#MORRENDO MORRE A MORTE# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: PROSA
Nostalgias, melancolias solsticiam o uni-verso, o
horizonte de cintilantes estrelas pervaga de metáforas cadentes versos da
verdade efemerizando o absoluto de dogmas do ser, preceitos do não-ser,
eterizando a essência cristalina do divino as cafuas de brilhos diáfanos da lua
nova, vestida de estrofes de esperança, a tiara de utopias, epígrafes de
estesia, re-criando de dúvidas do eterno morrer morre a morte, morrendo o
idílio do ser, a morte do idílio da esperança do ser eterno morre morrendo e,
morrendo, morre o tempo, as expectativas de pers das pectivas de luzes
ascendendo de por baixo das lenhas da lareira da janela aberta, as frestas do
espaço sem limites, a retrospectiva de introspectivos pretéritos ad-jacentes
aos partícipios do apocalipse genético ad-nominados aos gerúndios do caos
primevo a banhar-me no rio sem margens, sem tempo contíguo à natureza a
produzir os seus frutos que saciam a fome dos homens, plantas medicinais que
curam doenças, rosas que perfumam as manhãs de calor suspenso, o sol já sob a
montanha, o mar, a terra, em sinal de prece, mãos entrelaçadas, cabeça
abaixada, sentado na água que escorre clara e suave entre as pedras, em louvor
à natureza.
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Insolentes metafísicas do que contingencia as
intempéries da travessia do subterrâneo do espírito à memória consciente do
nada que amplia a poética manque-d´être do além revestido de con-figurações e
pre-figurações in-fin-itivas, d-être..., das cinzas verbais do vir-a-ser
postergado aos pretéritos perfeitos das imperfeições. ao im-perfeito subjuntivo
das regências.
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Viver vive a vida, vivendo a concepção dúbia,
ambígua do ser, não ser luz das dialéticas do bem, do mal,`as trevas do nascer
da morte, os equívocos solenes, insofismáveis, incólumes... do além sepulcro.
#riodejaneiro, 28 de janeiro de 2020#
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