#A FLORESTA COMIA OS CREPÚSCULOS PÁLIDOS🌲# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA
E a
floresta comia os crepúsculos pálidos!
Campo de
centeio
ponteio
cristalinas lágrimas,
descendo
a face límpida de quânticas emoções
no
instante-limite de utopias do além
con-figurado
de miríades de luz
resplandecendo
de in-finitos os verbos
in-trans-itivos
e sin-estésicos do perene, em cujos interstícios a poiética do Belo ritma nas
asas do vento as metáforas de sonho que enuncia o uni-versal, que a-nuncia o
eterno, re-fazendo o tempo,
tempo de
dialéctica do efêmero e com-pl-etudes do ser,
tempo de
diá-logo entre o abismo de vento
e sibilos
suaves e a gruta de estalactites
de cuja
extremidade
jorra
pingos dágua na lagoa dos cócitos
in-auditos
do silêncio e o som da solidão,
tempo de
lendas da hipocrisia e falsidade,
tempo de
legendas dos escrotos e as farsas,
tempo de
causos da corrupção e hipocrisia,
tempo que
denuncia o que é isto - a alma, segredos,
mistérios
da vida e da morte,
tempo de
místicas idéias da etern-idade seduzida pelos diamantes brilhantes que riscam a
superfície do espelho do trans-cendente e abrem horizontes trans-lúcidos para o
espírito diáfano de theos e nous do sublime, e na face mítica da plen-itude a
imagem-pomba branca que esvoaça a sabedoria-verbo da felicidade, a alma
sin-estésica do desejo e esperança do sonho-amar performa
a dança
do corpo de ex-tases
do
movimento e gestos da verdade, sarapalhando no uni-verso, à luz da poética
lunar e estrelar,
as
cáritas catárticas dos volos da perfeição divina,
das
quimeras animáticas da verdade-amor,
ritmos e
melodias,
acordes
ressoam puros
pelo
longínquo além do ser-tempo,
ser-vento,
ser-silêncio,
e na
poesia do orvalho da madrugada
a estesia
das sublim-itudes da vida.
***
Campo de
centeio
ponteio
águas límpidas que regam sentimentos de palavras nas sendas dos sonhos,
con-templo a fonte mística e mítica dos vernáculos eruditos e clássicos de onde
jorram livres e espontâneos a pureza líquida dos sonhos linguísticos e semânticos
do ser inspirado no verbo in-fin-itivo do eterno artificiando sonetos
musicalizados da verdade, que, no insterstício recôndito das esperanças,
sensibilizam os inter-ditos in-auditos do espírito a criarem o
"nomenous" da uni-versal-idade, subjetivam os movimentos da memória,
trans-literalizando o tempo em silêncio, o ser em solidão, a inscreverem no
inexprimível da vida
o
evangelho con-tingente dos ex-tases
que
despertam e acordam
o belo
dos sentimentos de amor e entrega
em
consonância,
sin-cronia,
harmonia, sin-tonia
com a
beleza insconsciente do há-de ser
das
etern-itudes in-trans-itivas do uni-versal
em cujas
eidéticas abissais
reside a
linguagem con-tingencial
das
divin-idades das buscas e querências
das
paisagens do in-finito
que são
silvestres sendas para o perpétuo.
***
Ponteio
centeios... Centeios ponteio no limiar da memória que no "si-mesmo"
de si traz a luz do ad-vir, e sonhoreio a colheita do ser-silêncio do Ser Verbo
In-trans-itivo.
#RIO DE
JANEIRO, 26 DE ABRIL DE 2020, 07:03 a.m.#
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