#UMA CRIANÇA FEZ-SE EM MIM🧝♀️# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
EPÍGRAFE:
"
Uma criança fez-se em mim."(Manoel Ferreira Neto)
***
A manhã é
tão linda. O sol aquece, iluminando a vida, numinando sonhos e esperanças,
concebendo ideais e utopias outros, gerenciando as trilhas, germinando outras
passagens, paragens... A imagem das flores e os dois pombinhos se beijando, na
amurada de cimento pousados, tocou-me profundo. Pensamentos são voados para
todos os horizontes. Restam-me emoções, sentimentos, sensibilidade,
subjetividade.
***
A
esperança de alegrias abra o coração,
Revele as
felicidades e os desejos pungentes
de
amizade verdadeira, de
verbo
solene e leve,
Urgente
de verso-uno da entrega plena.
Túbero...
o pleno amor in-esquecível saúde
A
presença da Vida,
Re-versa
à palavra, semente do acróstico,
a semente
do Verbo que se anuncia,
E de
baixo para cima, do berço esplendido aos sois
de
alamedas e becos quotidianos,
Tempos a
glorificarem, os templos na colina,
as
igrejinhas à beira das estradas,
num lugar
silencioso de uma rua, baldios becos de Trevas...
Imersas
lembranças...
lembrou-me
início de tarde,
restaurante
de shopping center,
à
beira-mar:
almoçávamos
tranquilos e serenos,
jogando
conversa fora, poesia no ar,
"Eu
quero você como eu quero..."
tínhamos
acabado de olhar a película
que iria
ser exibida na "Sala de Projeção",
pedimos
alguém na multidão à espera da
aquisição
do ingresso,
assistir
à película, que tirasse uma foto,
Lírica
imagem de instantes de sensibilidade e liberdade,
visto às
verborréias e falácias de anima e animus conciliados,
o mar
através da vidraça,
um cheiro
marítimo exalava.
***
E, ao
longe, numa miríade do in-finito,
via-se a
tarde de divina serenidade.
podia-se
Dizer que
velava os sofrimentos
e dores
humanas,
o
ossuário da terra.
***
A
primeira noite que a fitei,
como as
correntezas que arrastam as plantas,
a valsa
nos levou nos giros seus...
até
pensei ter nos braços uma sonâmbula
e amamos
juntos, sentimos nossos corações
baterem
efusivos de alegrias e felicidades,
sentimos
juntos os mistérios verbis
de ipsis
carências e desejos,
a alma
fica melhor no campo,
o
pensamento indômito,
arrojado
galopa no
sertão.
Nesse
grande sertão por onde
sempre
cavalgou Diadorim...
tive
coragem de amar,
ousei
amar os horizontes,
ousei
amar os homens à distância,
único
meio de o fazer, ousei amar os picadeiros,
"quando
se ria na lona a vida do palhaço",
Em que
você sempre se encenava.
era a
protagonista de meus desejos,
qual nas
estepes o corcel fogoso relincha
e parte
turbulento,
estoso,
solta a crina ao tufão..
Ao verão
que se foi, ao outono chegou...
o pré-nuncio
do inverno.
A chuva
"molha o chão e molha a alma",
"São
as águas ensimesmadas de abril
anunciando
o frio..." - assim dizia o "poetinha", noutras palavras de
março e
águas veraneias,
com a
saudade que sempre nos restou
imersa
neste mar de imensa calma!
De tudo
passa, tudo passa, tudo passa...
O tempo
casa com a terra... A terra une-se ao mundo...
***
Minh´alma
sussurra o silêncio, dizendo-me "Imagine que esses dois pombinhos são o
amor e a paz se beijando. As éresis do espírito esplendem por todos os uni-versos
a plen-itude, o absoluto. Imagine estes pombinhos sendo o encontro de todas as
nações, todos os povos." Ouço o sussurro, nada digo, nada penso.
Con-templo a imagem.
***
Mister
sentir sentindo sentir
o sentido
do sentimento de sentir
o verbo
efêmero;
mister
sonhar sonhando sonhar
o sonho
dos brilhos dos ideais,
a
regência do tempo e do nada,
a
concordâncias do ser e das travessias.
***
São
tantos "nós", tantos elos, koinonia de sonhos e esperanças que o
vento leve, suave, emaranha numa teia fina e frágil. Meus sais!... dois
pombinhos amam-se num beijo, beijam-se de amor e entrega.
***
Uma
criança fez-se em mim.
#RIO DE
JANEIRO, 01 DE MAIO DE 2020, 11:48 a.m.#
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