#MINHA CAVERNA É BOM PORTO# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: SÁTIRA ***
Minha
caverna é bom porto!...
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Sono
povoado de in-audictos, des-conhecidos, inter-dictos; sono de sensibilidades
dos desejos, vontades prescriptos...
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Nuanças
furtivas à luz-nada de vontades fugazes da liberdade, de querências passageiras
da igualdade, con-tingentes, entre-laçadas, entre-meadas em teias frágeis,
delicadas, sensíveis, pers-crutam abismos onde o sem-limite, sem-fronteira,
sem-bordas, sem-sítios desdenham o in–finito de silêncios, desenham as sombras
res-pingadas de neblina nas costas do tempo-vazio à soleira de montanha
íngreme, de vale desértico, pedras frias, vegetação rasteira, chão de poeira,
de cascalho, córregos estreitos, mini-rios, enquanto ao longe, na long-itude
longínqua, pectivas solares ins-crevem em raios in-candescentes, em centelhas
chamejantes, nas tábuas-letras pagãs o epitáfio solene, esplendoroso da solidão
quimérica, epíteto de excelência do silêncio imaginário, em cuja essência
reside a univers-ancolia das travessias, horizontes nostálgicos e saudosos das
sensações suspensas nos cabides das tristezas, angústias, medos, dúvidas,
incertezas...
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Nuanças
furtivas à luz-nada de vontades fugazes da liberdade, de querências passageiras
da igualdade, con-tingentes, entre-laçadas, entre-meadas em teias frágeis,
delicadas, sensíveis, pers-crutam abismos onde o sem-limite, sem-fronteira,
sem-bordas, sem-sítios desdenham o in–finito de silêncios, desenham as sombras
res-pingadas de neblina nas costas do tempo-vazio à soleira de montanha
íngreme, de vale desértico, pedras frias, vegetação rasteira, chão de poeira,
de cascalho, córregos estreitos, mini-rios, enquanto ao longe, na long-itude
longínqua, pectivas solares ins-crevem em raios in-candescentes, em centelhas
chamejantes, nas tábuas-letras pagãs o epitáfio solene, esplendoroso da solidão
quimérica, epíteto de excelência do silêncio imaginário, em cuja essência
reside a univers-ancolia das travessias, horizontes nostálgicos e saudosos das
sensações suspensas nos cabides das tristezas, angústias, medos, dúvidas,
incertezas... de nada-luzes a cintilância das estrelas roubadas, furtadas às
dialécticas, contra-dicções do ec-sistir nas cavalitas do ser-não-ser, girando
nos cataventos da alma solitária, no redemoinho dos pensamentos e idéias
dispersos, ao longo das in-tempéries dis-persas, perdidas nos confins
imorredouros, ilusões de alhures, trans-elevando des-finitos personalizados de
lácias línguas a expressarem o mar re-verso de águas in-versas...
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Vers-onhando
o porto onde a felicidade é esquecer as horas trans-criptas no relógio cujos
ponteiros anti-horários são ribaltas onde as re-presentações pers-crevem em
sentimentos líquidos a fonte límpida, trans-lúcida, trans-lúdica de moléculas
quiméricas, química de opacos corpos, trans-invertidos de ilusões do sempiterno
iluminado de nonadas, trans-passando o vácuo abissal de genesis
trans-substanciadas aos versos melódicos, ritmados de frinchas abertas ao
espaço trans-contingente, pers-nada do espírito à busca da alma a per-vagar
efemeridades cristalizadas em linhas espectrais des-figuradas,
des-configuradas, des-conectadas nos apocalipses desmaiados de
essências-genesis, nos manque-d´êtres desfalecidos, no en-si-mesmado alvorecer
do não-ser-ser, pre-figurando as imanências solúveis, a iluminância lácia de
versos sonoros des-pertando, melodiando a areia quente à lírica da madrugada
gélida, encurvando aclipses de declives, em direção às in-versidades que
con-templam os re-cônditos inters-ticiais da alma... quanto as horas são mais
breves!...
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Deixo os
gostos vãos e leves, que tanto estou anelando, enovelando: trato de ir-me
aparelhando para a morte, e sem demora, sem qualquer delonga; porque não sei a
hora, porque não sei o quando.a-curvando buracos de a-clives, engolindo poeiras
meta-físicas, tragando rachaduras do solo, ausência de águas em chuvas de
arco-íris, vertendo em vertentes trans-diáfanas a poesia-poética-poiética do
in-consciente divo, trans-lucidando, trans-ludicando, trans-luzindo as
etern-essências em fumaças passageiras...
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O nada de
tudo pereniza a essência da nonada, o tudo de nada des-compartilha a
imagem-tema, a pers-metáfora temática, silepsiando os luscos-fuscos do tablado,
picadeiro do circus-ciente, espírito solar, alma lunar abertos às
clarividências do não-ser-ser amando ocultar-se, re-velar-se no silêncio da
solidão in-versada de sentimentos algures e alhures, plen-ificados de AMOR,
ENTREGA aos re-verbos límpidos, cinzas pers-crutando a ilumin-idade do ser que
é outro de ad-jacências re-versas à realidade do espírito-ser...
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Minha
caverna é um porto!...
#RIO DE
JANEIRO, 24 DE MAIO DE 2020, 12:31 p.m.#
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