#Ana Júlia Machado ESCRITORA E POETISA PORTUGUESA COMENTA O AFORISMO /**IMAGEM DOS RE-CÔNDITOS DA IN-CONSCIÊNCIA#
Orifícios que se atingem
Físicos que se requestam
Assinalando a cadência de um tango
Numa alienação plenamente arrebatadora
Compartindo o mesmo lugar
Melodia vertiginosa
O briol coopera
Ateando anelos
Sigilos obscenos
Na meia-luz do recinto
Sob a luminosidade de círios
Quimeras de Chama
Briol colorido para saudar
No anelo da Aliciação
A rendição concebe-se
Genuíno enlevo, Cicios e vagidos
No pico do prazer em perfeita amalgamação...
Detonação de vividos em completo desabrochamento
Vive na pinga realidade que não consigo aclarar,
mas que o causa desigual
de qualquer distinta pinga.
É um mesclado de pigmentação, gustação,
Excentricidade, sentimentalismo e lascívia
e luxúria...
A evocada poção das Divindades...Nada mais sublime que a eventualidade
de mágoas, padecimentos delineando-se no ádito reflexo dos anseios
perfeitos.....Belíssimo escrito como sempre...a paixão querença....Ninharia
mais entusiasta que a Graça gentileza- bem-querer. Nada mais resplandecente que
o brilho da alma
- eloquência do ser…..
Ana Júlia Machado
#IMAGEM DOS RE-CÔNDITOS DA IN-CONSCIÊNCIA#
GRAÇA FONTIS: PINTURA
Manoel Ferreira: AFORISMO
Simples gesto de carinho, ternura vers-"eid"-ejando o espírito
do delírio da querença da compl-etude, experienciado no volo do clímax
completar a sensibilidade de esperança do ser-para a felicidade, linguística do
olhar o interior re-colhido de só alegrias, vers-"re"-citando a alma
do devaneio da des-ejância da plen-essência, vivenciada na volúpia do sêmen
pre-encher a subjetividade de fé do ser-com a alegria, semântica da retina
re-colher a imagem do re-côndito da inconsciência de só etéreos sorrisos.
A carne vers-eja o corpo de versos e estrofes, inter-ditando o espírito
de fonemas do mistério lúdico, entre-linhavando o verbo do ser de vernáculos
eruditos do enigma místico.
Sublime... Antes de quaisquer sublimes que precedem os volos do
eidos-essência do espírito leve do ser, a luz brilhante de piscas-piscas
vagalumiéticas das volúpias trans-pirando as loucuras do sendo não-ser
des-iluminando o brilho da luz e pré-iluminando a cintilância do des-eterno, do
des-etéreo, nobre imortalidade do espírito e da alma.
Nada mais sonhador que meu coração. Sonha amar, a verdade amor que lhe
habita, entregar e receber sentimentos, emoções,
correspondência sensível, reciprocidades do espírito. Nada mais re-verso
que meus pensamentos, pensam pensar o conhecimento das intempéries, pensam
pensar a consciência da gnose, pensam pensar o cogito dos verbos e da
sabedoria.
Amar é sensível, amor é sensibilizar a sensibilidade, viver o abraço
terno, carinhoso, afetuoso. Amor não é sentir o desejo, a vontade da entrega,
amor é a entrega, e o meu coração é entrega, está se entregando às volúpias e
êxtases de meu ser,
sinto-o, não o verbalizo, não o analiso. Sinto-o em mim, sinto-o
presente no mais profundo de meu íntimo. O peito arfa convulsivamente, idéias e
pensamentos neste instante são puros sonhos, esperanças, aquele sonho da
felicidade, felicidade de sentir a verdade mais pura de minha alma, aquela
esperança de comunhão, aderência ao ser amado, o verso-uno, sermos um só ser em
nós.
Nada mais intenso que o amor paixão. Nada mais inspirador que a
graça-amor. Nada mais esplendente que a cintilância do espírito
- verbo-de-ser.
Nada mais revelador que a dimensão do divino, iluminando o baldio das
sinagogas do eterno. Nada mais po-ético que o sentimento da cáritas
vers-ificando de sensibilidade o in-finito do Ser. Nada mais sublime que o
espírito da po-iésis concebendo de orvalhos a verdade da entrega. Nada mais
perfeito que a imperfeição contingente da felicidade delineando de cores vivas
as buscas do paráclito de prazeres, êxtases, volúpias, estesias.
Nada mais estético que o amor à verdade do verbo uno e Verso que se
projetam no outro de carências e solidão. Nada mais trans-cendente que a
contingência de dores, sofrimentos projetando-se no limiar espelho dos desejos
absolutos.
(**RIO DE JANEIRO**, 23 DE ABRIL DE 2017)🏆
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