Ana Júlia Machado POETISA E ESCRITORA PORTUGUESA COMENTA O AFORISMO /**OMNISABEDORIA DA ARTE E VERBO**/
A este seu belo texto respondo assim........
A poesia exibe muitas coincidências
E se eventualmente, você descobrir-se
em determinadas realidades dessas inspirações,
e se identificar como figura fulcral de tais versos,
ou mesmo, se você consentir mágoa,
tortura, sensação, nostalgias...
Se ensaiar a alma latejar,o espírito vibrar,
o espírito flutuar,
ou conjecturar uma anamnesia súbita
de um instante que você residiu,
de alguém que você não olvidou,..
Não se apavore.
Você tão-somente encontra-se sendo atingido
Pelo indescritível deslumbramento
do domínio dos verbos
inseridos no poema…
Ana Júlia Machado
#OMNISABEDORIA DA ARTE E VERBO#
GRAÇA FONTIS: PINTURA
Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
Silêncio... Num ritmo de fascínio, pulsam corações no ossuário da terra,
apaixonados com o brilho das estrelas, lua, lua crua, sempre lua nua, sagrada
hóstia de querubins e serafins emanados pelo in-efável trans-cender da
contingência e forma.
O coração da Arte oferece o peito à vida. A vida da Arte entrega o peito
ao pulsar do coração. A alma da Arte empresta a carne ao belo. O espírito do
sonho da Arte doa o desejo à esperança do Ser. Ser sendo ao sabor do silêncio
sereniza as sombras re-fletidas aos raios do sol.
Se hoje é a inspiração do belo que reduz o horizonte de límpidos raios
do Ser, a vida metaforiza, literaliza o momento de divin-itudes.
Se hoje é a verdade do amor paixão que seduz o celeste de nítidos nulos
do absoluto, prazeres, alegrias entrelaçam-se nas rodas-vivas de sabedorias e
sapiências, catavento de gnoses, atingindo o supremo.
Silêncio..., essência-eidos do espírito sereno e suave que vislumbra,
visualiza o inconsciente de sinagogas à luz brilhante de genesis dedilhada nas
cordas do violino, recitando o cântico dos cânticos, poetizando o amor paulino.
Se hoje é o templo imperfeito de mim que recebe a iluminação do verbo e
fonte de águas, o abismo que anuncia o perene alvorece na soleira da montanha,
amanhece no limite dos pampas, desperta no limiar do sertão e sou o absoluto do
nada à luz de todos os sonhos, esperanças que em mim trago dentro.
Se hoje é a inspiração do amor paixão, alimento nos interstícios de
minh´alma, da seiva da estética dos desejos, vontades, e plenifico a querência
da omnisabedoria nos braços abertos da volúpia lúdica do ser verbo.
(**RIO DE JANEIRO**, 23 DE ABRIL DE 2017)🏜️
Comentários
Postar um comentário