#VERTENTES INTERDITAS DAS SOMBRAS# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto/GRAÇA FONTIS: POEMA
Des-velar de
côncavas perspectivas
As
in-congruências complexas, herméticas do nada
À luz
fosforescente de travessias das con-tingências
- nuas são
as faces
Do que se
anuncia longínquo
des-nudas
são as aparências
do que se
revela in-verdades;
Velar de
con-vexas idéias
As gnoses do
que vai além das dimensões sensíveis
Do que aquém
se mostra de nuances intelectivas
Sentir-lhes
a presença
- desnudos
são
os desejos
de preencher o tempo;
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Lenta aranha
rastejando ao luar, lembranças
Longínquas e
próximas
Esplendem as
visões aos lotes vazios;
Náuseas
vociferam noctívagas performances
Inter-ditas
nos re-cônditos in-auditos da alma,
Nonadas
menoscabando
Sentimentos
e emoções, ex-sudando imanências,
Razões e
princípios, ek-suando ideologias.
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Ambíguos
brilhos de instintivos sabores
Incógnitas
sombras de sensações que
Subjetivam a
insônia,
Sonhar com o
inconsciente ruminando
Neuroses,
tramóias da fuga,
Assim
justificando as maledicências do pretérito.
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Desvairadas
as utopias expressionistas,
Inda que
paradoxos e hilários os pensamentos,
A orbe sum
no cogitar as disposições da rebeldia
Em consentir
os despautérios da língua,
Os sons que
emitem sem quaisquer juízos
-
"Mulas da Língua", empacaram nos absurdos
Ortográficos,
gramaticais,
Deles não se
libertam nem a chibatadas.
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Fac-símile
de Vernáculos ao vento
Vazias
mágoas do impossível de perscrutar palavras
No
instante-limite da pronúncia,
O encanto do
jogo de naipes do sentido,
Metáfora,
Metafísica.
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Afaste de
mim a erudição do sonho morto
Renascendo
nos ápices de colinas de cinzas
Onde o
perpétuo se condena a si a ser
Semente de
galhofas, mangofas;
Afaste de
mim os enigmas opacos,
Quando as
dúvidas se acumulam nas angústias,
Abstrato
cego o sinistro que amplia vertentes.
@@@
É tudo como
ontem
Ao deixar
entregues ao pêndulo do viajante
Sortes
estioladas nas reticências do presente
Que seja
este garatujar na mudez dos mortos-vivos,
Se acasos,
predestinações o que está escrito
Nas linhas e
entrelinhas do tempo,
Circundantes
à permanência da vida
Já
estilhaçadas as vísceras de cada átimo
Como lenhas
que aquecem no inverno
E no verão
tornam-se ascendências
A dúvidas,
questionamentos
A serem
sorvidos,
Onde os dias
são indiferentes
Na
transcrição dos tempos.
@@@
Existo a
alma que calha aos anseios do Ser,
Voo
horizontes contrários a dogmas, preceitos
Da
liberdade, felicidade, alegria,
A mente
pensa o pensamento
Na longitude
sem pretéritos e/ou infinitivos,
Tépidos
substratos,
Sentidos
surdos
Caucionando
de palavras assimétricas
O destino do
"Nunca".
#riodejaneiro,
20 de janeiro de 2020#
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