ser-verbo. Quiçá o mistério e enigma de todas as coisas sejam a vida ter fé em
nós, confiar em nós, e não termos fé na vida segundo as nossas carências e
manque-d´etres.
====
Somos vidas quando a vida nos é. Não nascemos a
vida, seguimos as trajetórias do mundo, circunstâncias, situações, felicidades
aqui, inseguranças ali, prazer aqui, frustração ali, no passo seguinte o nada,
seguir em frente. A vida nos nasce, ela se nos entrega ipsis litteris, a
verdade se nos a-pres-entará nalgum horizonte.
====
Etern-itudes ad-versas de vontades e desejos que
nos preenchem, completam, as dialéticas re-criam-nos, re-inventam-nos,
re-fazem-nos, vislumbramos, con-templamos as luzes incindindo nos nossos verbos
esperançosos por se encarnarem, serem in-finitivos, presentes do indicativo,
subjuntivos, particípios, gerúndios, embora os pretéritos imperfeitos, mas
iluminam o sonho das ilusões.
====
E por que pensarmos nos verbos futurais? O verbo é
presente e pres-enta o Ser que será!
#RIODEJANEIRO#, 24 DE NOVEMBRO DE 2019)
Comentários
Postar um comentário