#UM CORPO EM CHAMAS/AMAR: SENTIR O IN-AUDITO DO SER# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/GRAÇA FONTIS/Manoel Ferreira Neto: POEMA/AFORISMO/
Este fogo ardente
Chamas que mais aumentam.
Fome incontrolável e inconsequente
Se apossando desta forma
De uma simples e feliz mortal.
Sinto a carne gemer de dor
O corpo clamando amor
Delírios de faz de conta,
Histórias alucinantes,
Fantasias e ilusões provocam noites inteiras.
Deito-me pensando assim...
Caminho sentindo-me assim
Nesse intenso calor
Rubor chamado desejo
Certo brilho no olhar...
Onde esteja me acompanha.
Voz trêmula,
Mãos úmidas e o corpo a pedir mais...
Mais que não satisfaz.
Com o sol, novo amanhecer...
E nada mudou.
Assim vou caminhando
Sempre com ardor procurando,
Não importa, desde que esteja amando
O coração sempre vibrando
Na expectativa e na espera
De beijos...sob luz de velas.
Graça Fontis
**AMAR: SENTIR O IN-AUDITO DO SER**
Amar: o verbo de sentir os abismos de desejos amplia-se no âmago da
alma, acaricia as dimensões dos sonhos, sonhos dentro de outros sonhos, dentro
de outros sonhos, a-nuncia-se o êxtase do pleno da entrega, re-vela-se o clímax
do prazer, manhã de chuvinha fina e suave na floresta, os pensamentos voam,
querências da presença, corpos usufruindo prazeres, toques, carícias, verdades
límpidas no riste das palavras, palavras que pronunciam verdades,
cor-simbolizando o espírito de sentimentos da leveza do ser em harmonia com a
suavidade do inaudito, cor-significando, sor-signiversejando o que trans-cende
o espírito, a essência do genesis-vida, a sublim-itude do além-verso,
além-estrofe, o soneto-divo do absoluto encontro com o infinitivo-ser das
peren-itudes do uni-verso, amor puro, pureza de amar, amor verdadeiro, verdade
antes de quaisquer verdades, trans-preterizadas de quimeras e fantasias do
antes da vida, nonadas da criação, nonadas artífices da vida-amar que são a
vocação ec-sistencial para a felicidade.
Poeta poetiza a poesia. A poesia poematiza a vida. A vida, antes de
quaisquer belo sentimento do verbo "Ser, compõe a liberdade na lírica da
poiética das desej-âncias do amor. Amar é a vida do eterno na continuidade do
tempo que se essencializa no ser de buscas, no não-ser de contingências que
trans-elevam o que dói sem doer, o que sofre sem os pretéritos do há-de vir...
Amor...
(**RIO DE JANEIRO**, 30 DE ABRIL DE 2017)
Comentários
Postar um comentário