MISSIVA AO FUTURO - SENTI-NELAS... - II E III PARTES GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto/Graça Fontis: AFORISMO SATÍRICO ***
II PARTE
Senti-nelas
de quimeras e utopias o veneno da serpente que nas trilhas coleia com
perspicácia e sabedoria, no instante do ataque, observam as presas, instintos à
solta, escondidas nos troncos e nas galhas de árvores, à espreita do momento
decisivo do bote, são sine qua non para a aprendizagem do seguir as
sinuosidades das contingências ec-sistenciais, e contemplando outras dimensões
da utopia do Verbo de Ser, traçando-as, delineando-as nas erupções da
inspiração e do desejo de liberdade de in-vestigação, fazê-las com as
experiências e vivências, mas no vai-e-vem das coisas e idéias, das palavras e
atitudes, dos comportamentos e fantasias, as verdades nuas e cruas das dores e
sofrimentos, angústias e náuseas, mister a abertura, mister a consciência do
nada e o vazio ser o colear nas veredas dos questionamentos, o con-sentimento
da disponibilidade para as contradições e dialécticas, os frutos e as
conseqüências...
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Além
re-vérberas declinações das ilusões, proteladas defectividades das honras e
virtudes, a orla de sentimentos e querenças circundada de ondas ondulantes do
pretérito e presente, aberto o mar, ao imenso azul, tudo novo e brilho, abismo
sem barreira, sentidos e pensamentos mergulhando na contínua busca nos
rochedos, docas, seivas para a nova vida, desejanças do nada, húmus da
liberdade de ser e criar, a coragem da entrega... Além pretéritos genitivos das
sorrelfas e fantasias, a maresia do mar sendo o húmus para cheirar a dignidade
e a liberdade até que elas cheirem as dimensões sensíveis da arte de fazer o
destino, serem chamas ardentes a despertarem poucochito mais a inspiração e a
utopia, o conhecimento estender a mão para receber o que lhe cabe de direito e
dever, vai querer reinar e possuir, vamos querer aprender o que é isto - fazer
o destino com a liberdade, colocá-la em questão.
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Senti-nelas
de cínicos sarcasmos, de irônicas indagações do nada e nonadas elevados ao
aquém das potências, travessias ao futuro da liberdade posta em questão e as
pastagens póstergas ao pretérito das cumplicidades, a sabedoria consiste em ter
a razão por guia, o saber consentindo em haver o intelecto descoberto as
impertinências como raiz da veras aeternituum, se assim se escreve não sei, um
deslize aguça a curiosidade; a loucura, pelo contrário, consiste em obedecer às
paixões; mas para que a vida dos homens não seja triste e aborrecida Júpiter
deu-lhe mais paixão que razão, e para todas as sensações de rebeldias e
insolências mui singulares proporcionou-lhes insigne eloquência.
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O segredo
para se colher os melhores e maiores frutos e o inestimável prazer da
existência chama-se viver perigosamente, e perigosamente é a consciência da
cor-agem de ser livre, SENTI-NELAS, a obra nas mãos tecida, composta, criada, a
decisão peremptória das utopias e sonhos, senti-nelas, misturar as palavras
poéticas, prosaicas, filosóficas para que o tempo se faça nas sinuosidades,
dialécticas, contradições, nonsenses da ec-sistência e da história, a fonte de
regenciamento das quimeras, devaneios, desvarios, o nada, o vazio, a continuidade
da busca, senti-nelas a palavra estalar nas chamas dos desejos, esperanças...
Um grito de vida e re-tornar ao sítio onde tudo são o destino, utopias, verbos,
sonhos de Ser, a águia, a coruja, o corvo, o cântico poético onde a liberdade e
o amor reagrupem o ventre e o sêmen.
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III PARTE
"Universo
plangencia remotos sons
Mistérios
cristalizam-se na placidez da lua
Aí o
tangenciar pelos extremos deste imaginário
Porfiando
vazios e esse mundo ansiolizado.
Assim,
aleatoriamente e enleado
A corpos
enrubescidos de breves sentires
Sem que a
finitude preceda ou...
Seja
pressentida!"
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Senti-nelas
as águas rasas murmurantes,
À frente,
ramas e tramas entrelaçam-se
E o mar
relevante as tintas contingenciais
"...Tonalizam
e tematizam seu toar marulhante,
Aquarela
audível
A
linguagem invernal nunca dita,
Entre
formas dicotômicas há mal-emolência,
Entre
marolas e cantos algo de melódico
Encanta,
lembra, e referência a
Um agir
normativo de remexer baú, relógio e letras..."
***
Quiçá
tenha delineado distintas coesões e coerências ao cenário desértico das
aventuras ilusionistas, ao volver soluções, contradições e conjecturas
aleatórias às vontades diferenciadas submersas no imperativo energético do
espírito revolto e tresloucado, rebelde, acompanhando-lhe todas as insolências,
irreverências sem dimensão das intencionalidades e das fontes ardentes das
jactâncias adquiridas e destrinçadas na impetuosidade volúvel dos precedentes
tencionais e indomáveis das querências vivenciadas; hoje, extinta e transmutada
nos momentos em que o ritmo do percurso e das coisas se alteram nos artefatos
fantásticos e credenciados pela urgência a penderem-se da inexplicabilidade do
tempo que molda o mundo neste espaço curto e delimitado requiridor da mediatez
clamorosa da tendência a novas expressões no extraordinário seguimento sem
preâmbulos ou subtratos imbuídos desta energia propiciadora aos bem-aventurados
atos criativos.
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SENTI-NELAS...
ENERGIA PROPICIADORA AOS BEM-AVENTURADOS ATOS CRIATIVOS...
#RIO DE
JANEIRO(RJ), 29 DE MAIO DE 2020, 14:23 p.m.#
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