ESCRITORA POETISA E CRÍTICA LITERÁRIA Sonia Gonçalves, COMENTA O POEMA "ENGANOS SÃO LEDOS"
Ae que
lindooo!!! Inspiradíssimo poeta Manoel Ferreira Neto mas a obra de arte está um
escândalo de lindaaa. Parabéns pra ti pela belezura tecida em poema, parece um
épico desses antigos, lindo demais!!! Além mares, além das pupilas dos grandes
filósofos, além de tudo que se imagina criar num repetir tão constante das
nossas mentes. Lindeza demais, poeta Manu, só prazer em poder ler. Bela
tarde!!! Aplausos duplos pra ti e para a maravilhosa artista poeta, Graça
Fontis, que também arrasa na escrita já pude constatar. Bjos.
Sonia
Gonçalves
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#ENGANOS SÃO
LEDOS#
GRAÇA
FONTIS: PINTURA
Manoel
Ferreira Neto: POEMA
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Do nada faço
a vida
De dores,
sofrimentos
À luz do
amor
Que se
esplende nos uni-versos
Con-tingenciais
da ec-sistencial esperança
Templo da
gnose,
Tabernáculo
da cáritas,
Olimpo do
"ser",
Faço a vida
de nada
De vazios
das moléstias psíquicas,
Nada de
sorrelfas das utopias
Di-versas e
ad-versas
Na
re-versitude dos pecados e pecadilhos.
@@@
Do vazio
des-faço a existência
De
interesses, atrações, paixões fúteis,
Glórias,
famas, sucessos escusos,
À mercê da
criação
Que de
perspicaz mete a colher de pau
Onde nem
colherzinha de chá é aventada,
Enfia a mão
na cumbuca das virtudes débeis,
Onde é
proibido o nascer de direitos,
A anedota
secreta da alma:
Provar para
"todo mundo" que "todo mundo"
Tem razão
E a perfídia
secreta é defender com
Argumentos
errados.
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Há um
espectáculo mais solene
do que o
mar,
é o céu;
e há outro
mais solene do que o céu,
é o interior
da alma.
Nalguns
instantes, através da face lívida
de um ser
humano,
olho por
trás dela,
olho nessa
alma,
olho nessa
obscuridade.
Amar?! - Amo
O
ser-[do]-outro,
O verbo
temático do espírito...
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Além-mares,
Aquém-desertos,
Além-florestas,
Aquém
abismos
Além-grutas
Aquém-cavernas,
Além-templos,
Aquém-mata-burros,
Além-cordis
Aquém-burgo.
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Sublim-itude
de alegrias
Linces do
olhar con-templam
O além das
águas
Navegando
mares no absoluto
Das sínteses
eidéticas do Ser-Vida
Remando
barco à beira do bosque
Das
antíteses da náusea, con-tingências.
Versos de
palavras
Vociferando
clímaces da carne
Voli-sussurrando
ósseas volúpias
De etéreos
desejos do corpo
Voli-cochichando
estéticas nonadas
Do
instintivo primevo
Voli-murmurando
libidos éticos do amor,
Voli-ruminando
totens e tabus
Dos
princípios,
Dogmas,
Preceitos.
Até hoje,
não sei como, tudo diante de mim
Estava como
que envolvido
Em uma
espécie de névoa,
E tudo isso,
penso eu, vem do fato
De que a
gente imagina
Que o
cérebro humano
Encontra-se
na cabeça.
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Ficais
encantados pela excelência do vosso mérito,
Senhores e
senhoras,
e vos
apaixonais por vossas exímias qualidades,
o que vos
proporciona a vantagem
de
alcançardes o supremo grau de loucura;
se vos
desgostais de vós mesmos,
persuadi-vos
de que nada
podereis
fazer de belo, de gracioso, de decente,
roubada à
vida essa alma,
languesce o
orador em sua declamação, inspira piedade o músico com suas notas e seu
compasso, ver-se-á o cômico vaiado em seu papel, provocarão o riso o poeta e as
suas musas, o escritor e as suas corujas, águias, o melhor pintor não
conquistará senão críticas e desprezo,
morrerá de
fome o FILÓSOFO
com todas as
suas receitas.
#riodejaneiro,
30 de janeiro de 2020#
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