#ESPELHO INTER-DICTO DE CHAMAS ARDENTES🥅# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: PROSA ***
"Sob
o sol a roer instantes no tudo mais de nada novo, em unção ao princípio da
própria linguagem versionada de simpleza modificadora das regências verbáticas
e substratos de felicidades, lutas, direitos e flagelos
"Apocalípticos" que rondam a humanidade."
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Instruo
que para adejar não carece ter pegadeiras, basta instruir a imaginar e
requestar. É preciso que tudo des-apareça para que tudo possa re-construir-se -
re-construir-se através de um "deus único", um "deus
final". Necessário perder-se para que o encontro se faça presente - nasce
inexplicavelmente úmida intimidade.
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Ouço o
murmúrio do sono em marcha. O sentimento é o primeiro a partir, o orvalho da
noite se faz presente. As pegadeiras são concebidas de luminosidade, da
convicção e do bem-querer.
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As
cromatizações da luminosidade, do bem-querer não cessam, ascendem aos paraísos
sob o amparo da convicção, refulgem no cosmos as luminosidades do pleno.
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Inter-dicto
de chamas ardentes.
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Adopto as
direcções, itinerários da existência, vias do tempo e do ser, domestico a
melancolia, amanso as náuseas da saudade, educo os solipsismos do
"eu", concebo o mergulho nas chamas ardentes dos sensações, na
matéria da palavra, enquanto rolam as percepções, intuições, enquanto rola a
inspiração na roda-viva do "EU LIVRE"
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Sinto
circular nas artérias a força da essência, a irreverência e indolência dos
instintos. Jamais de nunca olvidado de éritos do transacto a-nunciado de
primevos crepúsculos no limiar da etern-idade consagrada da veras in totum
re-flectida no espelho in-terdicto de congruente semblante, fisionomia
trans-lúdica num baile de imagens performadas de perspectivas trans-versais
re-versando as luzes, in-versando as sombras onduladas de cores cinéreas ultra
cintilantes de brilho.
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Minh´alma
arde e sonha, já, sequiosa, sacia a sede em todas as profundas e borbulhantes
fontes do consolo, repousa a tristeza na beatitude de cantos futuros, de
cânticos eternos. Há um bosque cheio de sono - palavras úmidas a dizê-lo,
revelá-lo? - e pretéritas confissões.
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Percebo
que qualquer estorvo consigo exceder, qualquer prejuízo à consciência posso
superar e suprassumir, sou capaz de verbalizar sentimentos e desejos através de
peculiar estilo de expressar, necessito de introspecção, circunspecção,
experimentar os ecos de mim pois que não me é dado captar o mim propriamente
dito, mergulhar profundamente num estado originário no qual quase não penso em
conceitos, no qual sou eu próprio ainda poesia, imagem e sentimento. Reúno em
mim o que me houve, é-me, o que haverá de mim. Pois quem possui audácia e
convicção residirá fixo aonde quer que seja, sejam quais forem os ideais,
idéias, utopias. Quem sobe ao pico da colina, esse ri-se de todas as tragédias,
de todas as fidúcias, falsas ou verdadeiras. Vivo o meu instante e é como se
vivesse anos a fio antes e depois de hoje, uma vida irreprimível.
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Falem,
tagarelem, algazarrem os feixes de palavra ascendendo, as criaturas da vida,
embora, de imediato, quedando-se em suas tocas, covis, essas aranhas
caranguejeiras e dando as costas à vida: decorre de que desejam ferir. Não
quero ser misturado e confundido com quem declama, recita o amor, ícone da
igualdade, todos os homens serão felizes amando. Porque, a mim, assim fala a
justiça: "Os homens não são iguais", nem no Campo Santo: ao lado de
uma sepultura sem cruz, sem nada, um mausoléu luxuoso.
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Sons,
re-fletidos no silêncio, ritmando, melodiando a ascese da psicanálise do
inferno metafísico, numinado de chamas ardentes, à exegese do inferno
psicanalítico re-vestido de sombrias desejâncias e querências alumbradas às
quiças de tempos e ventos adjacentes à lírica sonética de linguísticas e
semânticas da estesia além das inspirações, instintiva volúpia daquilo que está
envelado no mais inter-dicto de mim e que adivinho(adivinhar é apenas uma força
de expressão, em verdade capto além das visões, sensibilidade, além do
in-fin-itivo in-finito, do fin-itivo finito.)
#RIO DE
JANEIRO(RJ), 16 DE MAIO DE 2020, 08:42 a.m.#
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