#PERPÉTUAS ORQUÍDEAS BRANCAS🌳# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA
Se a
chama que crepita na lareira
ascende
as esperanças do ser
humanizado
de verdade e sublimidade,
rio de
neve em fogo convertido,
o que no
peito abrasa escondido,
quando
fogo, em cristais encarcerados
quando
cristal em chamas derretido,
produz
sensações latentes e manifestas,
as
utopias da felicidade evangelizada
de amor e
espiritualidade,
as
volúpias do encontro,
os
êxtases do verso uno
pres-ent-ificam-se,
e sou quem
no limiar do alvorecer
degusta o
sabor místico de a vida
haver-se
realizado,
agora é
simplesmente aquele passeio
simples e
livre pelas alamedas da compl-etude.
***
Se é
verdade,
sinto-o
tão íntimo nos interstícios
mais
recônditos de minh´alma,
não nego a
ardência, calor da "tempestade"
de
devaneios, desvarios, idílios, quimeras
que lhes
sinto presentes, fortes.
Mas esse
gesto de sufocar a "voz"
dentro em
mim não deveria ser possível.
Sonhos
que floriam os meus
caminhos
de perspectivas do in-fin-itivo
do amor
ser a regência verbal e nominal
dos
sentimentos e emoções aglutinados
à
numin-itude da entrega e liberdade de
peregrinar
pelo in-audito do silêncio,
ouvindo
as vozes ritmadas e melodiadas
da
alegria, con-templo hoje em mim
ritmos e
acordes do perpétuo a pres-ent-ersejarem
a luz do
espírito da vida.
***
Perpétuas
orquídeas brancas
à soleira
da serra,
recebendo
as primeiras luzes do amanhecer,
o sol
a-nunciando o seu nascimento,
exalando
o perfume da concepção do eterno,
e,
passeando tranquilo e sereno,
ouvindo o
canto dos pássaros,
Son dos
versos e estrofes
aglutinando
rimas perfeitas...
Son do
silêncio e solidão
verso-unificando
utopias da liberdade...
Son do
nada vazio
reverberando
as notas singulares
de
sentimentos e sensações,
Son dos
uni-versos e horizontes
ampliando
o ouvir de vozes do além...
Son dos
verbos e do ser
performando
o corpo de baile da felicidade...
Son...
Son...
Son...Ardor
em firme coração nascido,
Pranto
por belos panoramas, paisagens derramado
Incêndio
em mares de água disfarçado,
sinto o
perfume perpassar-me o íntimo,
eivando-me
de sensações in-auditas,
mas que
inebriam outras desejâncias,
dentro de
um sonho há tantos outros sonhos,
dentro de
outras notas da música
há tantas
outras notas que sonorizam o finito
de
in-fin-itudes da ec-sistência.
***
Góticas
sin-estesias do pleno,
góticas
sin-cronias da utopia
da
perfeição e da verdade,
sin-tonias
da volúpia da uni-versalidade
e da
con-tingência da efemeridade,
harmonias
dos ex-tases das vontades
do verbo
e as incongruências do não-ser,
e re-velo
que não há início, não há fim,
não há
tese dos princípios,
não há
síntese do nada e vazio,
negando o
acesso aos labirintos do coração,
preferindo
contemplá-lo sozinho,
há o
tempo aberto a todos os horizontes,
há o
vento sibilando o do-ré-mi-fá
dos
cânticos da etern-itude.
#RIO DE
JANEIRO(RJ), 05 DE MAIO DE 2020, 06:07 a.m.#
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